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Cresce apoio a medidas para suavizar reajuste de combustível sem prejudicar a Petrobras – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que, com as expectativas de um novo superciclo de commodities e a taxa de câmbio sem sinais de alívio, cresce no mercado o apoio a medidas alternativas para proteger o consumidor da escalada de preços dos combustíveis sem impactar as finanças da Petrobras.

De acordo com a reportagem, tanto Executivo quanto Legislativo avaliam medidas para suavizar os repasses das cotações internacionais do petróleo ao preço final dos produtos. As propostas vão desde a criação de um fundo de estabilização a alternativas tributárias.

O principal foco do governo hoje é viabilizar um fundo de estabilização com receita do petróleo, que poderia bancar parte da alta das cotações internacionais e seria reposto em caso de queda acentuada no mercado internacional. A ideia inicial era usar os próprios royalties do petróleo como fonte de recursos para esse fundo. Nas últimas semanas, o governo começou a estudar também a possibilidade de usar recursos de leilões de petróleo para garantir o colchão necessário para bancar as variações positivas.

Eletrobras tem potencial para ser como a BR Distribuidora, diz Ferreira Junior

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Em entrevista ao Valor Econômico, Wilson Ferreira Junior, que esteve na presidência da Eletrobras até janeiro deste ano, disse que a estatal elétrica tem potencial para se tornar uma corporação como a BR Distribuidora após o processo de capitalização. O executivo é o atual presidente da distribuidora de combustíveis.

“A BR é a corporação na qual eu espero em que a Eletrobras se transforme em algum momento. É o bom exemplo de como a companhia pode continuar crescendo de forma eficiente, alinhada a compromissos ESG (sigla em inglês para responsabilidade ambiental, social e de governança). Existe uma agenda muito boa na BR que vai inspirar certamente os caminhos da Eletrobras e, espero, também de outras (companhias)”, disse em entrevista ao Valor.

A BR passou a ser uma empresa privada em julho de 2019, após a venda, pela Petrobras, do controle da distribuidora de combustíveis, em uma oferta secundária de ações na B3. Hoje, a petroleira possui 37,5% de participação na empresa, fatia que também pretende vender. Em paralelo, o plano de privatização da Eletrobras se arrasta desde 2016. A previsão é da redução da participação acionária governamental na estatal a menos de 50%.

Governo aprova criação de programa para combustíveis sustentáveis e de baixo carbono

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou ontem (20/04) uma resolução que institui o programa Combustível do Futuro, cujo objetivo é ampliar o uso de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono no país.

Conforme comunicado do Ministério de Minas e Energia (MME), o programa prevê a integração de políticas públicas relacionadas aos setores automotivo e de combustíveis, incluindo iniciativas como o RenovaBio, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e o programa Rota 2030.

“O programa proporcionará o aumento na utilização de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono, incentivando o desenvolvimento de tecnologia veicular nacional, tornando a nossa matriz de transporte mais limpa e sustentável”, disse em nota o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. (Reuters)

Projeto de lei propõe definição de gasodutos de transporte

O portal Energia Hoje traz informações sobre o projeto de lei (PL) 1.425/2021, apresentado na semana passada pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) e que dispõe sobre critérios de classificação de gasoduto de transporte. A proposta prevê que os dutos de transporte com pressão acima de 30 Bar sejam considerados como gasodutos de transporte. De acordo com a Nova Lei do Gás, essa definição seria regulamentada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 8 de abril.

A reportagem ressalta que, pelo limite proposto pelo novo PL, o gasoduto Subida da Serra, com 31,5 km, capacidade de 15 milhões de m³/dia e pressão de 70 Bar, por exemplo, seria enquadrado como duto de transporte – apesar da autorização da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) ter definido o projeto como um duto de distribuição.

Na prática, isso poderia inviabilizar o Subida da Serra, que transportaria o gás do pré-sal da Bacia de Santos a partir de um futuro gasoduto de escoamento, o Rota 4. Isso aconteceria porque o projeto, que pertence à Compass, subsidiária da Cosan que, por sua vez, é controladora da Comgás. E a Nova Lei do Gás veda a participação – ainda que indireta – de distribuidoras ou de seus acionistas na infraestrutura de transporte.

Empresas do setor elétrico aumentarão orçamento para cibersegurança em 2021

Estudo da consultoria PwC Brasil indica que os investimentos em inteligência artificial, robótica, machine learning, internet das coisas (IoT) e outras tecnologias precisam ser acompanhados por um plano de segurança cibernética ágil e estruturado. A consultoria também indicou que quase 60% das empresas do setor em todo o mundo devem aumentar o orçamento de cibersegurança em 2021.

“A quarta revolução industrial que a sociedade vive agora evidencia o intenso uso de dados por meio de tecnologias que alavancam a utilização de big data e promovem a migração das atividades presenciais para o mundo digital”, afirmou o sócio e líder da Indústria de Energia da PwC Brasil, Ronaldo Valiño. O especialista, porém, ressaltou que essas tecnologias aumentaram, drasticamente, tanto a exposição das empresas a ameaças quanto os riscos de segurança cibernética.

O estudo da PwC Brasil aponta que foi observado um aumento de incidentes de segurança no setor elétrico, com riscos de impactos para a sociedade. Além disso, incidentes como esses podem gerar muitas dores de cabeça para as empresas do setor, como multas regulatórias e possíveis paralisações parciais ou totais dos serviços. (Petronotícias)

Carro elétrico se populariza na China com modelo de US$ 4,4 mil dólares

O maior salão de automóveis da China apresenta veículos elétricos (EVs) com preços ao alcance dos compradores rurais e de classe média, essenciais para impulsionar o mercado de carros ‘verdes’ do país. Na Auto Shanghai 2021, que foi inaugurada na segunda-feira (19/04), os participantes do estande da SAIC-GM-Wuling Automobile elogiaram o sucesso do modelo super acessível da empresa, o Hong Guang Mini EV.

A joint venture, que inclui a General Motors e é controlada majoritariamente pela SAIC Motor, sediada em Xangai, tem sido forte em veículos comerciais compactos. Mas a empresa lançou o Hong Guang Mini em julho de 2020 a partir de 28.800 yuans (US$ 4.420 pelas taxas atuais, ou R$ 24,7 mil). Embora o EV meça apenas 2,9 metros de comprimento e 1,5 metro de largura, ele pode acomodar quatro pessoas. O carro pode ser conectado a uma tomada doméstica, eliminando a necessidade de equipamento de carregamento separado. As informações foram publicadas no portal do Valor Econômico.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, às vésperas da cúpula do clima organizada pelos Estados Unidos, o presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu ontem (20/04) cartas de governadores, ex-ministros, artistas brasileiros, americanos e britânicos que pedem o endurecimento da posição da Casa Branca com o presidente Jair Bolsonaro na área ambiental.

O destaque foi para três cartas: uma mensagem de 23 governadores brasileiros, outra de ex-ministros dos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva, assinada também por sociólogos, cientistas políticos, economistas e professores, e uma terceira enviada por artistas brasileiros, americanos e britânicos.

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O principal destaque da edição de hoje (21/04) do jornal O Globo também é a política ambiental brasileira. A reportagem ressalta que na Cúpula de Líderes sobre o Clima, o Brasil será cobrado por resultados concretos na área ambiental. Na terça-feira, cerca de 400 servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgaram uma carta em que denunciam que estão com suas atividades de fiscalização totalmente paradas, desde que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles mudou o rito para a aplicação de multas ambientais. O ministro argumentou que buscou “agilizar” processos com a mudança de regras, mas admitiu que pode fazer ajustes no texto “se houver mesmo necessidade”.

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Reportagem da Folha de S. Paulo informa que dados do mercado de trabalho durante a pandemia da covid-19 mostram que os mais ricos e escolarizados no Brasil puderam se proteger bem mais que as pessoas de menor renda e pouca educação. Não por acaso, estudos apontam que áreas pobres no país e bairros da periferia de São Paulo chegaram a ter três vezes mais mortes causadas pelo coronavírus do que outras regiões.

Segundo dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) elaborados pela FGV Social, 28% dos membros da classe A/B (renda domiciliar superior a R$ 8.303) puderam alterar o local de trabalho durante a pandemia. Na classe D/E (renda até R$ 1.926), apenas cerca de 7,5% tiveram essa opção. Na classe C (que ganhou destaque nos anos 2000 e tem renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303), somente 10,3% fizeram isso.