O jornal O Estado de S. Paulo informa, em matéria publicada nesta segunda-feira (04/11), que em 2014, o custo de extração do petróleo, para a Petrobras, era de US$ 15,3 por barril e, hoje, o valor é de US$ 5.
A perspectiva, segundo analistas ouvidos pela reportagem, é de que esse custo caia ainda mais diante do aumento de produção de novas plataformas em 2020. Dados levantados pelo jornal com a Rystad Energy Ucube, empresa de pesquisa em energia, mostram que o custo de exploração do pré-sal recuou 67% de 2014 até 2019. Os números são em barris de óleo equivalentes (boe), unidade que considera o potencial energético do gás e o petróleo em um barril.
Esse movimento tem aproximado a Petrobras de gigantes do setor. Juntas, Shell, ExxonMobil, BP, Chevron, Eni e Total apresentaram custo de extração médio de US$ 5,4/barril até agora em 2019.
A reportagem destaca que, apesar do resultado comemorado por analistas, a estatal ainda tem um caminho considerável pela frente para se equiparar com o Oriente Médio, cujo custo médio de extração é de US$ 3,2 por barril, conforme números da Rystad Energy Ucube. Os dados foram coletados pela consultoria em mais de 500 empresas no segmento.
Sem vender energia excedente, usinas de cana-de-açúcar perdem R$ 1 bi, diz Cogen
Sem poder vender sua energia excedente no mercado livre, a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), que reúne os setores de biomassa, gás natural e outras fontes, estima uma perda de, aproximadamente, R$ 1 bilhão por safra para as usinas de álcool e açúcar.
Segundo o presidente da associação, Newton Duarte, citado pela Folha de S. Paulo, as empresas não estão sendo remuneradas pela geração adicional. Ele informa que solicitou ao Ministério de Minas e Energia (MME) a ampliação do total comercializado no mercado livre. “Tivemos o pedido de alteração da portaria negado pelo ministério na semana passada”, afirmou.
De acordo com Duarte, as usinas têm condições de produzir energia excedente mas estão inibidas de investir. Procurado pela reportagem, o MME afirma que “a alteração não está sob exame no momento”.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo informa que 14 governadores já anunciaram suas próprias reformas das aposentadorias de servidores e estão formatando projetos ou iniciaram estudos para enviar os textos às respectivas assembleias. De acordo com a reportagem, essas propostas tendem a replicar exigências aprovadas pelo Congresso para os funcionários públicos da União.
Com a promulgação da reforma, os novos servidores federais só poderão se aposentar aos 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), com 25 anos de tempo mínimo, dos quais 10 anos no serviço público e 5 no cargo. Para os que estão na ativa, haverá opções de transição, que exigem mais tempo de trabalho para a aposentadoria. Os governadores querem elevar a alíquota de contribuição para os funcionários. Na União, servidores que ingressaram na carreira até 2013 e têm direito à aposentadoria com valor maior que o teto do INSS (hoje em R$ 5.839,45), as alíquotas podem chegar a até 22%.
O jornal O Globo traz, como principal reportagem na edição de hoje (04/11), a melhora do emprego formal para os jovens. Levantamento feito pela reportagem, com base nos microdados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta que a melhora do emprego formal tem sido puxada por trabalhadores com até 24 anos. Entre outubro de 2018 e setembro deste ano, cerca de 1,1 milhão de jovens foram contratados com carteira assinada no país.
A reportagem destaca, ainda, que o saldo de novos empregos formais só é positivo entre os trabalhadores até 29 anos. Acima dos 30 anos, a perda de vagas continua, ainda que em menor intensidade, levando ao fechamento de mais de 613 mil vagas de outubro de 2018 a setembro deste ano. O fluxo divergente nas duas pontas resulta no saldo positivo de 478 mil vagas em 12 meses.
O Valor Econômico informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer acabar com sua carteira de participações acionárias em três anos, zerando os quase R$ 120 bilhões geridos pela subsidiária BNDESPar. O plano não é extinguir a subsidiária, mas alterar seu modelo de investimentos e reduzir o risco financeiro diário da instituição. O banco diminuirá também sua fatia nos projetos de infraestrutura.
Levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostra que as prefeituras das cidades de dez aeroportos em que as concessões já estão em operação plena, ou seja, já são administrados pela iniciativa privada, passaram a exigir das concessionárias o pagamento de IPTU. As empresas contestam a cobrança, que, de forma retroativa, já chega à casa de centenas de milhões de reais. O país tem hoje 44 aeroportos sob concessão ou em estudo para repasse. Desses, 22 já foram concedidos, e os contratos não citam cobrança de IPTU, segundo o jornal.