O relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou ontem (09/07) o relatório sobre os preços dos combustíveis referente à última semana e registrou uma queda de 9% no preço da gasolina após os estados reduzirem o ICMS – imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. O valor médio saiu de R$ 7,12 para R$ 6,49 o litro, conforme indica o relatório.
A gasolina mais barata foi encontrada no Amapá, onde o consumidor pode pagar R$ 5,54 o litro. Goiás e São Paulo, dois estados com combustíveis caros, foi possível notar uma queda e comprar o combustível por R$ 6,06 e R$ 6,10, respectivamente. Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Acre foram os estados onde a gasolina ainda está acima dos R$ 7. A ANP também notou que só em São Paulo e no Mato Grosso é mais vantajoso abastecer com etanol. (portal UOL)
Xavantes inicia construção das primeiras usinas híbridas para sistemas isolados do Brasil
A Xavantes, empresa controlada pelo Grupo OnCorp, deu o pontapé inicial para a construção das duas primeiras usinas híbridas para sistemas isolados do país, em Roraima. As plantas ficam nos municípios de Amajari, Uiramutã e Pacaraima e têm capacidade instalada de 10 megawatts (MW) para atender mais de 41 mil habitantes. O valor do investimento é de R$ 54 milhões feito pela OnCorp, sendo 30% de capital próprio e 70% funding.
A previsão é que as plantas entrem em operação comercial em abril de 2023. A solução consorcia a geração de energia das fontes térmica a diesel e solar fotovoltaica com sistema armazenamento de energia. As usinas são para atender a demanda do leilão do sistema isolado, que aconteceu em 2021. Dos cinco lotes que estavam disponíveis, a OnCorp arrematou dois (2 e 5, Amazonas e Roraima, respectivamente). Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor executivo da Oncorp, João Mattos, explicou que o sistema prevê a redução do custo com a produção de energia e evita a emissão de gases nocivos ao meio ambiente.
Scatec ASA, Equinor ASA e Hydro Rein iniciam construção de parque solar de 531 MW no RN
Scatec ASA, Equinor ASA e Hydro Rein iniciaram a construção da usina solar Mendubim, de 531 MW de capacidade instalada, localizada no Rio Grande do Norte. As empresas têm participação de 33,33% no empreendimento. O investimento previsto para a usina é de US$ 430 milhões, financiado por um mix de dívida e capital próprio das empresas.
O fechamento financeiro e o primeiro desembolso do financiamento estão previstos para o final de 2022, informou a Scatec ASA. No momento, as companhias estão iniciando a compra dos principais equipamentos e atividades para início da construção no local. As empresas firmaram um contrato de compra e venda de energia com a Alunorte, com prazo de 20 anos e em dólar, viabilizando a implantação do empreendimento. O contrato prevê o fornecimento de 60% da energia gerada pelo projeto à fabricante de alumina (matéria-prima do alumínio). (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Miséria, inflação, dívidas e desemprego têm o maior impacto nos lares em 10 anos – esta é a manchete da edição de hoje (10/07) do jornal O Globo. A reportagem ressalta que o mal-estar provocado pelo empobrecimento é o mais alto no Brasil em dez anos. Numa análise sobre a miséria no país, o professor emérito do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Saboia, concluiu que essa condição nunca esteve tão presente na realidade brasileira. Com outros pesquisadores do instituto, ele elaborou um índice para medir a intensidade da miséria e do retrocesso na qualidade de vida das famílias.
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Reportagem da Folha de S. Paulo ressalta que, de olho na campanha à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) turbina o Auxílio Brasil, mas o governo acumula resultados negativos em outros programas sociais. A verba para habitação, saúde e educação da população mais pobre tem passado por sucessivos cortes ao longo da gestão bolsonarista. Marcas petistas, como o Farmácia Popular e o Fies, registram queda no orçamento desde que Bolsonaro assumiu o mandato.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que após perder o plano de saúde por causa do desemprego ou das altas mensalidades, clientes encaram as healthtechs como alternativa ao Sistema Único de Saúde (SUS). O número de startups que oferecem o serviço no Brasil praticamente dobrou nos últimos quatro anos, segundo levantamento da plataforma de inovação “Distrito”. Pacientes traumatizados por experiências ruins na relação com médicos e operadoras tradicionais vêm elogiando o acolhimento dos prestadores de serviço das healthtechs, o intenso uso de tecnologia e os preços mais baixos. Mas nem todos os clientes se adaptam ao novo modelo e há, entre especialistas, dúvidas sobre o futuro financeiro das empresas.