Um estudo realizado pela Strategy& Brasil – braço de consultoria estratégica da PwC – com 750 empresas de utilities de capital aberto no mundo concluiu que empresas de energia elétrica e saneamento tiveram melhor desempenho financeiro nos últimos cinco anos, informa o Valor Econômico.
Em média, as companhias apresentaram crescimento nas receitas, de 3,3%, entre 2017 e 2021, número puxado pelo setor de energia elétrica, com taxa média de 4,8% e de saneamento, de 4,3%. O estudo tem como base dados públicos de empresas de fornecimento de serviços de eletricidade, distribuição de gás canalizado, água & esgoto e combustíveis, além de companhias que sejam classificadas como “multi-utilities”, que atuam em mais de uma área.
Os dados financeiros são em dólar, para aferir o crescimento real das companhias, permitindo a comparação entre si. O estudo mostra ainda que as 43 empresas brasileiras que integraram o estudo tiveram uma melhoria significativa nas taxas de retorno, mas com encolhimento da receita em dólares, por causa da desvalorização do real entre 2017 e 2021, o que causou perda de competitividade em relação ao resto do setor em todo o mundo. No caso das empresas do país, o que se verificou nos últimos cinco anos foi uma melhoria bastante relevante do retorno sobre capital investido.
Auren avança na conclusão de eólicas e busca outros ativos operacionais
Sete meses após a reorganização societária dos ativos do grupo Votorantim e do fundo canadense CPP Investiments , que levou à criação da Auren Energia, a companhia está com a casa em ordem, garante a direção da elétrica. Com R$ 3,1 bilhões em caixa e baixa alavancagem, a empresa mantem o crescimento em novos projetos renováveis com os olhos atentos em oportunidades para compra de ativos operacionais.
Outro ponto é que a Auren entra na reta final da construção dos parques eólicos Ventos do Piauí II e III, com cerca de 90% em operação, totalizando 79 aerogeradores em operação comercial no momento. A conclusão do projeto está prevista para o mês de novembro. Neste trimestre. a empresa reportou lucro líquido de R$ 230,1 milhões, queda de 29,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) da geradora de energia renovável atingiu R$ 497,9 milhões, alta de 202,6%, puxado principalmente pelo segmento de comercialização, que contribuiu com um incremento de R$ 204 milhões.
Ao Valor Econômico, o vice-presidente financeiro e de novos negócios, Mário Antônio Bertoncini, e o presidente da empresa, Fábio Zanfelice, explicam que a diminuição dos lucros não deve ser encarada como um ponto negativo, já que no terceiro trimestre do ano passado o resultado descolou. A explicação é que a maioria das hidrelétricas sofreram com a crise hídrica, por isso foi aprovada uma medida que visa compensar os geradores afetados por condições adversas por meio da extensão do prazo de concessão das usinas.
Defasagem na gasolina dispara, mas Petrobras seguirá sem reajustes
O preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras atingiu a maior defasagem em relação às cotações internacionais desde junho, segundo os importadores de combustíveis. A direção da Petrobras, porém, defende que os preços estão alinhados e não há necessidade de reajustes.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina no país estava 16%, ou R$ 0,63, abaixo das cotações internacionais na abertura do mercado desta quarta-feira (26). É o maior valor desde o dia 15 de junho.
Para o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a defasagem chegou a 17,3%, ou R$ 0,69 por litro, no fechamento do pregão de terça (25/10). A escalada da defasagem, diz o CBIE, reflete maior demanda por gasolina nos Estados Unidos, que provocou um salto de 6% na cotação do combustível. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico traz, como principal destaque da edição desta quinta-feira (27/10), uma análise a respeito de propostas de governo dos dois candidatos ao Planalto. De acordo com a análise do jornal, as propostas têm muitos pontos em comum no campo da política fiscal. Vença Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) no próximo domingo, o teto de gastos, instituído em 2016, deve ser abandonado para acomodar o custo das promessas eleitorais, ressalta o Valor.
As diferenças substanciais estão nas propostas para a área ambiental e na política externa. Programas preveem alteração no teto de gastos Apesar da proposta do presidente de manter certa “liturgia” em torno do conceito do teto, a ideia é mudar o balizador do instrumento, que é a inflação do ano anterior. Há, ainda, a previsão de que os gastos com o Auxílio Brasil, que o presidente prometeu manter em R$ 600, com possibilidade de chegar a R$ 800, fiquem fora do teto.
***
Com diferentes abordagens, a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de rejeitar a ação da campanha eleitoral do PL sobre suposto desequilíbrio nas inserções de propaganda eleitoral em algumas emissoras de rádio é destaque da edição de hoje (27/10) dos principais jornais do país.
Segundo a avaliação de Moraes, a denúncia não ofereceu provas e a metodologia da auditoria é inadequada. (O Globo)
O magistrado (Alexandre de Moraes) entendeu não haver provas das alegações da campanha (de reeleição do presidente Jair Bolsonaro) e enviou o caso ao procurador-geral eleitoral para análise de “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno” e de “desvio de finalidade no uso de recursos públicos”. (O Estado de S. Paulo)
A Folha de S. Paulo informa que as rádios dizem ter provas contra as acusações.