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Diretor da Aneel vai ao Cade e ao MPF contra decisão da agência – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que Sandoval de Araújo Feitosa, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), decidiu apelar ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra uma decisão da autarquia da qual ele discordou e foi voto vencido.

Feitosa, que está na Aneel desde 2018, se posicionou contrariamente a um acordo firmado na semana passada entre a agência reguladora e a ISA Cteep, uma das principais transmissoras de energia do país. Pelo acordo, aprovado pela diretoria colegiada da Aneel no dia 26, a empresa aceitou reduzir em 13% a Receita Anual Permitida (RAP) para a concessionária Interligação Elétrica Tibagi, que vai atender os estados de São Paulo e do Paraná.

A reportagem explica que após vencer, em 2017, o leilão para a construção de uma linha de transmissão no interior paulista, a Tibagi decidiu mudar a localização de uma subestação, estratégia que possibilitou redução importante nos custos totais do projeto. Ocorre que a mudança de localização – justificada por limitações técnicas relacionadas à proposta original – não estava prevista no edital da licitação, ou seja, as outras empresas que participaram do certame não tiveram chance de concorrer nas mesmas condições.

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Um processo administrativo foi aberto e, após várias idas e vindas e pedidos de vista, a diretoria da Aneel aprovou, por maioria, a celebração do acordo. A concessionária aceitou reduzir a RAP de R$ 18,3 milhões para R$ 15,9 milhões, além de uma penalidade de pouco mais de R$ 6,7 milhões, que será paga em meados do ano que vem.

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Em nota, a Aneel informou que decidiu “não encaminhar questão já superada para o Cade e MPF, diante da adoção no âmbito regulatório de instrumentos consensuais saneadores dos descumprimentos das regras editalícias e contratuais”. Feitosa decidiu apelar ao Cade e ao MPF.

Belo Monte quer compensação para perda bilionária por problemas em transmissão de energia

O jornal O Globo informa que a usina hidrelétrica de Belo Monte está cobrando um montante bilionário, considerando perdas já registradas e as que podem ser acumuladas até 2022 por não conseguir escoar parte da eletricidade produzida no interior do Pará para o Sudeste, seu principal mercado consumidor.

Diante do problema, a Norte Energia, concessionária que administra a usina, pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ter acesso a recursos financeiros, normalmente usados para reduzir os gastos dos consumidores com a energia das termelétricas, que é mais cara e usada apenas quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo.

De acordo com a reportagem, autoridades do setor elétrico avaliam que o pedido da empresa não deve prosperar, já que o risco de não conseguir entregar a eletricidade é do gerador. E isso costuma constar nos contratos. Procurada, a Norte Energia informou que o texto enviado à Aneel é uma comunicação de rotina.

Novos prefeitos devem buscar PPPs de energia renovável

A baixa nas taxas de juros e as trocas nas gestões das prefeituras, a partir do próximo ano, devem incentivar a busca de parcerias público-privadas (PPPs) nos segmentos de energia renovável e eficiência energética. Conforme reportagem do Valor Econômico, os esforços do governo para incentivar o financiamento de investimentos privados em infraestrutura também poderão dar fôlego às iniciativas.

“A despeito da crise, há liquidez no mundo. Em 2021, muitas prefeituras devem contratar consultores e analisar oportunidades. Novos projetos devem ser desenvolvidos no ano que vem e lançados em 2022”, diz Guilherme Naves, sócio da consultoria especializada no segmento Radar PPP.

Neste ano apenas duas parcerias público-privadas de energia limpa foram iniciadas. Semana passada, o município de Angra dos Reis (RJ) assinou contrato com Enel X Brasil, Selt Engenharia e Mobit para investimentos de R$ 22 milhões na modernização e gerenciamento do sistema de iluminação pública por 15 anos. No começo do ano, a prefeitura de Petrolina (PE) fechou contrato de 26,5 anos por R$ 94,9 milhões com Enercom, Lira Empreendimentos, Mobit e UFV Sol para uma usina de geração fotovoltaica.

A Radar PPP aponta 16 licitações municipais e estaduais na área de energia em modelagem, além de quatro concorrências que devem se encerrar neste ano. Há ainda cinco projetos em fase de consulta pública.

ACL: mercado indica mudança de patamar

O portal da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) traz uma série de reportagens sobre o setor, publicadas, originalmente, por veículos especializados. Esta primeira mostra que o governo vê o mercado livre de energia como instrumento para o setor elétrico avançar em eficiência e atração de investimentos nos próximos anos. (Fonte: Canal Energia)

Mercado livre garante escoamento

Nesta reportagem, também publicada no portal da Anace, o mercado livre é apresentado como o principal canal de escoamento para a energia oriunda do bagaço de cana. Até abril deste ano, havia 182 usinas de cana com energia contabilizada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

De acordo com a reportagem, um fato novo que deverá contribuir para aumentar a procura por bioeletricidade no mercado é a iniciativa do governo paulista, que, juntamente com a CCEE, atribuirá um selo verde aos consumidores que derem preferência à aquisição da energia ofertada pelas usinas signatárias do protocolo agroambiental. O documento prevê a extinção de queimadas até 2017, no máximo. (Fonte: Energia Hoje)

Para conferir outras informações compiladas pela Anace, acesse o menu “Notícias”, no site da associação.

PANORAMA DA MÍDIA

As eleições presidenciais nos Estados Unidos são o principal destaque de hoje (04/11) na imprensa. Enquanto os jornais impressos trazem análises, editoriais e informações sobre a participação recorde de eleitores, votando de forma presencial e também pelo correio, os portais de internet já apresentam, nesta manhã, os primeiros resultados da apuração e a decisão do presidente Donald Trump, que concorre à reeleição, de recorrer à Justiça para confirmar vitória ainda não assegurada.

No meio da apuração, ainda sem a totalização dos votos, o presidente Trump disse que venceu as eleições e irá à Suprema Corte para contestar o resultado. “Isso é uma fraude. É uma vergonha para o nosso país. Francamente, nós ganhamos esta eleição”, disse. “Nós vamos à Suprema Corte.”

O momento de revolta ocorreu logo após o discurso do adversário, o democrata Joe Biden, que demonstrou otimismo na vitória. Trump, que contrariou a maioria das pesquisas e venceu em vários sstados, alguns de maneira surpreendente, disse que a apuração deveria ser encerrada. “Queremos o fim da apuração. Não queremos gente encontrando cédulas às 4h30 da manhã e adicionando à votação.” (O Estado de S. Paulo)

Destaque dos jornais impressos:

Votação bate recorde histórico (O Globo)

Em massa, EUA escolhem presidente (Folha de S. Paulo)

Apuração aponta disputa acirrada e Meio-Oeste mais uma vez decisivo (O Estado de S. Paulo)

Economia americana terá meses difíceis após eleição (Valor Econômico)

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