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Crise vai levar à reconfiguração das concessões de infraestrutura – Edição da Manhã

A crise provocada pelo coronavírus levará o governo a mudar a configuração das concessões em infraestrutura, disse ao Valor Econômico a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier.

Segundo ela, além do cronograma de leilões, as premissas de demanda e investimento precisarão ser adequadas. O governo deverá, ainda, facilitar a entrada dos investidores financeiros nas concessões. São os que hoje detêm liquidez, enquanto os operadores de infraestrutura enfrentam dificuldades para pagar empregados e honrar dívidas.

“A crise nos faz pensar na revisão de regras editalícias e de contrato”, afirmou. “Quanto mais os operadores forem afetados em seus fluxos de caixa, em sua capacidade de investimento, mais será importante buscar o investidor financeiro, o capital que está em busca de retornos e bons projetos.” A disputa por esse capital promete ser acirrada no pós-pandemia, destaca a reportagem.

Crise deve gerar corrida por tarifa social de energia

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As dificuldades econômicas decorrentes da pandemia do novo coronavírus levaram milhões de pessoas a atualizar seus dados no Cadastro Único do Ministério da Cidadania, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a reportagem, com essa corrida, a expectativa é que o número de famílias aptas ao programa Tarifa Social quase dobre, dos atuais 9,4 milhões para 17,6 milhões.

Considerado o padrão de consumo dos atuais beneficiários, isso exigiria um valor adicional entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões para o programa em 2020. Ao todo, o programa custaria R$ 7 bilhões neste ano e R$ 5,2 bilhões em 2021.

O programa Tarifa Social concede descontos escalonados na conta de luz de consumidores de baixa renda – de 65% para os primeiros 30 kWh consumidos; 40% de 31 kWh a 100 kWh; 10% de 101 kWh a 220 kWh; zero a partir de 221 kWh. Indígenas e quilombolas têm isenção até 50 kWh, com descontos de 10% a 40% para consumos superiores até 221 kWh.

Privatização pode trazer flexibilidade à Nuclep, diz o presidente da companhia

Incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND), a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) teve sua previsão de privatização adiada pelo governo, de janeiro de 2021 para o segundo trimestre do mesmo ano, devido aos efeitos da crise provocada pelo coronavírus.

Para o presidente da companhia, Carlos Henrique Seixas, entrevistado pelo Valor Econômico, a depender do modelo que for adotado pelo governo, o processo pode ser benéfico à empresa, cuja fábrica, localizada em Itaguaí, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, completará 40 anos de funcionamento nesta semana.

“O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) vai decidir qual será a linha de ação a ser adotada. Ela poderá ser muito favorável para a empresa”, afirmou o executivo. “O parceiro privado pode nos dar a flexibilidade que não temos.”

A reportagem explica que a Nuclep é a principal fornecedora de componentes para a indústria de energia nuclear do país. A companhia aguarda a definição pelo governo para a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 e de outros projetos do tipo no futuro. Enquanto isso, a empresa diversificou sua atuação e iniciou este mês a fabricação de torres para o segmento de transmissão de energia.

Kroma Energia quer sócio para usina nuclear em PE

O Valor Econômico informa que o grupo nordestino Kroma Energia busca um investidor para assumir participação majoritária em um complexo de geração de energia solar que será construído no interior de Pernambuco.

Chamado de São Pedro e Paulo, o empreendimento possui cerca de 80 megawatt-pico (MWp) de capacidade e venceu contrato de fornecimento de energia em leilão realizado em 2018. O investimento previsto no projeto é de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões.

“Somos um desenvolvedor de projetos, especialista em leilões. E aí chamamos para dentro (do projeto) geralmente um grupo capitalizado de geração e fazemos essa composição. Esse é o nosso negócio”, disse Rodrigo Mello, fundador e presidente da Kroma Energia. Segundo ele, a estratégia da empresa é ficar com cerca de 20% de participação no projeto.

PANORAMA DA MÍDIA

O apoio dado pelo presidente Jair Bolsonaro a manifestantes, em novo ato realizado ontem (03/05), em Brasília, com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Congresso e também ao ex-ministro Sérgio Moro, é o principal destaque nos jornais nesta segunda-feira. Aos manifestantes, o presidente disse estar junto com as Forças Armadas “ao lado do povo”.

“Peço a Deus que não tenhamos problemas essa semana. Chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui pra frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem dupla mão”, afirmou Bolsonaro, em declaração transmitida ao vivo em rede social.

O presidente permaneceu por cerca de uma hora na rampa do Palácio do Planalto, sem microfone para fazer discurso, acenando à população. A Folha de S. Paulo informa que na véspera da manifestação, sábado, o presidente encontrou-se com os chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica.

A reportagem do jornal O Globo também relata a reunião de Bolsonaro com ministros militares do governo, como o titular da Defesa, Fernando Azevedo, e com os comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha. De acordo com o relato, generais se disseram “preocupados” com atos recentes do STF, um dos itens avaliados na reunião. Em nota, o Ministério da Defesa disse que o encontro foi realizado para avaliar o emprego das Forças Armadas na operação de combate ao coronavírus, “além de avaliação de aspectos da conjuntura”.

O jornal O Estado de S. Paulo destaca que as palavras do presidente Jair Bolsonaro têm endereço certo. As declarações ocorrem dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, proibir a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a Polícia Federal. O jornal informa, ainda, que oficiais-generais ouvidos pela reportagem avaliaram que o presidente tentou fazer uso político do capital das Forças Armadas, o que provocou novo incômodo no setor.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve fazer aporte de US$ 1 bilhão na compra de ações a serem emitidas pela Embraer, o que diluirá participações dos atuais sócios, informa o Valor Econômico.

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O Brasil ultrapassou ontem (03/04) a marca de 100 mil casos confirmados de pessoas infectadas pelo coronavírus. As mortes somam 7.025, segundo dados do Ministério da Saúde. O Estado de São Paulo segue na liderança da lista de casos confirmados da covid-19. Em 24 horas, o Estado registrou o aumento de 31.174 para 31.772 casos da doença. (Valor Econômico)

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