Reportagem publicada na edição desta segunda-feira (09/08) pelo Valor Econômico mostra como a pior seca dos últimos 91 anos afetou as companhias de energia mais expostas à geração hídrica, ao mesmo tempo em que beneficiou as que concentram seus negócios na geração termelétrica.
Embora estejam acostumadas a lidar com riscos associados à fonte hídrica, geradoras de energia como Cesp, AES Brasil e Engie viram uma piora de seus resultados no segundo trimestre – e analistas apontam que o pior ainda está por vir. A expectativa é de que o terceiro trimestre, marcado pelo período seco, seja mais desafiador.
As geradoras hidrelétricas já vinham se preparando para equacionar seus balanços energéticos, comprando energia desde o ano passado para zerar posições que pudessem deixá-las expostas ao mercado de curto prazo. No entanto, o agravamento mais acentuado do risco hidrológico (GSF) fez com que elas tivessem que comprar mais energia, a preços elevados. Os maiores gastos se destacaram nos resultados apurados de abril a junho. A reportagem analisa os resultados, as perspectivas e o desempenho do portifólio da AES Brasil, Cesp, Eneva, Engie Brasil.
Equatorial entra com pedido de OPA para adquirir totalidade da CEEE-D
A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) informou, em Fato Relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira à noite (06/08), que sua controladora, Equatorial Participações e Investimentos, apresentou à CVM e à B3 o requerimento de registro de oferta pública de aquisição de ações (OPA) para aquisição do controle da companhia.
A oferta terá por objeto a aquisição de até a totalidade das demais ações de emissão da CEEE-D com direito a voto, a saber 3.165.016 ações ordinárias, correspondentes a aproximadamente 4,64% do capital social da CEEE-D. A ofertante deverá oferecer aos titulares das ações ordinárias objeto da oferta o preço de R$ 0,01. (Valor Econômico)
Planeta vai esquentar 1,5ºC uma década antes do previsto e terá eventos climáticos extremos, diz ONU
A Terra está esquentando mais rapidamente do que era previsto e se prepara para atingir 1,5ºC acima do nível pré-industrial já na década de 2030, dez anos antes do que era esperado. Com isso, haverá eventos climáticos extremos em maior frequência, como enchentes e ondas de calor. A mensagem clara foi dada nesta segunda-feira (09/08) pelo Painel Intergovernamental sobre o Clima da ONU (IPCC), informa o jornal O Estado de S. Paulo.
A reportagem ressalta que a redução sustentada nas emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa, no entanto, ainda pode limitar as ameaças dessas mudanças climáticas. Caso contrário, alguns dos efeitos diretos para países como o Brasil serão secas mais frequentes e a queda na capacidade de produção de alimentos.
Ainda conforme explica a reportagem, resta uma “janela de oportunidade” cada vez menor, para tentar limitar o aquecimento abaixo de 2ºC até 2100, como definido no Acordo de Paris em 2015 (pacto assinado por quase todos os países para conter o aquecimento do planeta). O Acordo de Paris prevê zerar as emissões líquidas até 2050. O motor do aquecimento está na queima de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão mineral, por veículos a combustão e usinas termelétricas, e a consequente produção de CO2. Mas não só: o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), resultantes de atividades agropecuárias, compõem a trinca do efeito estufa. Some-se a isso a produção de aerossóis.
Os 234 cientistas de 66 países reunidos pelo IPCC produziram um relatório com mais de 14 mil referências citadas, com um total de 517 contribuições de outros autores.
MME quer chamar fabricantes para projeto de redução de energia em geladeira de bar
O projeto para obrigar as geladeiras comerciais a terem etiqueta de redução de energia do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e atender padrões de eficiência do Ministério de Minas e Energia (MME) vai receber recursos do Fundo Verde do Clima (Green Climate Fund, em inglês), segundo a pasta. O fundo é regido pelo Acordo de Paris (2015), que permite aos países em desenvolvimento captar dinheiro de países ricos para mitigar a emissão de gases-efeito estufa.
Samira Sana Carmo, coordenadora-geral de eficiência energética da pasta, afirma que tem um cronograma de dois anos para desenvolver as propostas. O ministério, que chamou o Inmetro para participar, pretende estender o convite para as pastas de Economia e Meio Ambiente, além da indústria de geladeiras comerciais. Os refrigeradores dessa categoria são usados em estabelecimentos como supermercados, bares, restaurantes, açougues, entre outros. As informações são da Folha de S. Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem, como destaque, o balanço da participação do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. As reportagens mostram que o Brasil teve em Tóquio seu melhor desempenho em Olimpíada. No total, foram 21 pódios, entre ouro, prata e bronze – dois a mais que na Rio-2016.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou “risco extremo de sobrepreço” nos Convênios do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para compra de tratores e equipamentos agrícolas com recursos de emendas do orçamento secreto. A auditoria foi feita a partir de reportagem do Estadão que revelou o esquema montado pelo governo de Jair Bolsonaro para distribuir bilhões a aliados no Congresso sem qualquer transparência ou fiscalização de órgãos de controle.