O contingenciamento de recursos proposto pelo Ministério da Economia ao Ministério de Minas e Energia (MME) na proposta de lei orçamentária (PLOA/2020) pode provocar o desabastecimento de insumos básicos exigidos para o funcionamento dos reatores das usinas nucleares de Angra 1 e 2, com possibilidade reais de “apagões” nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
O alerta faz parte de uma nota técnica, enviada pelo MME para a equipe econômica, acompanhada de ofício da secretária-executiva, Marise Pereira, ao ministro Paulo Guedes. A secretária solicita no ofício ao ministro a expansão do orçamento da pasta de R$ 600.363.010,00 para o montante de R$ 1.143.682.409,00.
Questionado pelo portal E&P Brasil sobre a possibilidade de apagão, o MME informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a nota técnica foi retificada e que não há qualquer risco de desabastecimento, mesmo em caso de uma suposta interrupção das usinas de Angra 1 e 2.
Custo de energia puxa alta do item ‘habitação’ no IPCA-15 de agosto
O custo com o consumo de eletricidade representou o maior impacto para o aumento 1,42% do grupo ‘habitação’ no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto, segundo levantamento divulgado hoje (22/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A variação do item energia elétrica na prévia da inflação mensal – abarcando os primeiros 15 dias deste mês – foi de 4,91%, contra alta de 1,13% verificada na primeira metade de julho.
Todas as regiões pesquisadas apresentaram altas no custo com energia elétrica na primeira parte de agosto. A forte alta, de acordo com o IBGE, deve-se principalmente à adoção da bandeira vermelha (patamar 1) nas contas de luz em agosto, cujo ônus é de R$ 4 para cada 100 kWh consumidos. Em julho, estava vigente no país a bandeira amarela, que representa um acréscimo de R$ 1,50 por 100 kWh gastos. As informações foram divulgadas por diversos canais de internet, entre eles o Canal Energia.
Tecnologia de energia solar ajuda a diminuir queimadas
O site Paranoá Energia traz hoje (22/08) uma matéria sobre os três anos de parceria entre as empresas Neosolar Energia, que trabalha em soluções de energia solar fotovoltaica, e a Working on Fire, empresa de um grupo sul-africano que oferece soluções de manejo integrado de fogo, sistema que usa energia solar para detectar automaticamente incêndios ambientais. O Firehawk, consiste, basicamente, em torres equipadas com câmeras de alta definição e um software com um avançado algoritmo de detecção automática de incêndios.
Como exemplo, a reportagem cita a instalação, há três anos, da solução de manejo numa empresa de celulose, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Como resultado, nesse período, o sistema ajudou a reduzir em 75% o número de áreas queimadas. Nesse projeto, o sistema protege cerca de 120 mil hectares de floresta, entre áreas de cultivo e áreas de preservação ambiental. São 11 torres, oito alimentadas por um sistema híbrido de geração solar fotovoltaica e eólica, e outras três com fornecimento de energia elétrica da distribuidora local.
Brasil e China discutem energia solar em fórum internacional
O Portal Solar informa que a China Renewable Energy Society realizará no dia 26 de agosto, em São Paulo, o Fórum Internacional Fotovoltaico Brasil-China 2019 para promover o desenvolvimento sustentável da energia solar. O evento também pretende impulsionar a diminuição da emissão de poluentes e estimular o crescimento econômico.
Participarão do encontro representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Ministério da Economia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de instituições financeiras, distribuidoras e instaladoras solares, fabricantes e integradores de sistemas fotovoltaicos. O encontro irá focar nas áreas de estudo e pesquisa da tecnologia, no projeto-piloto, no investimento financeiro, na cooperação da energia e de produção, no reconhecimento mútuo das normas e no treinamento pessoal, a fim de promover a cooperação internacional entre a China e o Brasil no setor.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico traz, em seu portal de notícias, reportagens e análises sobre a possibilidade de privatização da Petrobras, sinalizada ontem (21/08) pelo governo, e sua atratividade para o mercado. De acordo com o jornal, joia da coroa é a exploração do campo pré-sal. A empresa está atenta a isso, e foca esforços em seu desenvolvimento, explica a reportagem.
Neste mês, a companhia informou que a produção de petróleo e gás em julho foi de 2,76 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) por dia. Apenas no pré-sal, a produção de óleo e gás em julho foi recorde de 2,1 milhões de BOE/dia. Durante teleconferência de demonstração de resultados do segundo trimestre deste ano, no início de agosto, o diretor de exploração e produção da companhia, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, afirmou que a Petrobras quer se concentrar cada vez mais no pré-sal. O executivo, na ocasião, previu que 88% de todos os polos de exploração e produção da empresa, em 2020, se concentrem em águas profundas e ultraprofundas. Hoje, essa participação é de 55%.