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Elétricas ampliam a oferta de novos serviços para ir além da commodity – Edição do Dia

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (17/6), o Valor Econômico indica que, com a ampliação do mercado livre de energia e a possibilidade de os consumidores escolherem seus fornecedores, as empresas perceberam que precisavam ir além da simples oferta de energia para se diferenciar em um cenário que se tornou muito competitivo.

Tradicionais grupos do setor e novas companhias passaram a disputar, com serviços personalizados, um universo estimado em 90 milhões de consumidores. Elétricas têm se associado a operadoras de telefonia, bancos, distribuidoras de gás, entre outros segmentos com forte penetração entre consumidores, para ofertar planos que vão de gestão de tarifas, compra de energia renovável e projetos de eficiência energética.

A reportagem explica que esse movimento se baseia no conceito de energia como serviço (“energy as a service”, na tradução para o inglês). Nesse modelo, os clientes pagam por um serviço sem precisar realizar os investimentos, por exemplo, em infraestrutura ou equipamentos, gestão de outras “utilities”, eletrificação de frotas e otimização energética.

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Bahia discute proibição do fracking

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A Agência EPBR informa que o fraturamento hidráulico (fracking) para extração do gás de xisto em rochas subterrâneas onshore entrou na agenda da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) este mês, com um projeto de lei do deputado Robinson Almeida (PT), que proíbe a utilização do método no estado.

O PL está na Comissão de Constituição e Justiça e tem apenas dois artigos: o primeiro proíbe o fracking na Bahia, o segundo, coloca a proibição em vigor assim que a lei for publicada.

Entre as justificativas do parlamentar estão o impacto ambiental e riscos para a qualidade da água e do ar. No fracking, uma mistura de água, areia e produtos químicos é injetada em alta pressão na rocha para fraturá-la, permitindo que o gás preso flua mais livremente.

Robinson Almeida também cita normas editadas na Alemanha, França, Holanda, Suécia, Bulgária, Polônia e Israel, assim como em Nova York, Miami, Washington (EUA), Vista Alegre (Argentina) e Cantábria (Espanha) proibindo esse tipo de atividade.

No Brasil, o movimento da Bahia segue Paraná e Santa Catarina, que já têm leis estaduais sobre o tema.

ONS: junho deve encerrar com baixas afluências em todos os subsistemas

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) da semana operativa entre os dias 15 e 21 de junho estima que a Energia Natural Afluente (ENA) ao final do mês estará abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em três subsistemas. A exceção é o Sul, que deve registrar 110% da MLT. A ENA projetada para o Sudeste/Centro-Oeste e para o Norte é a mesma: 54% da MLT. Para o Nordeste, a indicação é de 38% da MLT. O ONS tem acompanhado as projeções de ENA e alertado sobre a baixa afluência que vem sendo registrada em quase todo o Brasil.

Já as perspectivas para a Energia Armazenada (EAR) seguem compatíveis com o período tipicamente seco em curso. Todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) devem encerrar o mês com índices superiores a 65%, previsão que vem se mantendo em todas as revisões de junho. Os percentuais mais elevados de EAR esperados em 30 de junho são no Norte (88,6%) e no Sul (81,1%), seguidos pelo Sudeste/Centro-Oeste (67,6%) e pelo Nordeste (67,5%).

O Custo Marginal de Operação (CMO) está em R$ 18,01, em todos os subsistemas. O que representa uma redução ante os R$ 18,11 a semana anterior. Os cenários prospectivos para a carga mantêm o comportamento divulgado nas revisões anteriores, com previsão de expansão no SIN e em todas as regiões. Para o SIN, a aceleração deve chegar a 4,2% (74.399 MWmed). O submercado Norte volta a ter a possibilidade de crescimento mais expressivo: 8,8% (7.725 MWMed). Na sequência, estão o Nordeste, com 4,3% (12.451 MWmed); Sudeste/Centro-Oeste, com 3,8% (41.648 MWmed); e o Sul, com 3,1% (12.575 MWmed). Os números são comparações entre as estimativas para 30 de junho de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023. (Fonte: ONS)

Enel confirma a Lula investimento de R$ 20 bilhões para acabar com apagões

A Enel assumiu o compromisso de investir R$ 20 bilhões de 2024 a 2026 nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará para reduzir as interrupções no fornecimento de energia. A empresa prometeu o investimento após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrar-se com o diretor-geral da Enel, Flavio Cattaneo, em sua viagem à Itália para participar da Cúpula do G7 (grupo composto por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão), de 13 a 15 de junho.

“A gente está disposto a renovar o acordo se eles assumirem o compromisso de fazer investimento, e eles assumiram o compromisso de ao invés de investirem R$ 11 bilhões, eles vão investir R$ 20 bilhões nos próximos três anos, prometendo que não haverá mais apagão em nenhum lugar em que eles forem responsáveis”, disse Lula em entrevista coletiva após o encontro.

De acordo com o presidente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deve apresentar uma proposta em breve, quando tratará os termos da renovação. “São Paulo, a maior capital, cidade mais importante do país, não pode ficar sem energia”, acrescentou Lula (blog Amaury Alencar).

Tarifas devem subir com MP da Amazonas Energia

A vigência da Medida Provisória (MP) 1.232/2024, que cria regras especiais para a deficitária Amazonas Energia, deve trazer impactos aos consumidores de energia do país, avaliam fontes e especialistas ouvidos pelo Valor Econômico. O motivo principal, explicaram, é a troca dos contratos de energia firmados entre a distribuidora e as térmicas a gás natural por outros, denominados Contratos de Energia de Reserva (CER).

A estimativa é de que cerca de R$ 2,7 bilhões sejam rateados por todos os demais consumidores do país, inclusive os do Amazonas. Porém, as tarifas pagas pelos amazonenses podem ter queda.

O CER é um contrato geralmente firmado nos chamados leilões de energia de reserva, realizados de forma específica para garantir a segurança do fornecimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de reserva é contratada para atender ao sistema quando há riscos de escassez ou necessidade de potência em horários de ponta (quando o consumo é elevado e é preciso ter usinas prontas para operar e evitar sobrecarga).

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: A piora do clima no mercado, com expectativas de inflação mais pressionadas e o dólar voltando à casa dos R$ 5,40, provocou uma mudança inesperada nas projeções para a política monetária. Se há algumas semanas a discussão era se os juros desceriam a um dígito neste ano, agora ganha espaço a visão de que o ciclo de reduções da taxa Selic chegará ao fim do ano no atual patamar de 10,50%. De 132 instituições financeiras consultadas pelo Valor, apenas 9 ainda veem espaço para um corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central desta semana.

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Folha de S. Paulo: Os últimos anos foram trágicos para a produtividade do trabalho no Brasil. O fator será cada vez mais determinante para que o país cresça e enriqueça diante da tendência de diminuição de sua população economicamente ativa — o que tende a jogar a produtividade para baixo. No maior setor da economia, o de serviços, que representa um terço do Produto Interno Bruto (PIB), tem havido inclusive queda na taxa de produtividade desde 2010. Em resumo, sem a explosão de eficiência no agronegócio e a melhora na qualidade da mão de obra nos últimos anos, o Brasil estaria em situação ainda mais dramática.

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O Estado de S. Paulo: O setor de construção civil vive um problema para conseguir entregar, no prazo, o grande volume de imóveis lançados nos últimos anos no Brasil. A exemplo do que ocorreu há pouco mais de uma década, a escassez de mão de obra qualificada voltou a assombrar as construtoras, que enfrentam dificuldade para atrair jovens para os canteiros de obras. Hoje a chamada geração Z, daqueles nascidos a partir de 1995, tem pouco interesse nesse tipo de trabalho.

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O Globo: Alvo de protestos nas ruas e de forte reação contrária nas redes sociais, o projeto que equipara o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio deve ter sua votação postergada na Câmara. O autor do texto, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da bancada evangélica, admite que a análise no plenário pode ser deixada para o fim do ano, após as eleições municipais. O governo, que não se opôs à aprovação da urgência para a tramitação da proposta, na semana passada, agora afirma que vai atuar para barrar o avanço da iniciativa no Congresso.

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