Ao mesmo tempo em que a crise econômica provocada pela pandemia de covid-19 eliminou qualquer esperança de privatização da Eletrobras em 2020, a pressão pela venda da estatal a partir do próximo ano deverá aumentar, destaca o Valor Econômico, em reportagem publicada hoje (09/04)
A venda da elétrica ajudaria a reduzir o déficit nas contas públicas, que explodiu com a necessidade de injeção de liquidez na economia brasileira. A estimativa do governo é que o déficit primário do setor público consolidado pode alcançar R$ 500 bilhões neste ano.
Na opinião da economista Elena Landau, que foi diretora de desestatização do Banco Nacional de desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o plano atual de privatização da Eletrobras, elaborado pelo governo Temer e mantido na atual gestão, foi feito para garantir a sobrevivência da elétrica. O modelo prevê um “follow-on” (oferta subsequente), em que a União teria sua participação reduzida para menos da metade, criando uma empresa sem controlador definido.
“Se o objetivo do governo for arrecadar dinheiro, vai ter que mudar a forma de venda. Vai ter que vender o controle. Se mantiver a capitalização, o dinheiro para o Tesouro será muito pouco, ainda mais depois da depreciação das ações da Eletrobras”, disse Elena Landau, defendendo que a privatização seja coordenada pela secretaria do Tesouro Nacional.
De acordo com a reportagem, a grande objeção a esse plano é colocar um terço do parque gerador do país nas mãos de um grupo privado. Uma saída, porém, seria vender separadamente as subsidiárias regionais da Eletrobras.
Brasil é pressionado pela Opep a reduzir produção de petróleo
O jornal O Globo informa que o governo brasileiro está sendo pressionado a participar de um acordo costurado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção global de petróleo, de maneira a fazer subir o preço do produto em todo o mundo.
De acordo com a reportagem, as conversas se intensificaram nos últimos dias, mas ainda não há decisão tomada por parte do Brasil, segundo fontes que acompanham as negociações. Os países membros da Opep reúnem-se hoje (09/04) para discutir a possibilidade de um corte coletivo na produção de petróleo.
O aumento dos preços do petróleo também pode interessar aos Estados Unidos, por causa da extração do gás e petróleo de xisto, mais barato que o petróleo convencional.
Noruega participará de reunião da Opep nesta quinta, diz governo
A Noruega, que não faz parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), será representada por um servidor público civil e participará da reunião desta quinta-feira (09/04) apenas como observadora. O governo norueguês tem afirmado que está pronto a realizar cortes unilaterais em sua produção no caso de um amplo acordo entre grandes produtores, mas não indicou qual montante essa redução poderia envolver.
A produção de petróleo da Noruega foi de 1,75 milhão de barris por dia em fevereiro, alta de 26% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo os dados mais recentes. Se incluídos condensados e líquidos de gás natural, o total de produção de líquidos de petróleo do país atinge 2,1 milhões de bpd. (Reuters)
Ações da Petrobras sobem mais de 3% em ‘dia D’ para o petróleo; papeis da Eletrobras disparam
O portal Infomoney informa que, mais uma vez, as ações da Petrobras registram ganhos superiores a 3%, com alta acumulada de mais de 15% nos últimos quatro dias, em meio à expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), agendada para hoje (09/04), que pode definir o maior corte de produção de petróleo da história.
Segundo informação do portal, os ativos da Eletrobras também tiveram alta de cerca de 5%.
Copel tem aval para compra de fatia em empresa de geração distribuída de energia
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou hoje (09/04) a Companhia Paranaense de Energia (Copel) a comprar seis ativos de geração distribuída solar ainda não operacionais na cidade paranaense de Bandeirantes, com capacidade total de 4 megawatts. (Reuters)
Venda de veículos elétricos deve recuar 43%, segundo consultoria
As vendas globais de veículos elétricos devem cair 43% neste ano em comparação com o resultado de 2019. A estimativa é da consultoria Wood Mackenzie, que projeta a aquisição de 1,3 milhão de unidades até o final do ano ante os 2,2 milhões do período anterior.
Entre os motivos apontados estão o surto de coronavírus, possíveis atrasos na compra da frota devido ao menor preço do petróleo e uma abordagem de compra e venda de novos modelos. (Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, desacelerou para 0,07% em março, de 0,25% em fevereiro. A informação foi divulgada hoje (09/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do índice mais baixo para o mês de março desde a implementação do Plano Real, em 1994. (Valor Econômico)
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A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira, um pacote de medidas no valor de R$ 43 bilhões para estimular o setor da construção civil durante a crise. O banco vai antecipar recursos para as empresas e dar mais alívio no orçamento para os mutuários da casa própria, beneficiando cinco mil famílias.
Além disso, a Caixa vai incentivar as pessoas a tomarem crédito imobiliário. Os novos compradores vão ganhar prazo de seis meses para começar a pagar as prestações. As medidas entram em vigor na próxima segunda-feira (13/09). Os mutuários inadimplentes, com até duas prestações atrasadas, poderão renegociar os contratos, suspender o pagamento das prestações por seis meses ou fazer o pagamento parcial. (O Globo)
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou hoje que a Secretaria Municipal de Saúde vai incluir o uso de cloroquina para o tratamento de casos de coronavírus. Covas explicou que para que o tratamento com esse medicamento ocorra, é necessário que haja prescrição médica e concordância por parte do paciente ou de sua família. (UOL)