A EDP Brasil, controlada
pelo grupo EDP Energias de Portugal, não tem preocupações a respeito de uma
possível interferência do governo no setor elétrico, disse hoje (22/02) o novo
presidente da companhia, João Marques da Cruz, ao ser questionado em
teleconferência com investidores.
A afirmação do executivo
veio após o presidente Jair Bolsonaro ter dito no sábado que o governo
“vai meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”,
sem detalhar medidas em avaliação para o setor.
“Não somos surdos,
por isso ouvimos (rumores sobre interferência). Mas o mais relevante é passar
uma mensagem de absoluta tranquilidae”, disse Cruz, que assumiu o cargo na
sexta-feira (19/02). Ele afirmou que a empresa – que atua em geração,
transmissão, distribuição e comercialização de energia – tem contratos e
acredita que estes são “sagrados” e serão cumpridos. (portal Investing.com
– conteúdo Reuters)
Petrobras (PTR4 e PTR3) perde cerca de
R$ 100 bilhões em valor de mercado desde sexta-feira
Em apenas dois pregões, a Petrobras (PTR4 e PTR3) já perdeu R$ 100
bilhões em valor de mercado, de acordo com dados registrados no Valor PRO,
serviço de informações em tempo real do Valor Econômico, durante a manhã desta
segunda-feira (22/02).
A companhia saiu de um patamar de R$ 383 bilhões no fechamento de
quinta-feira (18/02), logo antes do estouro da crise, e agora está sendo
negociada a R$ 283 bilhões – um tombo de 25% em seu valor de mercado. De acordo
com a reportagem, o risco é de que o recuo fique ainda maior, tendo em vista
que as ações da companhia continuam sofrendo com uma onda de vendas dos
investidores.
Bolsonaro volta a criticar política da
Petrobras: “O petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?”
Pouco antes da abertura da Bolsa de Valores nesta segunda-feira (22/02),
o presidente Jair Bolsonaro voltou à carga contra a sistemática de definição de
preços da Petrobras. Afirmou que a atual política atende aos interesses de
“alguns grupos do Brasil”, criticou o trabalho do presidente da estatal,
Roberto Castello Branco, e disse que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF)
prevê que, em estado de calamidade, a companhia deve “olhar para outros
objetivos”.
Em conversa com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, o
presidente provocou: “O petróleo é nosso? Ou é de um pequeno grupo no Brasil?”
Na última sexta, Bolsonaro anunciou que Castello Branco será substituído pelo
general Joaquim Silva e Luna, atual presidente da Itaipu Binacional. (Valor
Econômico)
Silêncio de Guedes sobre intervenção na
Petrobras incomoda, dizem analistas
A ausência de comentários
do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a interferência do governo na
administração da Petrobras é um dos pontos que mais tem incomodado o mercado
desde o anúncio da mudança no comando da estatal, na última sexta-feira (19/02),
disseram analistas ao portal Investing.com.
Para eles, o anúncio da
indicação do general Joaquim Silva e Luna, no lugar de Roberto Castello Branco,
e as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre possíveis interferências
nas tarifas de energia e no comando de outras estatais atestam que a agenda
liberal prometida pelo governo parece ter sido definitivamente deixada de lado.
“Se (Bolsonaro) não
estava sendo liberal, pelo menos não estava sendo populista. Mas agora inverteu
a mão. Guedes não deu nenhum tipo de declaração, não tentou apaziguar os
ânimos. Fica difícil cravar quando isso pode acabar”, diz Luis Sale,
estrategista-chefe da Guide Investimentos.
Para João Vitor Freitas,
analista da Toro Investimentos, o receio é que o governo tome um viés similar
ao do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, muito criticada durante a gestão
pela interferência nos mercados de energia e de petróleo. “Bolsonaro
soltou falas bem provocativas e o silêncio de Guedes acaba incomodando
bastante. Esse viés completamente populista dá margem para medidas parecidas
com o governo Dilma, de até segurar tarifa de energia”, aponta.
“Do jeito que o
governo vem vindo, até que as intervenções demoraram”, aponta Eduardo
Cavalheiro, gestor da Rio Verde Investimentos. Para ele, a mudança de postura
parece ser geral, não só em relação às estatais. “Uma intervenção no
mercado de petróleo, por exemplo, desorganiza todo o setor de e álcool. Isso
tem repercussões no emprego e na inflação”, afirma.
BP Bunge Bioenergia deve ter resultado
recorde em primeira safra pós fusão
No primeiro ano-safra após a fusão das operações de açúcar, etanol e bioeletricidade da BP com a Bunge, o resultado em 2020/21 das 11 usinas que compõem a joint venture deverá ser o melhor da história.
Segundo o presidente do conselho da BP Bunge Bioenergia, Mario Lindenhayn, os números fechados serão publicados em junho, mas já dá para fazer a projeção considerando que a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul está praticamente encerrada.
De acordo com ele, a sinergia entre as duas empresas deve trazer ganhos de R$ 1 bilhão nas próximas três safras, em boa medida porque as equipes comerciais se complementam. Enquanto a da Bunge era forte na comercialização de açúcar, a da BP tinha expertise em etanol e energia. Além disso, a companhia tem um programa de integração das operações com mais de mil iniciativas no radar nas áreas de suprimentos, comercial e logística. (portal Nova Cana – conteúdo Estadão)
Copel Mercado Livre vai vender energia a
Celepar
A Copel Mercado Livre vai
vender energia para a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Paraná (Celepar). As duas instituições fecharam acordo para o suprimento de
energia, que começa a valer a partir de abril de 2022 e deve se estender até o
final de 2026. A economia estimada para o período de contratação é de R$ 2,3
milhões.
A venda será na modalidade
“consumidor varejista”. Dessa forma, a Companhia Paranaense de
Energia (Copel) fica responsável pela intermediação e pelas obrigações com a Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As informações são do portal Bem
Paraná.
PANORAMA DA MÍDIA
O Centro de Contingência da covid-19 em São
Paulo antecipou hoje (22/02) que o governo paulista anunciará novas restrições
recomendadas pelo comitê para tentar conter a disseminação do coronavírus no
estado. João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro, lembrou que São Paulo
atingiu um novo recorde de pessoas internadas em UTIs, com covid-19, e que por
esse motivo foram feitas “recomendações extraordinárias” à gestão do
governador João Doria (PSDB). As informações são do portal de notícias UOL.
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O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou Hoje (22/02) novas medidas para complementar o toque de recolher determinado pelo governador Rui Costa. Na capital baiana, as praias voltarão a ser fechadas por ao menos sete dias. O fechamento
será a partir da quarta-feira (24/02), para que barraqueiros e vendedores
possam se organizar. Clubes sociais também voltarão a ser fechados na quarta-feira.
(portal G1)
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O relator da proposta de
emenda à Constituição conhecida como PEC emergencial, senador Márcio Bittar
(MDBAC), divulgou o relatório nesta segunda-feira (22/02). O texto acaba com os
pisos para gastos em saúde e educação dos estados e municípios. Com isso, caso
a proposta passe pelo Legislativo, os governantes ficam desobrigados de efetuar
gastos mínimos nessas áreas.
Atualmente, no orçamento
do governo federal, os pisos de saúde e educação têm de ser corrigidos pela
inflação do ano anterior. No caso dos estados, a Constituição diz que devem
destinar 12% da receita à saúde e 25% à educação. Municípios, por sua vez, têm
de gastar, respectivamente, 15% e 25%. (portal G1)