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Distribuidoras têm encargo 10% maior que mercado livre – MegaExpresso – edição das 7h

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Os custos com encargos no mercado cativo de energia elétrica, onde atuam as distribuidoras, estão cerca de 10% acima daqueles suportados pelo mercado livre, em que participam comercializadoras, geradoras e consumidores de médio e grande porte. Os cálculos são da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

De acordo com reportagem publicada hoje (09/09) pelo Valor Econômico, a associação defende que o governo equacione a distorção desse ônus antes de ampliar a abertura do mercado de energia elétrica do país. Os cálculos e o pleito fazem parte da contribuição que a Abradee fez ao Ministério de Minas e Energia (MME), no âmbito da consulta pública aberta para discutir a ampliação do mercado livre do país e cujo prazo para envio de sugestões terminou na última sexta-feira (06/09).

“É preciso haver ajustes antes de uma abertura maior do mercado livre. O cronograma [de abertura] deve passar por essa adequação”, disse o presidente da Abradee, Marcos Madureira, em entrevista ao jornal. Segundo ele, essas distorções criam “uma atratividade artificial para a migração de consumidores do mercado cativo para o livre”.

Petrobras limita investimentos em renováveis à área de pesquisa

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A Petrobras planeja investir em fontes renováveis de energia apenas em caráter de pesquisa. Concentrada em reduzir sua alavancagem financeira, a companhia não vislumbra investimentos em projetos de fontes limpas do ponto de vista comercial. Publicado hoje (09/09) na editoria de Empresas do Valor Econômico, este tema foi destaque no site do jornal no fim de semana.

De acordo com a reportagem, a estratégia da estatal vai na contramão de outras gigantes petroleiras, principalmente europeias, que visam diversificar seu portfólio, em busca de uma matriz mais limpa, reduzindo sua pegada de carbono. A norueguesa Equinor, a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e a britânica BP já encaram há algum tempo a energia limpa como um modelo de negócio. A Petrobras, no entanto, entende que investir em renováveis atualmente gera benefícios de marketing, porém sem retorno financeiro adequado.

“Estamos investindo em pesquisa apenas. Não vamos investir em operações que requerem competências diferentes do negócio de petróleo e gás. Primeiro, se formos entrar nesse jogo, nós temos que entrar para ganhar. E não entrar açodadamente só porque os outros estão fazendo. É proibido perder dinheiro” afirmou o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, durante a última coletiva de resultado trimestral da empresa, em agosto.

Vão-se os dedos, fica a Aneel

O Valor Econômico publicou hoje (09/09), na editoria de Opinião, um artigo de David Kupfer, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Grupo de Indústria e Competitividade da UFRJ, em que o autor analisa critérios e objetivos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (PROP&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O ponto de partida do artigo é o processo de consulta pública aberto pela Aneel com a finalidade de “obter subsídios para incorporar novos instrumentos de incentivo à inovação no setor elétrico e outras medidas, visando o avanço dos resultados do PROP&D”. O prazo limite para o envio de contribuições à consulta pública vai até 13 de setembro.

O PROP&D foi criado pela Aneel em decorrência da Lei nº 9.991/2000, que instituiu para as empresas do setor elétrico a obrigação de investir um percentual de suas receitas em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Em seu artigo, David Kupfer analisa os resultados já obtidos pelo programa, suas limitações e desafios.

Diz o autor: “O modelo de financiamento do PROP&D não pode se limitar a apoiar projetos e descuidar das instituições. Isso é ainda mais verdadeiro no setor elétrico brasileiro. A infraestrutura de ciência, tecnologia e inovação é hoje incipiente para muitos temas relevantes, particularmente os mais novos. Isso ocorre porque as empresas privadas pouco ou nada investem em capacitação enquanto as empresas estatais estão premidas por ajustes e reestruturações que não contemplam investimentos incertos e de longo prazo como são, inevitavelmente, os gastos em P&D”.

Kupfer argumenta que “o meritório esforço de revisão do PROP&D será realmente bem-sucedido se a consulta pública for além de buscar captar sugestões de mudanças incrementais. Há elementos suficientes a sugerir que o PROP&D requer uma reformulação radical.”

Newcom fatura R$ 360 milhões em primeiro ano

A Newcom, comercializadora da Comerc Energia focada em operações de compra e venda de energia, completou um ano de atuação com a marca de 400 megawatts (MW) médios negociados e R$ 360 milhões de faturamento. Segundo o presidente da companhia, Daniel Marrocos, a expectativa é que a receita chegue a R$ 700 milhões em 2019, considerando as operações já desenhadas para até o fim do ano.

“Dentro das operações feitas, conseguimos uma rentabilidade que ultrapassa 25%. Temos conseguido alcançar mais do que a gente imaginava”, disse Marrocos. Nesse primeiro ano de atuação, o maior objetivo da companhia foi consolidar sua marca no mercado de comercialização de energia. A reportagem é do Valor Econômico.

Exxon deixa Mar do Norte

O Valor Econômico informa que a ExxonMobil negocia com exclusividade a venda de seus ativos restantes de petróleo e gás no Mar do Norte (Noruega) para a Vår Energi para priorizar os campos de xisto nos Estados Unidos. Se o negócio for concretizado, a produção da Vår Energi quase dobraria e a empresa se tornaria uma das maiores produtoras no Mar do Norte. Os ativos da ExxonMobil produzem cerca de 170 mil barris de petróleo equivalente (BPE) por dia.

PANORAMA DA MÍDIA

“Guedes quer vender todas as estatais.” Esta é a manchete de hoje (09/09) do Valor Econômico, que publicou uma entrevista com o ministro da Economia, Paulo Guedes. “A minha obrigação é fazer o diagnóstico e entregar a prescrição. O Congresso vai decidir”, disse o ministro. Segundo Guedes o presidente Jair Bolsonaro apoia integralmente a privatização.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que servidores públicos estão se mobilizando para tentar barrar perda salarial e de estabilidade. Para isso, querem participar da discussão sobre reforma administrativa no Congresso. A Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público já conta com 235 deputados e seis senadores de 23 partidos.

O principal destaque da Folha de S. Paulo, hoje (09/09), é a agressão contra mulheres. O Ministério da Saúde registra que, no Brasil, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por um homem e sobrevive. No ano passado, foram registrados mais de 145 mil casos de violência física, sexual, psicológica e de outros tipos, em que as vítimas sobreviveram. A reportagem analisou 1,4 milhão de notificações feitas, de 2014 a 2018, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

O jornal O Globo acompanhou os desdobramentos da proibição imposta pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, à venda de livros com temática LGBT na Bienal do Livro, encerrada ontem (08/09) no Riocentro. A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, cassou liminar que permitia a Crivella recolher livros com essa temática na bienal.

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