MegaExpresso

EDP reserva R$ 10 bilhões para investir no Brasil até 2025 – Edição da Manhã

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente global do grupo português EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, afirmou que o Brasil continuará entre as principais plataformas do grupo nos próximos anos, ainda que o plano geral de investimentos dê um peso maior para os mercados europeu e norte-americano.

Conforme disse Miguel Stilwell d’Andrade, a EDP reservou R$ 10 bilhões para investir em sua subsidiária brasileira até 2025. A partir deste ano, a elétrica intensificará aportes nas atividades de distribuição e transmissão de energia, ao mesmo tempo em que buscará oportunidades de crescimento em geração solar e retomará o plano de “reciclagem” de capital através de venda de ativos.

“Estamos há mais de 20 anos no Brasil, já vivemos vários ciclos. É um país que oferece boas oportunidades”, disse o executivo, que assumiu oficialmente o comando da elétrica há dois meses. Após concluir um processo de reestruturação, com troca em diretorias, presidências e conselhos, o grupo português decidiu acelerar sua transição para um portfólio de geração 100% renovável, se comprometendo a neutralizar suas emissões de carbono até 2030 – hoje, ainda opera algumas térmicas a gás e a carvão, inclusive no Brasil.

Além da EDP, grupos estrangeiros reforçam aportes em seus ativos

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O Valor Econômico informa que, além da EDP, grandes grupos internacionais do setor de energia, como Enel, Iberdrola e AES, reforçaram recentemente seus compromissos de investimentos no mercado brasileiro no longo prazo.

A italiana Enel divulgou, no fim do ano passado, uma projeção de investimentos de € 5 bilhões no Brasil entre 2021 e 2023. Na ocasião, o presidente mundial, Francesco Starace, indicou que um dos focos seria a distribuição de energia. Outra grande aposta da Enel está na geração renovável.

Também no fim do ano passado, a espanhola Iberdrola, controladora da Neoenergia, divulgou aportes de €75 bilhões para o período 2020-2025, mirando oportunidades da “revolução energética”. As operações brasileiras devem receber 11% dos € 68 bilhões em investimentos orgânicos.

De acordo com a reportagem, a AES Brasil, controlada pela americana AES Corp, também tem planos bilionários. No mês passado, a companhia divulgou uma projeção de Capex de R$ 2,4 bilhões, considerando apenas projetos de geração de energia já anunciados. Mas no total, o grupo tem reservado cerca de R$ 7 bilhões para os próximos anos, disse a administração, no fim de 2020.

Eneva avalia projetos para concorrer em futuros leilões de energia

A Eneva avalia se vai concorrer nos leilões de energia A-4 e A-5 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) previstos para este ano, afirmou ontem (11/03) o presidente da companhia, Pedro Zinner, em conferência com analistas, sobre os resultados de 2020.

A companhia avalia, inclusive com potenciais desenvolvedores e parceiros, para poder concorrer em leilões futuros. Zinner destacou que a companhia também avalia potenciais fusões e aquisições de ativos, tanto na área de geração de energia quanto na exploração e produção de gás. No momento, no entanto, a única aquisição em fase de negociação é a compra campo de Urucu, na Bacia do Solimões, no processo de desinvestimentos da Petrobras.

Pedro Zinner também falou sobre a intenção da Eneva de estabelecer compromissos sociais, ambientais e de governança (conhecidas como ESG, na sigla em inglês) em 2021. “Levamos o assunto a sério e não queremos nos comprometer com metas específicas antes de ter uma avaliação extensa das principais métricas que estão ligadas a nossa estratégia. Então, podem esperar por isso em 2021.” (Valor Econômico)

Roberto Castello Branco é indicado para conselho da Vale, dizem fontes

A candidatura de Castello Branco – atual presidente da Petrobras, que deverá ser substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, depois da próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da petroleira – ao conselho da Vale foi confirmada ontem (11/03) ao Valor Econômico por um grupo de investidores da companhia.

De acordo com a reportagem, o grupo resolveu lançar nomes alternativos à lista de 12 pessoas, apresentada pela empresa, para a eleição na Assembleia Geral Ordinária (AGO) que acontecerá em 30 de abril.

Produção nuclear mundial volta a nível pré-Fukushima

A Folha de S. Paulo traz hoje (12/03) uma reportagem sobre a indústria global de energia nuclear e destaca que em março de 2011, quando o desastre da usina japonesa de Fukushima horrorizou o mundo, o futuro comercial da energia nuclear foi dado como no mínimo incerto.

A Alemanha anunciou o fim de seu programa de usinas atômicas e o Japão desligou para revisão seus 33 reatores, três dos quais tiveram seus núcleos derretidos após o terremoto e tsunami devastadores.

Dez anos depois, após uma queda, a produção mundial de suas usinas nucleares voltou aos índices pré-Fukushima. São 2.750 TWh (terawatts-hora), ante 2.720 TWh em 2010. E a tendência é de crescimento, conforme destaca a reportagem, puxado pela necessidade do corte mundial de emissões de carbono e por conta do ambicioso programa energético da China.

Durante seu encontro legislativo anual, chamado de Duas Sessões, o governo de Xi Jinping estabeleceu uma meta de aumento de 27% de sua produção nuclear até 2025. Das 53 usinas em construção em todo mundo, de acordo com a Associação Nuclear Mundial, o maior contingente (11) é chinês. No ano de 2020, havia 441 reatores civis em operação no planeta.

PANORAMA DA MÍDIA

A evolução da pandemia de covid-19 no Brasil, que não dá trégua e registra mais de 2 mil óbitos por dia é destaque da mídia nesta sexta-feira (12/03).

Na iminência de um colapso em seu sistema de saúde provocado pela rápida escalada da transmissão do novo coronavírus, o governo de São Paulo decretou uma “fase emergencial” mais dura da quarentena no estado. As restrições começarão na próxima segunda-feira (15/03), e inicialmente, valerão por 15 dias.

Segundo dados do governo, 53 dos 645 municípios paulista estavam ontem (11/03) com suas UTIs lotadas, 21 a mais do que no início da semana. A partir da próxima segunda-feira, haverá toque de recolher das 20h às 5h, período em que as pessoas deverão ficar em casa e poderão ser abordadas para orientação em todo o estado. (Folha de S. Paulo)

*

“Os templos e as igrejas continuam recebendo os seus fiéis, mas de forma individual”, destacou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência de São Paulo. O decreto estadual vai determinar, ainda, que escritórios, órgãos públicos e similares transfiram para o trabalho remoto todas as atividades que podem ser feitas à distância. Parques deverão permanecer fechados e praias só estarão liberadas para atividades individuais, enquanto os serviços de drive-thru funcionarão apenas entre 5 e 20 horas. (O Estado de S. Paulo)

*

A força da epidemia da covid-19 em 2021 é tamanha que, em 22% dos municípios do Brasil, o número de mortos registrados pela doença já é igual ou maior que o total de 2020, ano em que a epidemia transcorreu por quatro vezes mais tempo. Em 8 das 27 unidades da Federação, o número absoluto de óbitos neste ano já ultrapassou a metade do ano passado. (O Globo)

*

O jornal O Globo destaca que o presidente Jair Bolsonaro fez ontem (11/03) ameaças e subiu o tom nas críticas às restrições impostas por governadores e prefeitos para conter o vírus. Segundo o presidente, tais medidas demonstrariam “como é fácil impor uma ditadura” no Brasil.

“Tem decisões que são absurdas. Busco o diálogo com alguns, digo que o caldo vai entornar. Vai entornar por parte de quem? Estou antevendo um problema sério no Brasil. Não quero falar que problemas são esses porque não quero que digam que estou estimulando a violência, mas teremos problemas sérios pela frente”, disse o presidente, numa transmissão ao vivo em que afirmou que “o lockdown é mais danoso que o vírus”.

*****

O principal destaque da edição de hoje (12/03) do Valor Econômico é sobre as consequências da decisão desta semana do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que anulou condenações em quatro processos penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a reportagem, tal decisão tem repercussões maiores para o futuro da Operação Lava-Jato do que a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, em análise pela 2ª Turma da Corte.

Condenados pela 13ª Vara Federal de Curitiba – nos casos do sítio de Atibaia, do tríplex do Guarujá, da sede e das doações ao Instituto Lula – tendem a se beneficiar automaticamente da decisão de Fachin, se confirmada na 2ª Turma ou no plenário do STF. O ministro considerou que a Justiça Federal de Curitiba não poderia ter julgado os processos, competência que caberia à Justiça do Distrito Federal.