Reportagem do Valor Econômico revela que o fim do prazo para cadastramento de projetos de energia solar com direito a subsídio integral teve um recorde de pedidos. Foram registrados 486,6 mil projetos de geração distribuída (GD), como é chamado o sistema de placas solares de menor porte, que somam 32.298 MW (megawatts) de potência instalada, de outubro do ano passado até o dia 7 de janeiro.
A arrancada de última hora surpreendeu o setor, que esperava aumento, mas não nessa dimensão, destaca a reportagem. “É um volume impressionante sobre qualquer aspecto que se olhe”, diz Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Segundo a entidade, que consolidou os dados, nesses três meses e pouco, o total de potência dos projetos cadastrados excede em duas vezes o volume dos pedidos encaminhados anteriormente.
De 1º de outubro a 30 de setembro, segundo a entidade, os pedidos contabilizavam 15.100 MW de potência instalada. É como se em pouco mais de três meses fossem registradas quase duas usinas hidrelétricas de Itaipu, que tem 14.000 MW de potência instalada.
BP Bunge desiste de vender ativos
O processo de venda da joint venture formada pela Bunge e a petroleira britânica BP na área sucroalcooleira deverá ser formalmente cancelado por falta de propostas firmes pelo negócio, apurou o Valor Econômico. Os ativos da BP Bunge Bioenergia chegaram a atrair o interesse do fundo Mubadala, de Abu Dhabi, e da Raízen, mas os controladores avaliaram que as ofertas não foram satisfatórias. Segundo fontes da reportagem, a BP pretende conversar com a sócia, que tem 50% do negócio, para assumir 100% da empresa.
Mais de 16 milhões de hectares foram queimados no Brasil em 2022
Mais de 16,3 milhões de hectares foram queimados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2022, conforme dados do Monitor do Fogo, divulgados nesta terça-feira (31) pelo MapBiomas, rede de organizações que fazem o monitoramento áreas queimadas no país. Do total, 2,8 milhões de hectares queimados foram de florestas. (Agência Brasil – publicado pelo Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: A incerteza com os rumos da política econômica e a piora do risco fiscal têm levado o mercado a exigir taxas de juros mais altas para comprar títulos públicos de longo prazo. O juro real – que desconta a inflação e é uma das variáveis que melhor expressam a percepção dos investidores sobre o futuro – já ronda os 6,5% em prazos maiores. Em novembro de 2019, a taxa real longa chegou a operar na casa de 3%. O prêmio mais elevado ocorre porque a insegurança sobre a sustentabilidade da dívida pública é embutida nos preços.
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Folha de S. Paulo: O Congresso Nacional elege nesta quarta-feira (1º/2) o seu novo comando, com cenários distintos na Câmara e no Senado. Arthur Lira (PP-AL) tem amplo apoio para conquistar mais dois anos de mandato à frente da Câmara. No Senado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mobiliza ministros e outros meios para tentar reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e evitar o surgimento de um enclave bolsonarista no centro do poder da casa legislativa.
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O Estado de S. Paulo: O resultado da eleição na Câmara e no Senado será decisivo para o Palácio do Planalto montar seu jogo político. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de fazer esforço para consolidar sua base, pois o novo Parlamento tem perfil conservador.
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O Globo: O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirma que os computadores que são o “cérebro” do cadastro para benefícios sociais do governo, como o atual Bolsa Família ou o antigo Auxílio Brasil, sofreram um apagão de energia elétrica em agosto, que danificou equipamentos e interrompeu uma série de serviços. “São muito fortes os indícios de que esse apagão tenha sido feito com o propósito de, ao se perder o controle, a capacidade de passar por análise criteriosa, fazer uma política eleitoral com uso de um programa social robusto como o Auxílio Brasil”, disse Dias.