Roraima é o único estado brasileiro que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O jornal O Estado de S. Paulo aborda o tema em sua edição de hoje (12/03). De acordo com a reportagem, a crise de abastecimento de energia que afeta Roraima inclui um rombo financeiro que já chega a R$ 482,8 milhões.
A dívida está relacionada a contratos que a concessionária Boa Vista Energia firmou com uma série de usinas que entregariam energia à distribuidora de 2017 a 2021. Segundo a concessionária, a entrega dessa energia depende da operação da linha de transmissão Manaus-Boa Vista. O projeto na linha, porém, por passar dentro da terra indígena Waimiri Atroari, ainda não conseguiu licenciamento ambiental e, passados oito anos desde o seu leilão, não teve as obras iniciadas. As usinas, por sua vez, passaram a exigir o pagamento da energia contratada pela distribuidora.
De acordo com a reportagem a distribuidora Boa Vista Energia apresentou, no ano passado, pedido de liminar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na tentativa de suspender a cobrança. O pleito ainda é analisado pela área técnica da agência e precisa passar pela diretoria colegiada.
Governo vai incentivar competição no setor do gás
O jornal O Globo informa que o governo planeja reduzir em 50% o preço do gás no Brasil e, para isso, prepara um programa a fim de redesenhar o mercado e reduzir a participação da Petrobras no setor. O nome provisório do programa é “Novo Gás para Crescer”. Ele está sendo trabalhado por técnicos do governo nas áreas de economia e energia, antes de as propostas serem apresentadas ao mercado e ao Congresso. O projeto prevê ações para aumentar a competição nas áreas de transporte e comercialização de gás.
Capitale investirá R$ 500 milhões em biogás até 2021
Investimentos de até R$ 500 milhões em biogás, nos próximos anos, estão no radar do grupo Capitale Energia, especializado em comercialização de energia. De acordo com reportagem do Valor Econômico, a meta da companhia é alcançar uma capacidade de produção de 1 milhão de metros cúbicos diários de biometano (gás natural renovável produzido a partir de resíduos sólidos ou dejetos de animais), o equivalente a quase 1% de toda a produção de gás natural do país, até o fim de 2021.
O primeiro passo foi dado em janeiro, por meio da ZEG Biogás, empresa do grupo Capitale, que adquiriu a Gasgrid, especializada em produção e comercialização de biometano. A empresa já produz biogás a partir de um aterro sanitário na zona Leste de São Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Com diferentes abordagens, os principais jornais do país trouxeram matérias, em suas edições de hoje (12/03), sobre a necessidade de recursos para socorrer o caixa dos estados. O Valor Econômico informa que os governos estaduais terão que reduzir a despesa com pessoal, além da concessão de incentivos fiscais, para ter acesso ao socorro financeiro que a União oferecerá aos estados que passam por crise fiscal. O corte exigido no gasto com funcionários será em termos reais, isto é, já descontada a inflação.
De acordo com a reportagem, o pacote de ajuda já está pronto, vai se chamar Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) e será encaminhado ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei complementar. O estado que aderir terá que se comprometer com um programa de ajuste que reduza a despesa real todos os anos, até 2022.
O jornal O Estado de S. Paulo destaca que a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de desvincular os gastos obrigatórios do orçamento da União, dos estados e dos municípios deve chegar ao Senado no início de abril. A tramitação da proposta contará com o apoio de uma Frente Parlamentar Mista do Pacto Federativo, que deverá ser lançada amanhã, segundo a reportagem.
O carioca O Globo analisa que a desvinculação de verbas do orçamento dará alívio aos estados e municípios com pouco espaço para organizar suas finanças. O jornal ressalta que, em contrapartida, o governo espera apoio à reforma da Previdência.
Já a Folha de S. Paulo traz, como matéria principal, o balanço do temporal que caiu em São Paulo, entre domingo e ontem, deixando a cidade em estado de alerta. Foram 12 mortos na região da Grande São Paulo. O jornal informa que choveu, em 12 horas, quase um terço do previsto para o mês de março na capital.