O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (02/11) uma reportagem especial sobre o caminho para zerar as emissões de carbono até 2050, conforme prevê o Acordo de Paris, de 2015, e as discussões que estão se dando no âmbito da Conferência do Clima (COP26), que começou ontem e vai até o próximo dia 12, em Glasgow, na Escócia.
A reportagem reitera que, num mundo em transformação, em que a sustentabilidade ganha cada vez mais relevância, o futuro do petróleo tem sido colocado em xeque. No caminho da descarbonização e das medidas para limitar o aquecimento global, conforme previsto no Acordo de Paris, o produto – símbolo da segunda revolução industrial – terá de abrir espaço a outras fontes de energia, menos poluentes e, em alguns casos, mais baratas. Ainda não há consenso sobre quando seria o pico de demanda do óleo, mas varia de 2030 a 2040. A partir dessa data, haveria o declínio do uso.
Mas essa redução depende de uma série de fatores, como a intensidade de empresas e governos na adoção de políticas de diminuição das emissões. De acordo com relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), para zerar as emissões de carbono em 2050, a demanda de petróleo teria de cair 75%, para 24 milhões de barris por dia. As previsões da multinacional BP apontam para queda de 68% e, da Shell, de 20%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP).
Reservatórios do Centro-Sul enchem mais do que o esperado em outubro
Os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste encheram mais do que o esperado em outubro, como reflexo das chuvas que caíram pelo país nas últimas semanas. A previsão é que o volume de chuvas continue acima da média em novembro.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios dessas duas regiões, consideradas a caixa d’água do setor elétrico brasileiro, fechou outubro em 18,2%, 1,5 ponto percentual acima do registrado no fim de setembro. No início de outubro, o ONS esperava que os reservatórios dessas regiões fechassem o mês em 12,8%. Com a chegada das chuvas durante o mês, a previsão foi sendo revisada para cima. Na semana passada, era de 17,8%. (Folha de S. Paulo). Veja também no jornal O Globo.
Após receber energia, comunidade no Acre é integrada a telefonia e finanças
Poucos dias após receber luz elétrica, por meio da instalação de placas solares e acesso à internet, a comunidade ribeirinha da Vila Restauração, no Acre, deve ser integrada também ao sistema financeiro por meio da Voltz, fintech de crédito da Energisa, e à telefonia, pela TIM, informa o jornal O Globo.
Desde a última terça-feira (26/10), placas solares e baterias de lítio instaladas pela Energisa na comunidade passaram a gerar energia. Foram beneficiadas 193 são residências, 14 comércios e 15 unidades de serviços públicos. O investimento de R$ 20 milhões foi feito pela Energisa, como parte dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética, regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Até então, a energia era gerada a diesel e havia luz elétrica apenas durante três horas diárias.
Petrobras informa que não há decisão sobre novo reajuste de preços
A Petrobras informa que os ajustes de preços dos seus produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes. Segundo o Valor Econômico, o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vem após o presidente Jair Bolsonaro dizer a jornalistas na Itália que a estatal pretende novo reajuste nos preços dos combustíveis daqui 20 dias.
“A Petrobras monitora continuamente os mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais”, esclarece a empresa. A companhia reforçou que não antecipa decisões de reajuste e que não há decisão tomada pelo seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP).
No comunicado, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, “ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”. A estatal afirma, ainda, que a influência do movimento do mercado internacional de petróleo e da taxa de câmbio nos preços de seus produtos é constantemente analisada pelos participantes do mercado e noticiada pela imprensa.
Caminhoneiros não aderem à greve e lideranças culpam risco de multas
A paralisação anunciada por entidades de caminhoneiros para ontem (1º/11) não teve força e, novamente, foram registradas apenas manifestações pontuais e isoladas, como nas outras tentativas de protesto que ocorreram neste ano. Ao longo de todo o dia, rodovias federais e portos estratégicos para a logística do país operaram sem interrupções, de acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado pelo Ministério da Infraestrutura.
Ao longo do dia, o trânsito fluiu normalmente nas rodovias federais. Pela manhã, a PRF chegou a identificar dois pontos de concentração de caminhoneiro: um na BR-116, na altura de Barra Mansa (RJ), e outro na BR-101, em Rio Bonito (RJ). No entanto, não foram registrados bloqueios. Postos de combustível e pontos de parada de caminhoneiros também não tinham atos ou movimentos grevistas em quatro das principais estradas que passam por São Paulo. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.
Direito de retirada de incorporações da Omega Geração será de 30 dias
A Omega comunicou ao mercado que o prazo para exercer o direito de retirada para a incorporação da Omega Geração será de 30 dias, a partir da publicação da ata da assembleia geral extraordinária (AGE) no “Diário Oficial de Minas Gerais”, prevista para a próxima quinta-feira (04/11), conforme informação do Valor Econômico.
Terão direito ao exercício de retirada acionistas posicionados entre 24 de setembro e a data de fechamento da incorporação. Também é necessário ter votado contra a deliberação, ter se abstido ou não ter comparecido à AGE que deliberou o tema.
O valor a ser reembolsado é de R$ 19,56 por ação, e o pagamento deve ser realizado em 90 dias após o término do prazo para direito de retirada. A Omega afirma ainda que o exercício deverá ocorrer sobre a totalidade de ações, não sendo permitido o exercício sobre parte das ações.
PANORAMA DA MÍDIA
O anúncio feito ontem (1º/11) pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, de reduzir em 50% a emissão de gases poluentes até 2030 e neutralizar a emissão de carbono até 2050, é o principal destaque da mídia nesta terça-feira (02/11). O anúncio foi feito durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26).
Anteriormente, o país tinha a meta de reduzir, até 2030, 43% das emissões nacionais. Porém, o anúncio foi lacônico ao não apontar qual a base para o corte. Caso a redução siga a mesma base da atualização anterior (de dezembro de 2020), o país ainda emitiria mais gases do que o apontado na meta feita em 2015, no Acordo de Paris. Caso o país siga a base mais atualizada disponível (o quarto inventário nacional de emissões), a redução de emissões ficaria igual à prometida em 2015. (Folha de S. Paulo)
A nova meta, no entanto, apenas corrige um aumento extra de emissões previsto numa manobra contábil feita em dezembro, que alterou para mais a base de cálculo delas e foi apelidada de “pedalada climática”. Para especialistas, o governo corrige irregularidades, sem aumentar a ambição real do país. (O Globo)
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou também que o financiamento climático é urgente para que o mundo faça frente aos desafios. “É fundamental ter robustos volumes e nas quantidades necessárias para que a transição (para uma economia sustentável) ocorra de forma justa em cada região do planeta.” (O Estado de S. Paulo)