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Distribuidoras têm piora nos balanços – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz hoje (24/08) uma análise dos balanços das distribuidoras de energia elétrica no segundo trimestre, que mostram o impacto negativo da pandemia de covid-19 em seus resultados. Levantamento realizado pelo Valor Data mostra que a tendência geral foi de piora das principais métricas das grandes companhias que atuam no segmento.

Foram comuns, por exemplo, quedas de dois dígitos no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A análise indica que o comportamento, já antecipado pelas próprias empresas e pelo mercado, reflete principalmente dois efeitos. De um lado, a redução da atividade econômica provocou queda da demanda de energia, o que prejudicou a receita. De outro, a inadimplência no pagamento da conta de luz aumentou, o que diminuiu a arrecadação.

Carolina Carneiro, analista do Credit Suisse, aponta que as empresas tiveram impactos distintos no Ebitda principalmente por causa das diferentes regiões em que atuam. “Olhando para o indicador de volume, vemos que as companhias com subsidiárias no Nordeste e Sudeste sofreram muito mais do que as que estão no Norte e Centro-Oeste”. Ela observa ainda que os impactos foram relativamente menores para as empresas “integradas”, que operam em outros segmentos e estão menos expostas em distribuição, em comparação com as distribuidoras “puras”.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, é difícil quantificar o tamanho do prejuízo da covid-19 nos resultados das distribuidoras e, principalmente, entender o que poderá ser reconhecido pelo regulador em futuros pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro. Esse é um debate que promete ser extenso e foi iniciado na semana passada, com a abertura de uma consulta pública pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para discutir o tema.

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Omega Geração fará oferta primária com possibilidade de levantar até R$ 877 milhões

A Omega Geração anunciou na noite de ontem (23/08) que aprovou a realização de oferta pública primária com esforços restritos de ações ordinárias. Serão colocadas à venda 17,3 milhões de papéis, com a possibilidade de um lote adicional de 6,0 milhões.

O preço por ação será definido em avaliação junto ao mercado financeiro (“bookbuilding”), mas com base na cotação na B3 na última sexta-feira (21/03), R$ 37,42 por ação ordinária, a oferta poderia levantar de R$ 650 milhões a R$ 877 milhões, no caso de incluir o lote adicional de ações.

A oferta ocorrerá no Brasil e nos Estados Unidos e terá como coordenador o banco Itaú BBA. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Consumidores estão mais atentos ao mercado livre, e empresas investem

O jornal O Povo, do Ceará, traz informações sobre a edição 2020 da pesquisa Ibope-Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), cujo resultado indica que 80% dos entrevistados gostariam de escolher a operadora de energia elétrica e estão mais atentos ao mercado livre. De forma geral, o interesse em escolher a empresa fornecedora de energia é decorrente da possibilidade de baratear a conta de luz.

O acesso às notícias do jornal O Povo é exclusivo para assinantes, mas o resultado da pesquisa Ibope-Abraceel, divulgado na última sexta-feira (21/08), pode ser consultado aqui. A pesquisa é realizada desde 2014 para identificar a percepção da população brasileira sobre o consumo de energia elétrica no país.

Leilão de biodiesel negocia toda a oferta, exigindo certame adicional

A União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) informa que produtores negociaram na etapa 3 do leilão de biodiesel L75 toda a oferta, de 1,16 bilhão de litros, e que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou um certame complementar para atender o consumo do Brasil no bimestre setembro e outubro.

A terceira etapa do L75 havia sido suspensa dia 18, por força de decisão judicial, revertida após recurso da ANP e retomada quinta-feira (20/08). Nessa etapa é realizada a seleção das ofertas, ou seja, é o momento em que as distribuidoras começam a comprar o biodiesel ofertado pelos produtores nas etapas anteriores.

O volume foi comercializado ao preço médio de R$ 4,246 por litro, conforme a Ubrabio informou em nota, o que seria uma alta de cerca de 21% no valor ante o leilão L73. A ANP disse que só pode confirmar os resultados após a sua homologação.

O leilão L75 deveria ter sido realizado para atender uma mistura obrigatória em vigor no país de 12% de biodiesel no diesel, mas devido a uma alegada falta de matéria-prima o governo determinou a redução provisória no “blend” para 10%, o que irritou as empresas produtoras do biocombustível. O certamente anterior foi cancelado pela ANP em meio a reclamações de distribuidoras de elevados preços do biocombustível.

Após a disputa judicial, empresas aceitaram participar do leilão sem novas ações na Justiça, após acordo com o governo que prevê a formação de um grupo de trabalho com o setor privado para debater impasses, incluindo uma alegada menor oferta de matéria-prima. As informações foram publicadas pelo portal Brasil Agro.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico destaca, na edição desta segunda-feira (24/08), que os resultados consolidados das grandes companhias brasileiras no segundo trimestre, o primeiro totalmente sob impacto da pandemia, trouxeram duas informações relativamente surpreendentes. Primeiro, o faturamento geral caiu apenas 1,8% em relação ao trimestre anterior, bem menos do que se esperava. Segundo, a Petrobras perdeu a liderança do ranking das empresas brasileiras, posição que ocupava havia décadas.

O levantamento, feito pelo Valor, incluiu 231 empresas de capital aberto. Agora, a líder do ranking brasileiro é a JBS, a maior empresa dee proteínas do mundo. A Petrobras vem em segundo lugar no ranking, seguida pela Vale, GPA e Marfrig.

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O jornal O Globo informa que uma situação inédita deixará o teto de gastos (regra que limita o aumento das despesas à inflação do ano anterior) como o único mecanismo a colocar um freio nos gastos da União em 2021. Em razão das incertezas criadas pela pandemia, o governo decidiu adotar uma meta flexível como resultado das contas públicas no próximo ano.

O jornal explica que na prática, isso vai acabar com o contingenciamento, o bloqueio de recursos dos ministérios que ajuda o governo a dosar despesas de modo a cumprir a previsão paia o ano. E a primeira vez, desde 2000, quando foi sancionada a Lei de Responsabilidade Fiscal, que o investidor não se guiará pela meta anual.

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A principal reportagem da edição de hoje (24/08) do jornal O Estado de S. Paulo mostra que entre março e junho, quatro primeiros meses da pandemia, o Brasil fez cerca de 388 mil cirurgias eletivas (não urgentes) a menos no SUS, conforme dados do Ministério da Saúde, na comparação com a média dos cinco anos anteriores. A queda é de 61,4%.

Com a flexibilização do isolamento social na maior parte do país e a retomada das operações, profissionais de saúde preveem alta expressiva da demanda. Em março, o Ministério da Saúde orientou os estados a adiarem cirurgias eletivas, como forma de poupar leitos e evitar infecções pela covid-19.

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A Folha de S. Paulo informa que o governo federal excluiu do último relatório de direitos humanos – o Disque Direitos Humanos – as informações sobre o encaminhamento e as respostas dadas a todas as denúncias de violações recebidas, entre elas as de violência infantil, feitas aos órgãos de apuração e proteção.

Divulgado em maio deste ano em referência a 2019 pelo Ministério da Mulher, da Família e de Direitos Humanos, o relatório do Disque 100 informa que foram formalizadas 86.837 denúncias de violência contra crianças e adolescentes, que representam 55% do total recebido e uma alta de 13,9% em relação ao ano anterior.

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