O grupo Delta Energia, especializado no mercado livre, estuda lançar um fundo de investimento com foco em comercialização de energia destinado a investidores pessoa física, informa o Valor Econômico. Segundo o presidente da Delta Energia Asset Management, gestora de fundos do grupo, Luiz Fernando Vianna, a iniciativa busca atrair pequenos investidores, em um momento em que a taxa básica de juros (Selic) está na mínima histórica de 2,25% ao ano.
A reportagem ressalta que essa queda estimula a busca por aplicações financeiras mais rentáveis, e o mercado de energia está em franco processo de abertura, com possibilidade de acessar o consumidor residencial em 2024. Ainda não há definição, porém, da data de lançamento do fundo, nem das características do produto a ser oferecido.
Nova gasolina será obrigatória em agosto e deve ser mais cara
A partir de 3 de agosto, toda a gasolina vendida no país terá de seguir as novas especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que melhoram o rendimento dos veículos. A expectativa, porém, é que haja impacto no preço.
A Folha de S. Paulo explica que as novas especificações foram definidas pela ANP em janeiro, com o objetivo de preencher lacunas na legislação que permitiam a produção ou importação de gasolina de menor qualidade. As novas regras estipulam uma massa específica mínima e um valor mínimo de octanagem RON (sigla em inglês para número de octanas pesquisa).
Alta da gasolina abre espaço para etanol recuperar terreno perdido
Os aumentos do preço da gasolina vendida pela Petrobras em suas refinarias, que continuam a ocorrer neste mês em decorrência da recuperação do petróleo no mercado internacional, devem permitir ao etanol hidratado recuperar participação no mercado de combustíveis do país, embora a demanda, em geral, ainda esteja abaixo dos patamares observados no ano passado.
Reportagem do Valor Econômico ressalta que apenas neste mês, a estatal já elevou o valor da gasolina A (sem etanol anidro) em 8,12%. Considerando as elevações realizadas em maio e junho, após o combustível atingir o menor valor durante a crise provocada pela covid-19, a alta acumulada já é de 80%. Com isso, a gasolina vendida às distribuidoras atinge agora R$ 1,6650 o litro, valor próximo ao registrado no início de março, antes da crise (R$ 1,6928 o litro).
Com as majorações já feitas pela Petrobras e seu repasse às bombas, o etanol já voltou a ser mais vantajoso nos quatro principais estados consumidores do país: São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Idec reitera pedido de informações sobre preço de Angra 3
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) recorreu, pela terceira vez, para ter acesso às notas técnicas que permitiram ao governo dobrar o preço de referência da usina nuclear de Angra 3. A decisão, que elevou o valor da energia para R$ 480,00 por megawatt-hora (MWh), foi tomada em novembro de 2018 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Segundo a reportagem, há mais de um ano e meio, a entidade questiona as premissas e cálculos que levaram a essa decisão, que tornou o preço da energia da usina um dos mais caros do setor elétrico brasileiro. De acordo com o coordenador do programa de Energia e Sustentabilidade do órgão, Clauber Leite, a usina representará 1% de todos os projetos contratados entre 2005 e 2018 em termos de potência, mas 10% dos custos nessa mesma base de comparação.
Procurado pela reportagem, o Ministério de Minas e Energia reiterou que os documentos solicitados pelo Idec não estão disponíveis para acesso, uma vez que são subsídios para decisão que ainda será tomada no âmbito do CNPE, e, portanto, são considerados atos preparatórios. A pasta informou que a definição o cronograma de obras ainda não foi tomada e que o CNPE ainda não decidiu o novo preço a ser firmado em contrato.
PANORAMA DA MÍDIA
Depois de quatro meses de pandemia, as empresas começam a sucumbir à falta de caixa e à incapacidade financeira para honrar todas suas dívidas. No mês passado, o número de pedidos de recuperação judicial cresceu 44,6% e o de falências decretadas, 71,3% em relação a igual período de 2019, segundo levantamento da Boa Vista SCPC.
Segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o movimento deve se acelerar ao longo deste semestre tanto no número de recuperações judiciais como no de falências. A diferença entre os dois processos é que a recuperação judicial, instrumento criado em 2005, representa uma chance de a empresa se recuperar sem que a falência seja decretada pelo juiz, ou seja, sem que a companhia encerre suas atividades.
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A pandemia deve reduzir neste ano em 6%, para US$ 300 bilhões, a riqueza das famílias com patrimônio financeiro acima de US$ 1 milhão no país. A estimativa foi feita pela consultoria Oliver Wyman em conjunto com o banco Morgan Stanley.
O Valor Econômico explica que o cenário base prevê que essa riqueza crescerá novamente para US$ 490 bilhões em 2024, com expansão anual média de 13,2%. Esses valores consideram apenas os bens líquidos, como ações, títulos e caixa mantidos localmente e no exterior. Não incluem imóveis, por exemplo. Os dados fazem parte de um mapeamento global sobre gestão de fortunas, batizado de “After Storm” (após a tempestade). A parte referente ao Brasil foi compartilhada com o Valor.
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Além da queda contínua nos casos e óbitos na capital do Rio de Janeiro, o coronavírus dá sinais de desaceleração na maior parte do interior do estado. Um levantamento realizado pelo jornal O Globo, com base em dados oficiais da Secretaria estadual de Saúde, mostra que, dos 92 municípios fluminenses, 79 (86%) registraram, na semana passada, queda no total de notificações de testes positivos de covid-19, na comparação com os sete dias anteriores.
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A Folha de S. Paulo destaca que, quase oito meses após a reforma da Previdência, apenas metade dos estados brasileiros mudou as regras para que servidores se aposentem. Das 27 unidades da Federação, 13 aprovaram critérios mais duros para funcionários estaduais. O levantamento foi feito pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
A reforma de 2019 não exige que os estados sigam as mesmas regras que a União determinou para o funcionalismo federal Porém, o governo tem buscado incentivar que os governadores também adotem medidas para melhorar a situação financeira dos regimes previdenciários.