O total de famílias de baixa renda com descontos na conta de luz aumentou em mais de 2 milhões neste ano, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
Em janeiro, antes da pandemia, 9,1 milhões de famílias se enquadravam nos critérios do programa Tarifa Social, que concede descontos de até 65% nas tarifas. Nove meses depois, a base de beneficiários era de 11,3 milhões, segundo números da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aponta ainda alguma subnotificação. O alcance do programa pode chegar a 16,6 milhões, considerando dados do Cadastro Único do governo.
A reportagem enfatiza que a Aneel monitora de perto esses dados, pois o programa é bancado por valores a mais cobrados na conta de luz dos demais consumidores. Em 2020, o custo do Tarifa Social será de R$ 2,6 bilhões, valor que subirá para R$ 3,24 bilhões no ano que vem. Se todos os potenciais beneficiários acessarem o benefício, a conta subirá para R$ 4,76 bilhões.
Consumo de energia sobe em setembro e indústria registra maior alta desde 2018
O portal O Povo, do Ceará, traz informações sobre o consumo de energia elétrica de setembro, com base em dados da Resenha Mensal publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) na semana passada.
O consumo de energia totalizou 40.227 GWh, representando avanço de 2,6% em relação ao mesmo mês de 2019. Por sua vez, o consumo acumulado em 12 meses alcançou 472.368 GWh, demonstrando uma variação negativa de 1,4%.
As residências do país continuaram puxando a demanda nacional de eletricidade em setembro (+7,6%), porém dessa vez acompanhadas de perto pela classe industrial (+5,7%), que registrou o seu maior crescimento do consumo desde abril de 2018, com avanço disseminado em todas as regiões do país. A classe comercial (-8,0%) ainda se mostra sob os impactos do distanciamento social devido à pandemia da covid-19, embora registrando a menor queda desde abril de 2020.
De acordo com a EPE, todas as regiões do país apresentaram expansão do consumo de energia em setembro, o que não acontecia desde novembro de 2019. O destaque foi a região Norte (+4,9%), seguida pelas regiões Sul (+3,5%), Nordeste (+2,9%), Sudeste (+2,2%) e Centro-Oeste (+0,9%).
Quanto às modalidades de contratação de energia, o mercado livre apresentou crescimento de 9,3% no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica caiu 0,8%. Para conferir a Resenha da EPE, clique aqui.
Fazendas solares em Minas geram energia mais barata
De acordo com reportagem do Estado de Minas, os consumidores residenciais de Minas Gerais já podem contratar um novo fornecedor de energia elétrica, com a promessa de corte de 15% na conta de luz mensal e sem necessidade de realizar nenhum tipo de investimento.
Depois de investir na construção e compra de fazendas solares no estado e atender a clientes do comércio, serviço e indústria de pequeno porte, empresas como Órigo, Solatio Energia Livre e a Cemig Sim – braço da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) – voltam-se agora para o mercado residencial, de olho num potencial da ordem de 7 milhões de unidades em todo o estado.
A Cemig Sim, por exemplo, que já tem cerca de 2 mil clientes comerciais atendidos por suas usinas solares, inicia em novembro o atendimento a consumidores residenciais, com a expectativa de chegar a mil contratos até o fim do ano, nesse segmento.
A Órigo também começou a comercializar energia elétrica para consumidores residenciais neste ano e já atende a pouco mais de 1.900 consumidores na categoria. A empresa tem hoje 10 fazendas com capacidade para gerar 40 megawatts (MW) de energia a partir da luz solar. Já a Solatio Energia Livre, uma joint-venture entre a espanhola Solatio e a CMU Energia, empresa mineira de comercialização de energia, anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para atender apenas à geração fotovoltaica distribuída.
Quatro capitais prometem zerar emissões até 2050
O jornal O Estado de S. Paulo informa que Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo assumiram o compromisso de zerar emissões de carbono até 2050. As capitais fazem parte do C40, grupo que une grandes cidades mundiais em defesa de políticas públicas contra as mudanças climáticas.
Para a elaboração do Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas, que a prefeitura de Salvador promete entregar até dezembro, foram medidos índices de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso. Só em 2018 mais de 3 milhões de toneladas de CO2 foram soltas no ar da cidade, sendo 65,1% pelo transporte, 21,7% de energia estacionária (edifícios residenciais, comerciais, consumo industrial), 12,6% de resíduos (aterros e incineração e tratamento de efluentes) e 0,6% de atividades agrícolas e desmatamento.
PANORAMA DA MÍDIA
O impacto das eleições presidenciais nos Estados Unidos sobre a política ambiental do governo brasileiro é o principal destaque da edição de hoje (02/11) do jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem enfatiza que, sem esconder a predileção por Donald Trump, auxiliares diretos do presidente Jair Bolsonaro temem que um revés do republicano isole ainda mais o Brasil e amplie as pressões internacionais contra o desmatamento na Amazônia.
Ainda segundo o Estadão, o Itamaraty já se movimenta de forma discreta para se mostrar disponível à negociação em caso de mudança de comando na Casa Branca. É consenso entre diplomatas que Joe Biden manterá a pressão pública pela preservação da floresta se vencer a disputa presidencial. A volta dos democratas ao poder poderia forçar a gestão Bolsonaro a rever uma política ambiental contestada no exterior.
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O site do Valor Econômico informa que Joe Biden e Donald Trump têm agendas lotadas nesta segunda-feira (02/11), último dia de campanha eleitoral no país. Conforme ressalta a reportagem, ambos os candidatos estão ansiosos para cruzar a linha de chegada em uma campanha sem precedentes na história moderna dos EUA, devido à pandemia de covid-19, e com alertas sobre a possibilidade de violência pós-votação.
A última pesquisa conduzida pelo “The Wall Street Journal” em parceria com a “NBC News” mostra Biden vencendo Trump por 10 pontos em nível nacional e por uma média de 6 pontos em um grupo de 12 estados-chave que possivelmente definirão o vencedor neste ano.
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O jornal O Globo também traz informações sobre as eleições norte-americanas. A reportagem destaca que o presidente Donald Trump, candidato à reeleição, busca dificultar o acesso ao voto antecipado, apostando que assim prejudicará seu adversário, Joe Biden, favorito nas pesquisas.
A reportagem mostra que a tática de governadores republicanos, apoiadores de Trump, tem provocado filas de até 10 horas de espera para que eleitores possam exercer o direito de votar antecipadamente.
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O jornal O Globo traz ainda como destaque uma reportagem sobre o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em menos de quatro meses, o programa viabilizou R$ 71,1 bilhões, que se somam aos R$ 32,8 bilhões do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e garante a sobrevivência de empresas.
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A Folha de S. Paulo informa que partidos políticos descumprem a regra de repasse proporcional de verbas para negros e mulheres. Compilação feita pelo DeltaFolha com base na prestação de contas parcial dos candidatos entregue à Justiça Eleitoral mostra que, apesar de pretos e pardos somarem 50% do total de candidatos, eles foram destinatários de cerca de 40% da verba dos fundos eleitoral e partidário. Os autodeclarados brancos reúnem 60% do dinheiro, apesar de representarem 48% dos candidatos.