
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou que sábado (8/3), às 00h02min, houve o desligamento automático da LT 500 kV Jurupari / Oriximiná C1 e C2, em meio a fortes chuvas, com interrupção de cerca de 1.400 MW de carga.
A ocorrência afetou praticamente todo o estado do Amazonas, incluindo Manaus e região metropolitana, além de outras cidades do estado. O ONS informa que, assim que identificou a interrupção de energia, agiu prontamente e às 0h18min foi iniciada a normalização da linha de transmissão. Às 01h55 todos os procedimentos coordenados pelo ONS já tinham sido realizados, sendo iniciada a retomada da energia na região.
A recomposição integral só aconteceu às 07h03 em razão de dificuldades de comunicação e supervisão em subestações dos agentes envolvidos, bem como a necessidade de deslocamento de equipes em campo para iniciarem a recomposição, dado a indisponibilidade de comandos remotos em instalações dos agentes Amazonas Energia, Energisa e Evoltz. As causas ainda estão sendo apuradas junto aos agentes.
Eletrobras inaugura centro de monitoramento para gestão de ativos e eventos climáticos
O Valor Econômico informa que a Eletrobras inaugurou um centro de monitoramento de ativos e clima do Brasil em sua sede no Rio de Janeiro. A iniciativa busca aprimorar a gestão de sua rede de geração e transmissão de energia, distribuída por todo o território nacional.
De acordo com a reportagem, o principal objetivo é ter uma visão centralizada dos principais ativos, além de prever e mitigar impactos climáticos que têm cada vez mais afetado a infraestrutura crítica do setor elétrico brasileiro. Até o momento, a empresa já investiu R$ 30 milhões no centro, e outros R$ 110 milhões serão aportados ao longo de 2025.
O espaço concentra tecnologias que antes estavam dispersas entre suas controladas, como o centro de monitoramento de ativos da Eletronorte, a área de geoprocessamento da Chesf e outras tecnologias de Furnas, que agora serão ampliadas para todo o sistema.
30 empresas se inscrevem em próximo leilão de áreas para exploração de petróleo
A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), informou na última sexta-feira (7/3) que 30 empresas estão aptas a participar do próximo leilão de áreas para concessão de petróleo no país, agendado para junho.
As empresas aptas a participar do certame – 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) – terão até o dia 31 de março para apresentar declaração de interesse, acompanhada de garantia de oferta, para um ou mais setores constantes do edital vigente.
A ANP informa, ainda, que as licitantes constantes da relação que não apresentem declaração de interesse poderão apresentar ofertas em consórcio com licitante que tenha declarado interesse no prazo do cronograma do 5º Ciclo da OPC.
Há 332 blocos disponíveis no edital da Oferta Permanente de Concessão. Até 14 de abril, a ANP divulgará os setores de blocos que receberam declaração de interesse de empresas e, portanto, estarão em oferta na sessão pública do 5º. Ciclo da OPC.
Petrobras perde participação no mercado de gás natural e sente efeito nas finanças
Reportagem da Agencia Eixos destaca que a Petrobras voltou a perder participação de mercado na comercialização de gás natural em 2024, com reflexos sobre a rentabilidade de seu negócio.
De acordo com a reportagem, a chegada de novos concorrentes (Edge, Eneva e MGás são exemplos) levou a um novo movimento de desconcentração, ainda que não o suficiente para mudar estruturalmente o setor e ameaçar a posição de agente dominante da estatal – que, aliás, partiu para o contra-ataque.
Levantamento da Agência Eixos, com base em dados preliminares da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o market share da Petrobras caiu para menos de 70% do gás firme contratado pelas distribuidoras no Brasil. A participação do gás privado no mercado cativo (que encolheu) está em 33%. Há um ano, era de 29%.
Petrobras vai pagar US$ 283 milhões para EIG Energy encerrar pendência judicial nos EUA
O conselho de administração da Petrobras aprovou celebração de um acordo para encerramento de pendência judicial com a EIG Energy nos Estados Unidos. Nos termos do acordo, a petroleira pagará US$ 283 milhões, ao passo que a EIG, sediada em Washington, pedirá o encerramento da ação e renunciará a qualquer direito relacionado à disputa.
De acordo com a Petrobras, o valor desta contingência está provisionado nas demonstrações financeiras da companhia e vem sendo atualizado desde 2022. “O acordo não constitui reconhecimento de culpa ou de prática de atos irregulares pela Petrobras e atende aos melhores interesses da companhia e de seus acionistas, tendo em vista as peculiaridades da legislação norte-americana, aplicável ao julgamento da causa, bem como o estágio processual e as características de litígios nas cortes federais dos Estados Unidos”, declarou a companhia em comunicado. (Valor Econômico)
CCEE lança guia de direitos e deveres do consumidor no mercado livre de energia
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) lançou, sexta-feira (7/3), o guia de direitos e deveres do consumidor no mercado livre de energia, material didático que vai proporcionar mais transparência e entendimento para os consumidores que acabaram de ingressar no ambiente.
O e-book foi elaborado para esclarecer dúvidas frequentes e ajudar os novos participantes a compreenderem suas responsabilidades ao atuar no segmento livre e como atuar caso queira trocar de representante varejista, voltar para o atendimento da sua distribuidora local ou se receber notificações de desligamento do seu fornecedor.
O guia aborda de forma clara e acessível tópicos como os processos de cadastro no mercado livre, os direitos do consumidor quanto ao serviço prestado e as obrigações que as partes envolvidas devem cumprir. Além disso, oferece orientações sobre como os consumidores podem resolver eventuais conflitos e garantir que suas demandas sejam atendidas conforme as normativas vigentes. A iniciativa tem como objetivo tornar o mercado livre de energia mais seguro para todos.
Projeto no Congresso quer limitar prazo de vista em agências reguladoras ao máximo de 20 dias
O deputado Tião Medeiros (PP-PR) apresentou um projeto de lei (PL) que visa limitar o prazo de vista nas agências reguladoras. O PL 670/2025 propõe que os diretores possam pedir vista dos processos por 10 dias, prorrogáveis por mais dez, informa a Agência Infra.
O texto propõe que, após o prazo de 20 dias, os processos nas agências passem a ser incluídos automaticamente na pauta da reunião seguinte. Caso não haja devolução ou pedido de prorrogação, o diretor-geral poderá requisitar o processo para julgamento na sessão subsequente. Na justificativa do projeto, Tião Medeiros afirma que a ideia é suprir a “lacuna jurídica de uniformização institucional” deixada pela Lei Geral das Agências Reguladoras (13.848/2019).
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Um amplo aumento de tarifas na importação de produtos chineses pelos Estados Unidos pode trazer oportunidades ao Brasil. Uma sobretaxação nessa linha abriria espaço para o país elevar participação no mercado americano em um conjunto de 2.863 produtos coincidentes das pautas de exportação brasileira e chinesa com destino aos EUA.
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O Estado de S. Paulo: Depois de dois anos com o nariz fora da água, empresas brasileiras voltaram a mais um longo ciclo de alto endividamento e dificuldade para pagar credores, segundo levantamentos de empresas especializadas em reestruturação de dívidas e corporativas. Na verdade, em apenas três anos da última década, as companhias conseguiram ter maior fôlego na hora de pagar as contas. Com o cenário de juros altos e PIB menos pujante como é esperado para os próximos dois anos, a situação tende a persistir − e até mesmo se agravar − quando se põem na conta as incertezas provocadas pelas guerras tarifárias de Trump, dizem os especialistas. Em outras palavras, significa que o número de recuperação judicial e reestruturação financeira pode aumentar ainda mais neste ano.
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O Globo: O Brasil atingiu recorde de vagas formais e o menor nível de desemprego da História em 2024, mas a informalidade ainda predomina em algumas regiões do país. Em sete estados, mais da metade dos ocupados não tem carteira assinada. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trimestral do IBGE, foram compilados pelo pesquisador Rodolpho Tobler, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a pedido do Globo.
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Folha de S. Paulo: Os contratos de publicidade de ministérios, bancos e estatais no governo Lula (PT) podem alcançar R$ 3,5 bilhões neste ano, após a conclusão de licitações que estão abertas para a seleção de agências de propaganda. A expansão ocorre no momento em que o presidente tenta reverter a queda de popularidade de seu governo. Em janeiro, Lula mudou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência após criticar publicamente o trabalho da pasta.