
O Valor Econômico informa que o grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto, deverá receber até o início de outubro as propostas vinculantes para a compra de uma fatia da Raízen, companhia distribuidora de combustíveis e produtora de açúcar e etanol. A Shell é sócia do grupo na companhia.
Uma fonte da reportagem afirmou que o grupo já começou a receber sondagens. A agência “Bloomberg” informou ontem que a japonesa Mitsubishi estaria entre as interessadas. Outro grupo japonês, a Mitsui, também estaria no páreo, apurou o Valor. A Mitsui já tem parceria com a Cosan em outros investimentos no país.
A venda da fatia da Cosan na Raízen deverá ser feita para um grupo estratégico, de preferência estrangeiro, segundo essa fonte, que falou sob sigilo. Os potenciais interessados em ter uma participação na companhia de Ometto e Shell estariam em busca de ter participação no mercado global de etanol.
Governo propõe regras para abertura total do mercado livre de energia
O Ministério de Minas e Energia abriu nesta terça-feira (2) uma consulta pública com uma proposta de regras para a abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores, ação amplamente aguardada pelo setor elétrico e prevista em medida provisória, informa a Folha de S. Paulo.
O chamado “ambiente de contratação livre”, ou ACL, permite que os consumidores possam comprar energia elétrica diretamente de um fornecedor, gerador ou comercializador.
O mercado livre de energia é hoje restrito principalmente a empresas, sendo que desde o ano passado tem crescido a participação também de pequenas e médias empresas, com cargas mais baixas, atraídas pela perspectiva de economia de custos.
A proposta do governo desta terça-feira envolve o regramento para a abertura do ACL para consumidores atendidos de baixa tensão, inferior a 2,3 kilovolts (kV), como residências.
Congresso suspende votação do relatório da reforma do setor elétrico
A comissão mista que analisa a medida provisória 1.300 de 2025 suspendeu a sessão marcada para ontem (2/9) para votação do texto apresentado pelo relator da reforma do setor elétrico, deputado Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE). A reunião foi remarcada para hoje (3/9).
O presidente do colegiado na sessão, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), atendeu ao pedido de vista dos deputados Danilo Forte (União Brasil-CE), Afonso Motta (PDT-RS), Padre João (PT-MG) e Keniston Braga (MDB-PA). Eles consideraram que haveria pouco tempo para analisar o texto proposto pelo relator. (portal Poder 360 / Energia)
O pedido de adesão do Brasil à AIE
O pedido formal do Brasil para aderir à Agência Internacional de Energia (AIE) sinaliza a ambição brasileira no setor energético, e coincide com a presidência brasileira da conferência internacional sobre o clima (COP30).
A AIE, sediada em Paris, explica que ‘orienta e favorece a convergência de diferentes políticas energéticas e práticas ambientais de seus países membros’’. A agência diz basear decisões energéticas conforme quatro eixos: segurança energética, desenvolvimento econômico, proteção ambiental e engajamento mundial.
Em princípio, o Brasil atende a todos os critérios técnicos para tornar-se membro. Um requisito de reservas de 90 dias de petróleo, uma medida que garantiria a segurança energética do país em crises, se aplica a países importadores líquidos de petróleo. O Brasil é exportador líquido. (Valor Econômico)
Solar e eólica serão importantes para a Petrobras a partir de 2035, diz Magda
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou ontem (2/9) que, quando o assunto são as energias renováveis, a companhia divide suas estratégias sobre o futuro em ao menos duas fases: uma até 2035 e outra depois de 2035.
Na etapa até 2035, a prioridade serão os biocombustíveis: o etanol, o diesel coprocessado, o biogás e o biodiesel. Já a partir de 2035, a empresa se voltará à produção de energia solar, eólica e hidrogênio. (portal Poder 360 / Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: A economia brasileira perdeu força no segundo trimestre, confirmando a perspectiva de desaceleração ao longo de 2025. Houve um pequeno recuo da agropecuária, do lado da oferta, e uma queda mais forte do investimento, do lado da demanda. Entre abril e junho, o PIB cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior, após avançar 1,3% de janeiro a março.
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O Globo: O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou ao ler o parecer em que pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros sete réus na trama golpista que a ofensiva, para ser caracterizada, não precisa de uma “ordem assinada pelo presidente”. De acordo com ele, toda a ofensiva foi “documentada” pelos acusados. O julgamento ocorre na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
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O Estado de S. Paulo: O ministro Alexandre de Moraes abriu a sessão inaugural do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus no STF adiantando considerações sobre o mérito da acusação e fez uma defesa do rito do processo. Numa resposta à pressão por anistia, Moraes afirmou que “impunidade” não é uma opção para a “pacificação” do Brasil. Moraes disse que a conciliação do País “depende da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições”. Relator do processo na 1.ª Turma do STF, o ministro fez as considerações antes de iniciar a leitura do relatório.
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Folha de S. Paulo: O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes voltou a usar nesta terça-feira (2), no julgamento de Jair Bolsonaro (PL), um raciocínio que tem repetido ao longo de todo o processo: o risco de o Brasil repetir o erro cometido pelas potências europeias durante a escalada expansionista de Adolf Hitler nos anos 1930. O termo “apaziguamento” faz referência à estratégia liderada pelo então primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain para tentar evitar uma nova guerra mundial. A primeira Grande Guerra tinha se encerrado havia apenas duas décadas.