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Coronavírus impacta elétricas e pressiona política de dividendos – Edição da Tarde

Impactos negativos do coronavírus sobre o mercado de energia elétrica no Brasil, como menor demanda e maior inadimplência, vão pressionar no curto prazo as políticas de pagamento de dividendos das empresas do setor, conhecidas na B3 pela generosidade na distribuição dos lucros aos acionistas.

Reportagem da agência de notícias Reuters informa que grandes elétricas, incluindo os braços locais da francesa Engie e da portuguesa EDP, propuseram cortes nos proventos. E outras empresas podem realizar movimentos semelhantes ao longo do ano, uma vez que já haviam decidido a destinação dos ganhos referentes a 2019 antes de a pandemia se agravar no Brasil.

Mas, ainda de acordo com a reportagem, sinalizações do governo de que haverá um pacote de apoio às elétricas geram expectativa de que a redução seja temporária, sem alterar perspectivas de médio e longo prazos para as políticas de dividendos do setor.

A avaliação geral de analistas ouvidos pela Reuters é de que empresas com grandes operações de distribuição de energia são as mais imediatamente sujeitas aos efeitos colaterais da covid-19, enquanto aquelas com ativos de geração sofrem impactos à medida que possuem maior parcela de contratos de venda da produção no chamado mercado livre de eletricidade. Já os negócios de transmissão são vistos como um segmento que pode passar praticamente incólume pelo vírus, a não ser em um cenário mais pessimista, no qual as iniciativas do governo para apoiar as elétricas fracassem. 

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Distribuidoras de energia perdem receita e inadimplência triplica após coronavírus

Em uma segunda reportagem sobre o setor elétrico, a agência de notícias Reuters destaca que concessionárias de distribuição de eletricidade do Brasil têm registrado desde meados de março uma queda de faturamento de cerca de 9% na comparação com o ano passado, devido aos impactos do coronavírus sobre a demanda por energia, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgados ontem (28/04).

“Além disso, o índice de inadimplência mais do que triplicou: saiu de 3,9% em abril de 2019 para 12,9% nos últimos dias. Esse percentual representa um inadimplemento de 2,46 bilhões de reais”, apontou a agência reguladora, em relatório assinado pelo diretor Sandoval Feitosa.

72º leilão de biodiesel da ANP negocia 1,021 bilhão de litros

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informa que no 72º leilão de biodiesel, realizado neste mês de abril, foram arrematados 1.020.651.000 litros de biodiesel para atendimento às misturas obrigatória e voluntária. Desse volume, 1.020.251.000 litros foram para mistura obrigatória, sendo 99,36% desse total oriundo de produtores detentores do selo Combustível Social.

O preço médio de negociação foi de R$ 2,713/L, sem considerar a margem da adquirente, e o valor total negociado atingiu o patamar de R$ 2,769 bilhões, refletindo um deságio médio de 31,91% quando comparado com a média ponderada dos “Preços Máximos de Referência” regionais (R$ 3,985/L). O 72º leilão visa a garantir o abastecimento de biodiesel no mercado nacional durante o período de 01 de maio a 30 de junho de 2020.

ANP: sobe para 625 o número de trabalhadores contaminados no setor de exploração e produção de petróleo e gás

Subiu para 625 o número de casos confirmados de covid-19 entre os trabalhadores nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Desse total, 243 referem-se a petroleiros que acessaram plataformas offshore. Nenhum óbito foi registrado. Segundo a ANP, as empresas vêm diminuindo ao mínimo o número de pessoas a bordo, para reduzir a exposição dos trabalhadores ao covid-19, e vêm estabelecendo procedimentos de contingência para manutenção das operações de forma segura e em conformidade com a regulação. As informações foram publicadas pela Agência Estado.

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente Jair Bolsonaro tornou sem efeito, na tarde desta quarta-feira (29/04), o decreto que nomeou o delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. A reversão do ato foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

De acordo com matéria publicada pelo portal G1 (inclui vídeo), o texto do presidente atende a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, hoje pela manhã, a indicação de Ramagem e apontou possível desvio de finalidade na decisão de Jair Bolsonaro. A nomeação havia sido publicada na edição de ontem do Diário Oficial, juntamente com o nome do novo ministro da Justiça, André Luiz Mendonça. A posse de ambos estava marcada para as 15h desta quarta-feira.

O novo decreto também anula a exoneração de Ramagem como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Com isso, ele deve voltar ao posto até que o impasse jurídico seja solucionado.

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A taxa de isolamento em São Paulo fechou ontem (28/04), novamente, com 48% de adesão. O número abaixo de 50% preocupa o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Em entrevista coletiva concedida hoje, ele disse que, com esses percentuais, não haverá como flexibilizar a quarentena e retomar o cotidiano com reabertura do comércio. (UOL – inclui vídeo da entrevista do governador)

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O ministro da Economia Paulo Guedes sinalizou a empresários, ontem (282/04), em uma teleconferência organizada pelo presidente da Federação da Indústria do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, que vai abrir um espaço adicional de R$ 4 bilhões no orçamento deste ano a investimentos em infraestrutura.

Guedes afirmou que há espaço nas contas nacionais para um repasse nesse valor ao Ministério da Infraestrutura para investimentos em obras públicas. O valor seria adicionado ao orçamento da pasta este ano, elevando sua capacidade de investimentos em infraestrutura para R$ 12 bilhões. Segundo o ministro, o montante seria complementado por aportes da iniciativa privada via concessões. (Valor Econômico)

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O Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou hoje (29/04), que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,8% no período de janeiro a março em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de expandir a uma taxa de 2,1% nos últimos três meses de 2019.

Os gastos com consumo, que representam cerca de 70% do PIB americano, tiveram queda de 7,6% entre janeiro e março. O declínio refletiu a queda na atividade econômica nas últimas duas semanas de março, em que milhões de norte-americanos buscaram auxílio-desemprego. Os dados reforçam as previsões dos analistas de que a economia já está em recessão profunda. (O Estado de S. Paulo)

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