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Corte de geração provoca onda de judicialização no setor elétrico – Edição do dia

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Geração eólica e solar / Crédito: Pixabay
Geração eólica e solar / Crédito: Pixabay

Reportagem do Valor Econômico destaca que os cortes na geração de energia eólica e solar por determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), conhecido pelo jargão em inglês “curtailment”, provocaram nova onda de judicialização no setor elétrico e desestímulo a investimentos em fontes renováveis.

De acordo com a reportagem, mais de uma dezena de ações judiciais estão ocorrendo contra a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) questionando as regras de ressarcimento dos cortes. Nos três primeiros trimestres de 2024, empresas geradoras relataram em seus balanços perdas milionárias por estarem impedidas de gerar energia. Essas companhias veem na energia não gerada uma exposição de mercado pela frustração de receita.

A Serena Energia informou no balanço do terceiro trimestre que seu Ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou R$ 31,8 milhões abaixo do potencial devido ao “curtailment”. A Auren disse ao mercado que, no terceiro trimestre, teve “cortes de geração para a fonte eólica de 12,9% e de 17,3% para a fonte solar, ambos valores médios”, considerando todo o Sistema Integrado Nacional (SIN). No mesmo período, a Renova Energia registrou impacto de 23,5% (93,5 GWh) por conta de cortes na produção de energia.

Em algumas situações, há ativos que ficaram quase 50% do tempo fora de operação. Por conta das perdas, algumas empresas impetraram ações individuais por dano irreparável. É o caso da Elera Renováveis, braço de geração da gestora Brookfield, em que o complexo solar Alex sofreu cortes de mais de 60% da disponibilidade só no mês de julho.

Cemig investe em armazenamento de energia com uso de baterias

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Com um plano de investimentos recém-revisado para próximos cinco anos, a Cemig mira em novos desafios. A empresa pretende desenvolver sistemas de armazenamento de energia com uso de baterias, informa o Valor Econômico.

A empresa definiu que o armazenamento de energia por baterias é um investimento prioritário. Os números ainda não estão fechados, mas este tipo de equipamento ganhou relevância nos planos da Cemig.

A reportagem explica que os sistemas de armazenamento vão auxiliar as redes de distribuição e transmissão da Cemig, que têm se tornado cada vez mais o principal foco da estatal mineira. Com base de geração 100% renovável, desde que desativou a térmica Igarapé, de 131 MW, a empresa aposta na eficiência das redes, para garantir transporte da “energia verde” – geração sem impacto ambiental – da companhia.

Reynaldo Passanezi, presidente da Cemig, afirmou que, em sua análise, o país vai precisar cada vez mais desses sistemas, assim como linhas de transmissão. Isso porque serão necessários, para escoar volume maior de energia solar e eólica, que entrará no sistema elétrico nos próximos anos, afirmou. A Cemig tem projeto-piloto em funcionamento, na menor cidade do Brasil, Serra da Saudade, para testar o comportamento da tecnologia na rede.

China planeja construção da maior hidrelétrica do mundo no Tibete

A China aprovou a construção do que promete ser a maior hidrelétrica do mundo, dando início a um projeto ambicioso no lado leste do planalto tibetano e que pode afetar milhões de pessoas na Índia e em Bangladesh.

A barragem ficará no curso inferior do Rio Yarlung Zangbo e poderá produzir 300 bilhões de quilowatts-hora (kWh) de eletricidade por ano, segundo estimativa fornecida pela Power Construction Corp of China em 2020.

O volume mais que triplicaria a capacidade projetada de 88,2 bilhões de kWh da Barragem das Três Gargantas, atualmente a maior do mundo, na China central. O projeto desempenhará um papel importante no cumprimento das metas de pico de carbono e neutralidade de carbono da China. Além disso, deve estimular indústrias relacionadas, como engenharia, e a criação de empregos no Tibete.

O desembolso para a construção da barragem, incluindo custos de engenharia, também deve eclipsar a barragem das Três Gargantas, que custou 254,2 bilhões de yuans (US$ 34,83 ​​bilhões). O valor inclui o reassentamento de 1,4 milhão de pessoas deslocadas e foi mais de quatro vezes a estimativa inicial de 57 bilhões de yuans. (O Globo – com agências de notícias)

Trump vai interromper o boom de energia limpa nos EUA? Investidores estão preocupados com o risco

A eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA colocou em xeque investimentos bilionários direcionados para energia renovável durante os quatro anos do governo de Joe Biden.

Desde a aprovação da Leo de Redução da Inflação, de 2022, os recursos para o setor – incluindo energia limpa, veículos elétricos, baterias e painéis solares – escalaram e atingiram valor recorde no terceiro trimestre de 2024, chegando a US$ 71 bilhões, de acordo com um rastreador mantido pelo Rhodium Group, uma empresa de pesquisa com foco em energia, e pelo M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology).

Em Wall Street, a grande questão agora é: Donald Trump, que chamou as políticas de Biden de “novo golpe verde” durante a campanha, retirará subsídios e regulamentações para mudar significativamente a economia do investimento em descarbonização?

As reações do mercado logo após a eleição pareciam claras. As ações de empresas de energia limpa caíram drasticamente, enquanto as ações das empresas de petróleo se recuperaram, indicando uma visão divergente de como os dois setores se sairão nos próximos anos. (O Estado de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Nas projeções dos economistas do mercado não está no horizonte uma volta do câmbio a níveis abaixo da barreira de R$ 6, rompida recentemente. Em pesquisa realizada pelo Valor com 75 instituições financeiras e consultorias, a mediana das estimativas aponta para o dólar a R$ 6 em dezembro de 2025. No fim do ano passado, a cotação era de R$ 4,85.

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Folha de S. Paulo: As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em abril e maio pegaram a CCR de surpresa. A catástrofe no Sul e as fortes chuvas que assolaram a Rio-Santos (BR-101) em 2022 causaram um prejuízo de R$ 500 milhões à companhia, dinheiro que vem sendo alocado em obras de reparo dos ativos. A empresa, aliás, discute com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) um reequilíbrio contratual da ViaSul, concessionária do grupo responsável por rodovias gaúchas.

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O Estado de S. Paulo: O ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou ontem (26/12) os critérios para o uso obrigatório das câmeras corporais pelos policiais militares de São Paulo.  Segundo a decisão, os equipamentos devem ser usados em três situações: operações de “grande envergadura”, incursões em “comunidades vulneráveis para restaurar a ordem pública” e operações para responder ataques a policiais militares.

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O Globo: A Advocacia da Câmara dos Deputados apresentou nesta sexta-feira (27/12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Secretaria de Relações Institucionais um pedido de desbloqueio de emendas de comissão, que foram travadas na última segunda-feira por decisão do ministro da Corte Flavio Dino. A ação acontece após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter se reunido com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde de ontem. O documento alega que não houve descumprimento das regras vigentes quando 17 líderes da Casa enviaram um ofício ao Executivo pedindo a liberação de R$ 4,2 bilhões de emendas de comissão. A petição também reafirma que o pedido teve o aval do governo federal.

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