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Crise de energia atingiria até os autoprodutores – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (25/05) pelo Valor Econômico indica que, apesar de investirem bilhões de reais para garantir o próprio suprimento de energia elétrica a preços mais competitivos, os grandes consumidores industriais, chamados “eletrointensivos”, também não estariam livres de restrições numa eventual crise de abastecimento.

Entre os autoprodutores, os únicos que estão garantidos são os que têm usinas ligadas diretamente ao ponto de consumo – geralmente do setor siderúrgico, químico e de papel e celulose – e não dependem das redes de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Esse grupo representa cerca de 15% dos 20 gigawatts gerados pelos 16 grupos ligados à Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), entre eles empresas como Alcoa, CSN, Suzano e Vale. A associação não vê risco de desabastecimento neste ano, mas admite que o cenário preocupa.

A reportagem explica que, no geral, a autoprodução de energia funciona sob dois tipos de arranjos. No primeiro caso, da geração “in situ”, o mais comum são térmicas que aproveitam subprodutos do próprio processo industrial para fins energéticos. Já outro grupo de empresas aposta na autoprodução remota, recebendo a energia pela rede.

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Na Câmara, Petrobras defende política de preços, e críticos temem novos aumentos

Em audiência pública da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados. Realizada ontem (24/05), a Petrobras defendeu a política que equipara os preços de combustíveis e derivados do petróleo aos praticados no mercado internacional. A estatal argumentou que a prática incentiva a concorrência e promove investimentos no setor, enquanto outros agentes do mercado seriam responsáveis pelos recentes aumentos na gasolina, diesel e gás de cozinha.

As justificativas não convenceram representantes de caminhoneiros, petroleiros e engenheiros da Petrobras, que temem novas altas nos preços e desabastecimento com a venda de refinarias nas regiões Sul e Nordeste. (Agência Câmara)

Preço de GNV bate recorde e reduz renda de taxistas e motoristas de aplicativos

O preço do gás natural veicular (GNV) bateu recorde histórico no país, afetando diretamente a vida de taxistas e motoristas de aplicativo que usam o combustível. Em um mês, o preço médio do GNV subiu 17%, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como reflexo do reajuste de 39% no preço do gás natural promovido pela Petrobras no dia 1º de maio.

Reportagem da Folha de S. Paulo ressalta que os dados da agência mostram que o motorista brasileiro nunca pagou tão caro pelo combustível, que na semana passada valia, em média, R$ 3,80 por metro cúbico. É o segundo maior valor da série histórica da ANP, iniciada em 2004, perdendo apenas para a semana anterior (R$ 3,83).

Aneel analisa hoje custo de adequação de rede da Vale

A Vale espera nesta terça-feira (25/05) por um desfecho da controvérsia em torno dos investimentos na adequação da linha de transmissão de energia que construiu, em 2008, no Pará, informa o Valor Econômico. A rede abastece a unidade de exploração e produção de sua subsidiária Mineração Onça Puma.

A discussão se arrasta há dois anos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e hoje será discutida pela diretoria. Em análise preliminar, a área técnica da agência surpreendeu a mineradora ao chamá-la para arcar com o custo de padronização técnica da rede, estimado em até R$ 30 milhões. Porém, com o aval da Aneel, a Vale transferiu “sem ônus” para o setor os 181 quilômetros de rede construída inicialmente para uso particular. Na condição de consumidor livre, a companhia investiu R$ 210 milhões.

CPFL Energia desenvolve robô para inspeção de túneis submersos

A CPFL Energia, em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF), desenvolveu um robô submarino para a inspeção de túneis de abastecimento de usinas hidrelétricas. O projeto receberá investimento de R$ 4,5 milhões e vai proporcionar mais segurança às operações de verificação da integridade estrutural de locais inacessíveis e, com isso, garantir o funcionamento adequado das usinas

O robô submarino desenvolvido está em fase de teses no Complexo Ceran, no Rio Grande do Sul, e atuará de forma autônoma, ou seja, sem piloto. Por meio de um plano de funcionamento, o dispositivo percorrerá um túnel com aproximadamente 7 km, totalmente submerso, em inspeções periódicas. Nesta atividade, o robô mapeia em 3D as paredes internas do túnel por meio de dados obtidos por um sonar, verifica a integridade da estrutura e identifica possíveis obstruções da passagem da água, o que poderia prejudicar a eficiência do sistema da usina. O projeto faz parte do programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), iniciado em agosto de 2018. (Portal Ipesi Digital)

PANORAMA DA MÍDIA

O Brasil chegou ontem (24/05) a 450.026 mortes pela covid-19, apenas 25 dias após ter ultrapassado a marca dos 400 mil óbitos. Embora a média móvel de mortes por dia tenha recuado em Relação aos níveis vistos em meados de março, quando ultrapassou 3.100, o país registra há quatro meses mais de 1.000 mortos por dia. (Folha de S. Paulo)

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O Exército irá investigar o ex-ministro da Saúde, general da ativa Eduardo Pazuello, por participação em ato político a favor do presidente Jair Bolsonaro, realizada domingo (23/05), no Rio de Janeiro. Comandante em chefe das Forças Armadas, Bolsonaro proibiu o Exército de divulgar informações a respeito da investigação aberta sobre a conduta de Pazuello. Já o vice-presidente, Hamilton Mourão, lembrou que oficiais da ativa são proibidos de participar de atos políticos. (O Estado de S. Paulo)

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As Forças Armadas enfrentam um dilema intratável, resultado de atitudes e políticas do presidente Jair Bolsonaro. De um lado, estão entre os mais privilegiados pelo atual governo. De outro, Bolsonaro insiste em desafiá-las para obter lealdade a seu projeto de poder. É nesse contexto que deve ser entendida a presença do general Eduardo Pazuello, sem máscara em plena pandemia, na manifestação de motocicletas que acompanhou Bolsonaro domingo no Rio. (…) Sua presença no ato em que Bolsonaro desafiou abertamente as normas em vigor para prevenir o contágio abriu nova crise na cúpula das Forças Armadas. Militares da ativa — como Pazuello — são proibidos de participar de manifestações políticas. (editorial do jornal O Globo)

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Os cinco grupos de ensino superior com capital aberto na B3 – Ânima, Cogna/Kroton, Cruzeiro do Sul, Ser Educacional e Yduqs – se beneficiaram de aquisições e da forte expansão da educação à distância para enfrentar as crises sanitária e econômica. No vestibular deste ano, principal fonte de novas receitas, as empresas conseguiram aumentar o número de matrículas – ou pelo menos ficaram no mesmo nível dos processos seletivos realizados antes da pandemia, no início de 2020. Com isso, a base de alunos das companhias, que juntas representam cerca de 35% do ensino superior privado do país, ficou entre o estável e um aumento de até 22,7%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. (Valor Econômico)