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Diretor brasileiro de Itaipu quer novo acordo em 1 mês – MegaExpresso – edição das 10h

A Folha de S. Paulo informa que o diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, estabeleceu em um mês o prazo máximo para um novo acordo com o Paraguai sobre a contratação da energia da hidrelétrica binacional. Já a chancelaria do Paraguai disse ontem (02/08) que espera fechar um novo acordo no prazo de um ou dois meses.

A reportagem explica que o documento anterior, assinado entre os dois países em maio, foi cancelado na quinta-feira (01/08), após ter causado enorme repercussão no Paraguai, onde foi visto como favorável ao Brasil, o que levou políticos locais a ameaçarem buscar o impeachment do presidente Mario Abdo Bem tez.

O diretor brasileiro de Itaipu afirmou que a discussão “será técnica, e não política” e que os interlocutores do país nas negociações foram mantidos, apesar de grandes mudanças do lado paraguaio.

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Disputa sobre Itaipu antecipa 2023

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A reação da sociedade paraguaia ao acordo para contratação de potência da usina hidrelétrica de Itaipu,  assinado pela Chancelaria do país com a do Brasil, em maio, e a imediata ameaça de impeachment do presidente Mario Abdo Benítez, que levou à rescisão do documento, antecipam a renegociação do Tratado de Itaipu, prevista para 2023, quando a dívida da construção da usina binacional estará paga.

A análise é do jornal O Globo, que explica: “Hoje, pelo tratado (de Itaipu), o Paraguai tem que vender ao Brasil o que não consome da metade da energia a que tem direito. O Brasil retém boa parte do pagamento por essa chamada energia adicional para abater o empréstimo que fez ao Paraguai no início da sociedade. A partir de 2023, o Paraguai pretende passar a dispor como quiser da parcela não consumida, vendendo-a a países terceiros ou no mercado livre brasileiro”.

Petrobras reduz preço do gás de cozinha em 8,17% para distribuidoras

A Petrobras anunciou ontem (02/08) a redução de 8,17% no preço do botijão de gás de cozinha de até 13 kg, que a partir de segunda-feira (05/08) passará a custar R$ 24,06 para as distribuidoras. O valor representa o custo sem adição de impostos para venda do botijão às distribuidoras, com o repasse dos preços ao consumidor final dependendo das estratégias das distribuidoras e revendedoras.

A empresa também anunciou redução de 13% nos preços médios do gás liquefeito de petróleo (GLP) industrial e comercial, vendido em embalagens de mais de 13 kg, em suas refinarias. Esse é o segundo corte consecutivo nos valores do produto, que já havia tido redução de 9,8% a partir de 24 de julho. As informações são da Folha de S. Paulo.

Para importador, Petrobras tem preço ‘predatório’ onde há concorrência

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) critica a política de preços da Petrobras. Segundo a associação, a petroleira cobra mais caro pelos combustíveis nos mercados atendidos por suas maiores refinarias e mais barato onde há portos e a concorrência de importados, o que pode ser “resultado de uma política deliberada da estatal brasileira de bater de frente com os concorrentes na oferta de combustível no Brasil”.

Levantamento dos preços nas refinarias da Petrobras mostra que, nas bases de Paulínia (SP) e Duque de Caxias (RJ), onde funcionam as duas maiores refinarias estatais, o litro dos combustíveis custa mais do que o da média nacional. Os preços são ainda mais elevados em Uberaba (MG) e Senador Canedo (GO). Em contrapartida, nos portos de Ipojuca (PE), São Luís (MA) e Itacoatiara (AM), o litro custa até R$ 0,10 menos do que na média do País. Essas cidades estão entre as poucas nas quais a Petrobrás enfrenta concorrência, com a oferta de combustível importado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Barragens deverão ser fiscalizadas pela ANM

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo estuda passar para a Agência Nacional de Mineração (ANM) a responsabilidade por fiscalizar as barragens no país. Hoje, as próprias mineradoras contratam as empresas que fazem a inspeção em seus empreendimentos. A agência seria responsável por criar um cadastro de empresas habilitadas para a fiscalização.

De acordo com a reportagem, a ideia seria a ANM abrir um edital internacional para licitar as empresas interessadas em realizar a fiscalização e a auditagem externa das barragens. Elas entrariam em um cadastro geral da agência, que faria a escolha de quem atuaria em determinada barragem aleatoriamente, de forma que nem mesmo a agência pudesse saber qual seria o resultado.

PANORAMA DA MÍDIA

A exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, decidida ontem (02/08) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, é o principal destaque dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo.

A Folha ressalta que o instituto vem sendo criticado duramente pelo governo desde que seus dados apontaram alta no desmatamento da Amazônia no mês de junho. O presidente Jair Bolsonaro desacreditou os dados do instituto, que é reconhecido internacionalmente pela qualidade de seus estudos. Em resposta, o presidente foi duramente criticado por Ricardo Galvão, o que motivou a sua demissão.

O jornal O Globo destaca que a exoneração do diretor do Inpe acirra a crise ambiental no país. Ex-ministros, ambientalistas e membros da comunidade científica temem que a exoneração de Galvão abra portas para a censura aos alertas de desmatamento emitidos pelo instituto. O presidente Bolsonaro afirmou recentemente que os dados deveríam ser enviados ao Planalto antes de serem divulgados. O ministro Marcos Pontes já defendeu a revisão dos dados.

Entrevista concedida pelo decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, ao Estado de S. Paulo, é o principal destaque da edição de hoje (03/06) do jornal. Autor do voto mais contundente no julgamento em que o Supremo contrariou o Palácio do Planalto e manteve a demarcação de terras indígenas com a Funai, o ministro Celso de Mello disse ao Estado que o presidente Jair Bolsonaro “minimiza perigosamente” a importância da Constituição e “degrada a autoridade do Parlamento brasileiro”, ao reeditar o trecho de uma medida provisória que foi rejeitada pelo Congresso no mesmo ano. “Ninguém, absolutamente ninguém, está acima da autoridade suprema da Constituição da República”, afirmou.

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