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Distribuidoras: “Postergação do pagamento elevaria custo de capital do setor”, diz Pepitone – Edição da Tarde

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, comemorou a adimplência das distribuidoras em relação à liquidação financeira no mercado de curto prazo (MCP), realizada ontem (05/01) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que ocorreu conforme o esperado.

As concessionárias honraram os pagamentos referentes ao mês de novembro de 2021, de R$ 5,35 bilhões de Encargos do Serviço do Sistema (ESS), valor considerado alto para o mês em decorrência das medidas excepcionais adotadas para compensar a falta de água nos reservatórios das hidrelétricas em meio à escassez hídrica. Os custos representam a compra do combustível pelas usinas para a geração térmica a gás e a óleo.

À Agência Infra, Pepitone disse que “a postergação do pagamento poderia impactar negativamente a cadeia elétrica e contribuir para a elevação do custo de capital do setor”. Segundo ele, “se esses contratos não fossem assegurados, certamente as tarifas seriam muito mais altas, já que tanto o custo de capital próprio como o de terceiros para se investir no setor seriam mais altos. O setor elétrico brasileiro é muito respeitado, temos uma regulação robusta e esse é um dos nossos maiores patrimônios, merecendo ser preservado”, afirmou.

MME prevê leiloar mais 250 km de linhas de transmissão no Amapá

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O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que prevê leiloar a construção de mais 250 quilômetros de linhas de transmissão no Amapá, em junho. Os relatórios técnicos sobre esse e outras obras que devem ser dispostas no mesmo certame já foram encaminhados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A previsão do MME é conseguir R$ 200 milhões em investimentos para a construção das linhas de transmissão. A intenção é que a nova estrutura melhore a distribuição de eletricidade aos consumidores do estado, que sofreram com a crise de fornecimento de energia elétrica por 22 dias em novembro de 2020. (G1)

Entidades empresariais lamentam lei que obriga uso de térmicas a carvão até 2040

O Valor Econômico informa que entidades empresariais ligadas ao setor elétrico lamentaram a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei 712/19 que prorroga por 15 anos, a partir 2025, a contratação da energia gerada por termelétricas movidas a carvão mineral em Santa Catarina.

A nova lei beneficia o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL), maior térmica a carvão do Brasil, por meio de contrato de energia de reserva até 2040. O posicionamento parte da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), que são contrários à obrigação da contratação de térmicas a carvão.

Para o gerente de Energia Elétrica da Abrace, Victor Iocca, o Brasil deveria “começar o ano avançando no propósito da modernização do setor, com investimentos em energias sustentáveis, com respeito ao meio ambiente, competitividade e iniciativas que permitam um valor de energia mais justo aos consumidores”. O presidente da Abradee, Marcos Madureira, se posiciona contra os subsídios que impactam os custos da energia elétrica e que oneram o consumidor brasileiro. “Nosso entendimento é que aqueles subsídios que sejam realmente necessários devem ser cobertos com recursos do orçamento do Estado e não pagos pelos consumidores de energia elétrica.”

Já a ABGD discorda do prazo de 15 anos. No entendimento da entidade, a transição energética, com abandono de combustíveis fósseis, é uma rota inevitável e prazos superiores a cinco anos para interromper subsídios em favor de fontes poluentes não deveriam mais ter espaço nas políticas macro e regionais de planejamento da matriz energética. “Para a questão do Complexo Jorge Lacerda e demais casos semelhantes, a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) defende a elaboração de programas específicos para que, por meio da transferência escalonada de incentivos, seja possível levar investimentos e empregos da indústria do carvão para novos negócios em fontes limpas e renováveis de energia”, afirma Guilherme Chrispim, presidente da ABGD.

A lei prevê que até 2025 essas usinas permanecerão recebendo subsídios por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Depois disso, as usinas têm garantia legal de contratação da energia gerada até 2040

União deve ficar com 40,84% do capital total da Eletrobras após privatização

O portal Energia Hoje informa que o governo pretende ficar com 45% de participação no capital votante da Eletrobras após a capitalização da companhia. De acordo com o sócio da Genial Investimentos, Roberto Justo, a atual participação da União da empresa é de 61,77%, somando-se aí as fatias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do BNDESPar. A expectativa do banco é lançar o processo de capitalização em março.

A emissão primária e uma eventual secundária devem deixar o governo com capital social total de 40,84%, segundo o executivo. Durante apresentação na audiência pública sobre a privatização da companhia, realizada ontem (05/01), Justo contou que os cenários apresentados para a emissão indicam uma faixa de preço por ação que varia entre R$ 32,57 e R$ 55,00. A operação levantaria entre R$ 22 bilhões e R$ 26,7 bilhões.

A secundária, que seria realizada como uma espécie de ajuste fino para que o governo alcance os percentuais pretendidos, poderia levantar até R$ 8,4 bilhões, considerando o preço por ação de R$ 55,00.

Repsol Sinopec Brasil inicia comercialização de gás de Sapinhoá Norte

A Repsol Sinopec Brasil assinou contrato de venda do gás de Sapinhoá Norte com a Petrogal Brasil, evidenciando sua participação na cadeia de valor do gás natural no Brasil. Com esse contrato, que é o primeiro na modalidade, a companhia começou a comercializar gás a partir de 1º de janeiro de 2022. A operação foi viabilizada graças a um acordo de swap. (Tn Petróleo)

PANORAMA DA MÍDIA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a variante ômicron está levando o mundo a registrar um número inédito de contaminações pela covid-19, com aumento de 71% em apenas uma semana, atingindo o recorde de 9,5 milhões de contaminações. Nas Américas, o aumento em apenas sete dias foi de 100%, contra 68% na Europa. Mas, graças à vacinação, a agência identifica uma dissociação entre as taxas de transmissão e o número de mortes. Na semana que terminou no dia 2 de janeiro, o número de mortes foi de 41 mil, uma redução de 10% em comparação aos sete dias precedentes. Nas Américas, a redução de mortes foi de 18%, enquanto no Brasil a queda foi de 16%, para um total de 664 casos. (UOL – coluna Jamil Chade)

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Para enfrentar o aumento dos casos de coronavírus e influenza no país, um grupo de mais de 2 mil prefeitos enviou um ofício ao Ministério da Saúde ontem (05/01), solicitando apoio da pasta na estruturação do atendimento ambulatorial, compra de testes rápidos de covid-19 e de remédios antigripais, atualmente em falta em várias cidades do país. O documento, obtido com exclusividade pelo jornal O Globo, foi encaminhado pelo Conectar, consórcio criado na pandemia para a compra de vacinas e que hoje atua em outras frentes da saúde pública. As mais de 2 mil cidades que fazem parte do grupo respondem por uma população de cerca de 150 milhões de pessoas, equivalente a 65% do território nacional.

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