MegaExpresso

Crise de energia na Europa faz países se prepararem para “inverno terrível” – Edição da Tarde

Reportagem publicada hoje (25/08) pelo site do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a Europa começa a se preparar para um inverno difícil sem o abastecimento de gás russo. Países como Alemanha, França, Reino Unido e Suíça já anunciaram medidas para reduzir o consumo de energia nos próximos meses, uma tentativa de acumular reservas para o período mais frio do ano.

A Alemanha aprovou ontem (24/08), uma norma que restringe o aquecimento em prédios públicos e proíbe a instalação de painéis publicitários luminosos por um prazo de seis meses. A Suíça estabeleceu meta voluntária de redução em 15% o consumo de gás até a chegada do inverno.

O Reino Unido reconheceu que a pressão sob o sistema energético britânico alcançou níveis “extremos”, passando a projetar os piores cenários em caso de escassez, como restrições no fornecimento de gás à indústria e centrais elétricas, resultando em cortes de energia para empresas e residências. Na França, o presidente Emmanuel Macron alertou que a população precisará fazer “sacrifícios” pelo fim do que chamou de “era de abundância” em sua primeira reunião de gabinete após as férias de verão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Investimentos em GNL caminham para patamares recordes

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

À medida que a crise energética global se aprofunda e os países lutam para garantir fontes de energia confiáveis, os investimentos em novas infraestruturas de gás natural liquefeito (GNL) devem aumentar nos próximos dois anos. A consultoria Rystad Energy estima que os novos projetos sancionados atinjam um patamar recorde de US$ 42 bilhões em 2024, informa o portal EPBR.

O aumento de curto prazo na demanda da Europa e Ásia, devido às sanções e restrições impostas às exportações de gás da Rússia, justifica o crescimento. A previsão é que os novos projetos sancionados totalizem US$ 27 bilhões em 2022 e US$ 32 bilhões em 2023. A partir de 2024, no entanto, esses novos investimentos devem cair, diante das expectativas de aceleração dos projetos de baixo carbono.

Impulsionada pelos novos investimentos, a oferta total de GNL deve crescer 67%, para 636 milhões de toneladas em 2030, de acordo com a reportagem. Os EUA devem solidificar seu lugar como um dos principais exportadores. Do lado do consumo, a Rystad espera que a demanda global de gás aumente 12,5% até 2030, para 4,5 trilhões de metros cúbicos.

Calor perigoso no Brasil pode ser realidade na maior parte do ano com crise do clima

Áreas tropicais e subtropicais, entre elas o Brasil, podem ter temperaturas tidas como “perigosas” para a saúde humana pela maior parte do ano, conforme avança a crise climática pelo século 21. Lugares do planeta com bilhões de pessoas, como a Índia e a África subsariana, podem experimentar mais dias com temperaturas “extremamente perigosas”.

É o que mostra uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (25/08) na revista científica Communications Earth & Environment, informa a Folha de S. Paulo.

Seca faz Portugal sugerir aumento no preço da água e suspensão da limpeza de ruas

Diante de uma seca que vem causando incêndios florestais de grandes proporções e uma onda de calor que vem elevando as temperaturas a níveis recordes, o governo de Portugal está sugerindo para 43 cidades do país o aumento no preço da água, a suspensão da limpeza de vias públicas e de regar parques e jardins públicos.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todo o território continental de Portugal está sob alerta de seca severa. O ministro do Meio Ambiente, Duarte Cordeiro, disse na ontem (24/08) que, das 61 barragens do país, 10 se encontram em situação crítica, com o volume de água armazenado abaixo dos 20%. As barragens abastecem 40 municípios do norte e centro do país. Embora o país como um todo tenha água suficiente em seus reservatórios para dois anos de consumo, os 10 reservatórios em estado crítico não têm o suficiente para um ano, disse Cordeiro. (Valor Econômico)

Indústrias tentam barrar Compass na privatização da ESGás

O portal EPBR informa que clientes industriais do Espírito Santo, representados pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace) e pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), pedem que agentes com participação na comercialização de gás natural sejam proibidos de comprar a ESGás, a distribuidora capixaba de gás canalizado.

De acordo com a reportagem, a Abrace e Findes não citam, nominalmente, a Compass, mas se acatado, o pleito teria consequências diretas para a empresa do grupo Cosan — ator mais ativo nos movimentos de aquisição de concessionárias de gás e que também tem um braço de comercialização.

O pedido para barrar agentes com participação direta e indireta na comercialização foi apresentado pela Abrace e Findes durante audiência pública sobre a desestatização da ESGás, realizada ontem (24/08).

PANORAMA DA MÍDIA

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) avalia determinar às operadoras repassarem a queda do ICMS aos seus clientes, de acordo com técnicos do órgão. A medida cautelar em avaliação também determinaria uma compensação retroativa à redução do imposto estadual, determinada pelo Congresso Nacional — ou seja, devolver o consumidor o valor cobrado a mais. (O Globo)

*****

Especialistas ouvidos pelo Valor Econômico disseram que doenças erradicadas há décadas no país podem voltar a atingir a população do país, principalmente crianças, devido às sucessivas quedas na cobertura vacinal desde 2015. De acordo com dados do Datasus, do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal total despencou de 95,07% em 2015 para 59,86% em 2021.

O cenário não tende a mudar neste ano, já que o sistema aponta até o momento que o nível está em 43,35% em 2022 – a taxa ideal para promover segurança coletiva é de 90% para cima. “A cobertura de todas as vacinas está abaixo do nível crítico”, alerta Akira Homma, assessor sênior do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vinculada ao Ministério da Saúde.