O Canal Energia informa que além da interrogação em relação ao valor do déficit da bandeira escassez hídrica em abril, as distribuidoras calculam que terão custos adicionais que estarão fora do empréstimo em negociação pelo governo. Esse montante pode ser de pelo menos R$ 7 bilhões até o termino do primeiro quadrimestre de 2022. São valores resultantes de despesas como o aumento da energia das usinas nucleares Angra 1 e 2, o déficit da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) no ano passado e a diferença de aumento do Proinfa.
Só nos quatro primeiros meses desse ano, a estimativa é de que as despesas vão somar R$ 4,2 bilhões. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee), Marcos Madureira, destaca, porém, que desde o ano passado as empresas já vinham arcando com custos financeiros elevados da chamada Parcela A da tarifa (CVA), que inclui todos nos gastos não gerenciáveis, como compra de energia, por exemplo.
Em outubro de 2021, a CVA, que é a conta que registra as variações nos valores desses itens, era da ordem de R$ 2,4 bilhões. A Abradee promoveu nesta quinta-feira, 10 de fevereiro, reunião representantes dos conselhos de consumidores e da Agência Nacional de Energia Elétrica para discutir os efeitos da crise hídrica.
ONS reduz projeções de chuvas em hidrelétricas; diminui expectativa de carga
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu nesta sexta-feira (11/02) as projeções de chuvas para as regiões das hidrelétricas do país, ainda que tenha mantido a previsão de capacidade na região Sudeste/Centro-Oeste em meio à expectativa de uma carga elétrica mais fraca.
Os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste devem atingir 58,4% de sua capacidade em fevereiro, inalterado ante a semana anterior, com as chuvas onde estão os principais lagos esperadas em 103% da média histórica, ante 108% da expectativa divulgada na sexta-feira passada. O ONS também previu que as precipitações superem a média histórica no Nordeste e Norte, mas reduziu, respectivamente, a projeção de chuvas, para 164% (ante 169%) e 130% (ante 133%).
Já para o Sul, que vem enfrentando condições climáticas adversas, a projeção piorou para 34% da média histórica, versus 38% na semana anterior. Com relação à carga de energia no Brasil, o ONS prevê uma certa estabilidade (+0,1%) em fevereiro, ante expectativa de aumento de 2,1% na semana anterior. (Money Times – com informações da agência de notícias Reuters)
Cegás recebe propostas de dois supridores de gás natural
A Companhia de Gás do Ceará (Cegás) informou nesta sexta-feira (11/02) que recebeu propostas da Galp Energia e da Excelerate Energy na chamada para contratação de gás natural e suprimento do mercado regulado do Ceará.
“A partir desse momento, ocorrerá o processo de pré-qualificação, quando será realizada a análise de aderência e conformidade das propostas”, informou a Cegás.
A Excelerate Energy arrendou ano passado o terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Bahia, localizado em Salvador. A Galp, por sua vez, é produtora nacional, inclusive em campos operadores pela Petrobras. As informações foram publicadas pelo portal EPBR.
AIE reduz previsão da demanda global por petróleo em 2022 e cita déficit da Opep+ na produção
O Valor Econômico informa que a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduziu a previsão de alta da demanda global por petróleo neste ano em 100 mil barris por dia, para 3,2 milhões b/d, mas elevou a estimativa de consumo pela commodity em 2021, também em 100 mil b/d, para 5,6 milhões b/d. Já em relação à oferta, a agência, com sede em paris, cita o baixo desempenho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Em relatório mensal divulgado nesta sexta-feira (11/02), a AIE elevou a previsão de oferta global por petróleo em 2022, estimando um total de 6,3 milhões de barris por dia, caso sejam revertidos os cortes na produção por parte da Opep+. Segundo a AIE, o déficit na produção do cartel deve se acentuar, exacerbando as condições apertadas do mercado.
Com base em dados de janeiro, a AIE afirmou que a oferta global de petróleo subiu em 560 mil barris por dia, para 98,7 milhões de b/d, ao passo que a produção da Opep+ ficou 900 mil b/d abaixo da meta, no mesmo período. Segundo a agência, os problemas de fornecimento por parte dos países do cartel removeram 300 milhões de barris do mercado desde o início de 2021.
PANORAMA DA MÍDIA
Bancos e Petrobras sobem e sustentam alta da Bolsa, informa o portal do Valor Econômico. Mesmo com os mercados globais operando instáveis nesta sexta-feira (11/02), aguardando movimentos de aperto monetário pelos bancos centrais das maiores economias do mundo, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa brasileira, encontrava espaço para avançar liderado por bancos e Petrobras. Apesar de uma leitura fraca do IBC-Br (índice considerado uma espécie de prévia do PIB) de dezembro, a sessão premia empresas que divulgaram balanços corporativos considerados positivos pelo mercado. Por volta das 13h, o Ibovespa avançava 1,16%, aos 114.686 pontos, seu maior patamar desde outubro.
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Governos ocidentais elevaram o tom dos alertas sobre o risco de uma invasão russa da Ucrânia, ao final de uma semana marcada por poucos avanços diplomáticos e pela guerra de versões entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e Moscou. Em visita à Austrália, o secretário de Estado, Antony Blinken, seguiu o tom alarmista adotado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na véspera, e afirmou que uma invasão russa é iminente. (O Globo)