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Demanda em leilão de energia deve igualar térmicas em fim de contrato – Edição da Manhã

O governo prevê um volume expressivo de contratação de energia no leilão de termelétricas a gás natural e carvão marcado para o fim de abril, informa o Valor Econômico. O Ministério de Minas e Energia (MME) está confiante de que a demanda das distribuidoras prevista para o certame será da mesma ordem dos contratos com térmicas a óleo combustível que serão encerrados a partir de 2023. Esses contratos somam algo em torno de 1.800 megawatts (MW) médios.

“O objetivo [do leilão] não é uma demanda nova. [O objetivo] é as distribuidoras declararem aquela demanda associada ao atendimento que elas têm hoje desses contratos [que vencerão a partir de 2023]. Por essa razão, entendo que haverá, sim, demanda para contratar montante de reposição”, afirmou a secretária-executiva do MME, Marisete Pereira, em entrevista ao Valor. “Estamos confiantes de que haja, sim, essa declaração de demanda, porque é uma declaração para repor contratos que hoje fazem parte do portfólio dessas distribuidoras. É montante de reposição.” Pela legislação, a demanda a ser contratada no leilão é um somatório da declaração de necessidade de energia apresentada pelas distribuidoras.

Em cinco anos de cobrança extra na conta de luz, consumidores pagam quase duas usinas de Jirau

O portal de notícias G1 informa que, segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), consumidores pagaram R$ 35,42 bilhões desde 2015, quando o sistema de bandeiras tarifárias entrou em vigor. Para efeito de comparação, a usina hidrelétrica de Jirau (RO), que abastece 40 milhões de pessoas, custou R$ 19 bilhões.

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Copasa e Cemig vão dar descontos para atingidos por chuvas em BH

Quem teve imóveis afetados pelas chuvas em Belo Horizonte pode obter descontos nas contas de água e luz. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai conceder condições especiais de negociação para clientes residenciais classificados como baixa renda, incluindo serviços como religação. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por sua vez, prometeu isenções para as contas com vencimento a partir de fevereiro. As condições do benefício vão variar de acordo com a situação de cada imóvel, podendo ser estendidas por mais meses.

Além de flexibilizar as contas de água, o governo de Minas está estudando prorrogar o prazo de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os empresários afetados pela chuva dos últimos dias. As informações são do jornal O Tempo (MG).

PetroRio compra plataforma e assume campo de Dommo

A PetroRio anunciou ontem (03/02), a compra do campo de petróleo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, e do FPSO (plataforma flutuante) que opera na área. A empresa assumiu os custos operacionais e compromissos de investimentos junto à Dommo Energia (ex- OGX), pela compra de 80% da concessão de Tubarão Martelo. O presidente da PetroRio, Nelson Queiroz Tanure, disse que, com a nova aquisição (a terceira da empresa desde 2017), a petroleira vai mais que quadruplicar as suas reservas, de 12 milhões para 52 milhões de barris. Já a produção vai aumentar de 30 mil barris/dia para cerca de 40 mil barris diários. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Petroleiros esperam novas adesões à greve

A Folha de S. Paulo informa que a greve dos petroleiros, iniciada no sábado (01/02) pode crescer nos próximos dias. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores de 20 plataformas já têm aprovação para aderir ao movimento e falta apenas a orientação do Sindipetro do Norte Fluminense. O motivo da greve é o impasse em relação a cláusulas do contrato coletivo de trabalho da categoria. Entre as reivindicações estão o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho firmado com a estatal e a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que devem afetar pelo menos 1 mil famílias, segundo a FUP.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico destaca, na edição desta terça-feira (04/02), que o avanço da epidemia provocada pelo coronavírus na Ásia e seus impactos sobre a China, segunda maior economia do mundo, derrubaram fortemente os preços de commodities como o petróleo e o minério de ferro. O petróleo tipo Brent fechou em queda de US$ 2,17 ou 3,8%, a US$ 54,45 o barril, menor cotação desde janeiro de 2019. O surto resultou na maior queda mensal do preço do petróleo em 30 anos. A commodity é um dos ativos mais afetados pelos impactos do surto de coronavírus na economia da China, que é o maior importador líquido de petróleo do mundo.

A epidemia na China também é o principal destaque de hoje do jornal O Globo. A reportagem informa que  cinco grandes empresas brasileiras perderam R$ 54,4 bilhões em valor de mercado, segundo dados compilados pela consultoria Economática. Para especialistas, isso reflete o temor de um freio na economia global.

A Folha de S. Paulo e o Correio Braziliense informam que o governo brasileiro vai decretar estado de emergência em saúde e quer criar uma medida sanitária por projeto de lei (PL) para pôr em quarentena brasileiros evacuados da cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus na China. A informação foi anunciada ontem (03/02) pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Pelo protocolo, a medida seria adotada quando houvesse a confirmação de um caso da doença – o que ainda não ocorreu no Brasil. O governo quer estabelecer regras da quarentena, que deverá ser de 18 dias. A ausência de uma legislação específica foi apontada pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das razões que dificultam a vinda dos brasileiros.

Pela primeira vez desde 2014, o investidor brasileiro é maioria na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), informa o jornal O Estado de S. Paulo. No ano passado, com a queda na taxa de juros para o menor patamar da história, a participação do capital nacional no mercado de ações ultrapassou a do estrangeiro – 52% ante 48% (ver gráfico) – e sustentou a alta da Bolsa paulista. A expectativa para 2020 é que esse movimento se mantenha diante da crescente demanda interna, com investidores em busca de novas alternativas para remunerar o capital.

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