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Crise reduz valor de ativos de petroleiras – Edição da Manhã

O choque dos preços do petróleo encolheu o valor dos ativos das petroleiras em pelo menos US$ 70 bilhões no primeiro semestre. Levantamento feito pelo Valor Econômico mostra que ao menos dez grandes companhias reportaram baixas contábeis por perda no valor recuperável de seus ativos (“impairment”, na expressão em inglês) em seus balanços, após revisarem as premissas de preços do petróleo para os próximos anos.

A Petrobras foi a segunda empresa do setor que mais registrou perdas contábeis, de US$ 13,4 bilhões, atrás apenas da Shell (US$ 22,3 bilhões). A reportagem ressalta que a crise atual do setor de petróleo foi desencadeada pela combinação de dois fatores: o colapso da demanda na pandemia da covid-19 e o quadro de sobreoferta da commodity, agravado pelas dificuldades de acerto entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Embora nem todas as petroleiras adotem as mesmas normas contábeis, é consenso que os balanços das multinacionais da indústria indicam uma deterioração das perspectivas sobre a geração de caixa no futuro.

Medo da covid faz índios barrarem acesso a linhão

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O jornal O Estado de S, Paulo traz hoje (06/08) uma reportagem a respeito das tentativas da Fundação Nacional do Índio (Funai) de entrar na terra indígena Waimiri Atroari, de Roraima, para dar continuidade ao licenciamento ambiental da linha de energia que deverá ligar Manaus (AM) a Boa Vista (RR).

O objetivo da fundação, de acordo com a reportagem, é enviar tradutores do estudo de impacto ambiental para dentro da terra indígena, para que o material fosse traduzido para a língua dos Waimiri. Nesse sentido, o presidente da Funai, Marcelo Xavier, enviou uma carta aos Waimiri Atroari, dizendo que não poderia esperar o fim da epidemia de covid para realizar os trabalhos de licenciamento na região.

A resposta chegou no dia 24 de julho. Também em carta, o presidente da Associação Comunidade Waimiri Atroari, Mario Parwe Atroari, deixa claro que não abrirá mão do isolamento social. “Não vemos novas alternativas eficientes que impeçam essa doença de chegar à terra indígena Waimiri Atroari, senão o isolamento social e respeito à quarentena.” Procurada, a Funai disse em nota que que “está atendendo a todos os protocolos de consulta sem colocar os indígenas em situação de risco e buscando não interromper o diálogo com a etnia”.

Câmara deixa caducar MP do setor elétrico

A Câmara dos Deputados deixou caducar ontem (05/08) a medida provisória (MP) 950 que isentava consumidores de baixa renda do pagamento da conta de luz até o fim de julho por causa da pandemia da covid-19. O benefício valeu por três meses.

Originalmente, a MP garantia que o governo subsidiasse as contas de consumidores de baixa renda entre abril e junho. O subsídio tinha impacto de R$ 900 milhões.

O Executivo era contra as modificações feitas na MP pelo relator na Câmara, que prorrogava a isenção da tarifa social da conta de luz e proibia o reajuste das tarifas de energia até o fim do ano, e por isso optou por deixar a proposta perder a validade. (Folha de S. Paulo / Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

A cidade de São Paulo ultrapassou oficialmente a marca das 10 mil mortes por covid-19, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde. A capital responde por mais de um em cada dez óbitos no país e representa 41,7% do total de fatalidades no estado, que lidera em casos e óbitos. São 10.055 vítimas em menos de cinco meses. (O Estado de S. Paulo)

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O Valor Econômico informa que a indústria automobilística quer adiar por dois a três anos o início da vigência de leis que a obrigam a reduzir emissões de poluentes e a adotar equipamentos de segurança em carros, caminhões e ônibus. O tema já está sendo tratado com três ministérios – Casa Civil, Economia e Meio Ambiente.

De acordo com a reportagem, o setor alega que a crise provocada pela pandemia esvaziou o caixa das empresas, que se viram forçadas a adiar investimentos, inclusive em novas tecnologias. Dirigentes da Anfavea, entidade que representa as montadoras, divulgaram ontem (05/08) informações que serão analisadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

A agenda do Conama estabelece que a redução na emissão de gases e a implantação de equipamentos de segurança nos veículos devem entrar em vigor em 2022 para automóveis e demais veículos leves. No caso dos caminhões e ônibus, em 2023. A indústria quer adiar os dois prazos para 2025.

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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram ontem (05/08) que há limites para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 .0 benefício foi criado para socorrer principalmente trabalhadores informais. O pagamento está sendo feito durante a pandemia do coronavírus. Previsto inicialmente para três meses (de abril a junho), o benefício foi prorrogado por mais dois meses, até agosto. (Folha de S. Paulo)

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O jornal O Globo destaca que as justificativas apresentadas pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos RJ) para movimentações financeiras consideradas suspeitas ligadas a ele, à sua família e ao seu ex-assessor Fabrício Queiroz se chocam com os indícios e fatos apresentados pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) à Justiça em pedidos de mandados de busca, quebra de sigilo e prisão apresentados no inquérito que investiga a prática da “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

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