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Demanda dos investidores pelas ações da Eletrobras está perto de R$ 60 bilhões – Edição da Manhã

A Eletrobras define nesta quinta-feira (09/06) o preço em sua oferta de ações e pode movimentar algo em torno de R$ 34 bilhões a R$ 35 bilhões. O Valor Econômico informa que ontem, véspera da precificação, a companhia tinha demanda de sobra para efetivar a operação — as reservas, que à tarde estavam em R$ 53,5 bilhões, no fim do dia se aproximavam de R$ 60 bilhões, segundo fontes.

A oferta faz parte do processo de privatização da elétrica. Se vender todos os papéis previstos, a União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passarão dos atuais 60% para 32,96% do capital da Eletrobras após a oferta. Somente a demanda via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estava em torno de R$ 7,5 bilhões. As alocações com esses recursos, no entanto, serão limitadas a R$ 6 bilhões — o que já sinaliza que deve haver algum rateio entre os investidores.

Petrobras indica que preço do diesel continuará a subir

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Petrobras sinalizou ontem (08/06) que o custo dos combustíveis – principalmente o do diesel – segue uma tendência de alta e assim continuará. Isso indica que as medidas anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira (06/06) para conter o preço dos combustíveis, como a isenção de impostos federais e o pagamento de ICMS zerado pelos estados, não deverão ter o efeito esperado.

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Em uma nota enviada à imprensa com “esclarecimento da Petrobras sobre a prática de preços de mercado”, a petroleira afirma que “não há fundamentos que indiquem a melhora do balanço global e o recuo estrutural das cotações internacionais de referência para o óleo diesel”.

Ainda de acordo com o comunicado da estatal, publicado ontem pela Agência Petrobras, “a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado é condição necessária para que o país continue sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diversos agentes. Neste ponto, é importante ressaltar que o mercado global de energia está atualmente em situação desafiadora”.

Alta do dólar pode anular medidas para baratear combustíveis

Reportagem publicada hoje (09/06) pela Folha de S. Paulo ressalta que as medidas anunciadas pelo governo federal para tentar baixar o preço dos combustíveis podem ser parcialmente anuladas pela reação negativa do mercado, que já se reflete no câmbio, nas taxas de juros e nas medidas de risco país.

A avaliação é que o governo federal está abrindo mão de um volume significativo de recursos para promover uma redução de preços temporária, que não chegará integralmente ao consumidor e que não privilegia os mais pobres. Além disso, as propostas prejudicam as finanças dos estados, o que deve levar a uma judicialização da questão.

PANORAMA DA MÍDIA

O pacote do governo para reduzir o preço dos combustíveis pode baixar a inflação e estimular a economia no curto prazo, durante o período eleitoral. Porém, boa parte desses ganhos seria devolvida em 2023, o que tende a tornar ainda mais difícil o cenário do próximo mandato presidencial. “A melhor definição é populismo fiscal”, afirma Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central. “Derruba a inflação no ano eleitoral, com o objetivo de aumentar a popularidade do presidente. Transfere inflação para o próximo ano. Isto não é política econômica. Não há objetivos econômicos nem sociais”, resume ele. (Valor Econômico)

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O jornal O Globo segue acompanhando o caso do desaparecimento de indigenista e jornalista na Amazônia, como destaque de sua edição de hoje (09/06). A reportagem informa que o indigenista Bruno Pereira, que é servidor licenciado da Funai, mapeou a atuação de pescadores e caçadores em área indígena na Amazônia e repassou as informações à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal de Tabatinga (AM), em abril. Os homens que ele flagrou nessas atividades ilegais são apontados como suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento de Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, vistos pela última vez no domingo, no Vale do Javari.

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A Folha de S. Paulo informa que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem (08/06) liberar planos de saúde para recusarem cobertura fora de lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Há possibilidade de exceções.

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O principal destaque da edição desta quinta-feira (09/06) do jornal O Estado de S. Paulo é a movimentação política em função das eleições de outubro. O jornal informa que PSDB e MDB fecham acordo e Tasso Jereissati será indicado vice na chapa de Simone Tebet.