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Eletrobras adverte conselheiro por “falta grave” nas redes sociais às vésperas de assembleia – Edição do dia

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Foto-de-Fernando-Frazao-da-Agencia-Brasil-
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O jornal O Globo informa que o conselho de administração da Eletrobras aplicou a terceira advertência seguida a um de seus membros, Marcelo Gasparino, por “falta grave” em posts nas redes sociais. As punições acontecem no momento em que, nos bastidores, acionistas travam disputa intensa por vagas no colegiado da companhia.

Gasparino — que é membro independente do conselho e coordenador do comitê de sustentabilidade — está tentando renovar seu posto no colegiado na próxima assembleia, marcada para amanhã (29/4).

A nova advertência, tornada pública pela Eletrobras ontem (27/4), se deu porque Gasparino “voltou a divulgar e compartilhar com terceiros documentos sigilosos e confidenciais da companhia, dessa vez envolvendo o processo de avaliação do Conselho de Administração e de seus membros”, resumiu o parecer da companhia.

Gasparino publicou em seu perfil no LinkedIn, na sexta-feira (25/4), print de uma conversa sua com uma jornalista, que comprovaria “o compartilhamento com terceiro (…) de dois documentos confidenciais e sigilosos”: relatório de avaliação do próprio conselheiro, realizado pela consultoria externa independente Spencer Stuart; e relatório de sondagem e informações sobre todos os membros do conselho, realizado pela consultoria Korn Ferry.

Clima “esquenta” em eleição para conselho da Eletrobras

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O Valor Econômico também traz informações a respeito da disputa para o conselho de administração da Eletrobras. De acordo com a reportagem, a temperatura em torno da eleição para o colegiado que vai comandar os rumos da Eletrobras pelos próximos dois anos (2025-2027) começou a subir em 28 de março, quando a empresa divulgou uma lista com 11 candidatos por ela indicados. Horas depois, acionistas da Eletrobras, descontentes com a nominata, lançaram mais três nomes. E, em 9 de abril, surgiu um quarto candidato alternativo à lista da empresa. Estava configurada assim a disputa pelas vagas e o clima esquentou.

Nos bastidores, há preocupações entre fontes sobre o resultado da eleição em uma empresa que se tornou privada há pouco tempo e que, mesmo depois da desestatização, foi alvo de questionamentos do atual governo, que sempre pleiteou mais espaço nas decisões da companhia. O governo tem cerca de 45% da Eletrobras, mas só pode votar em assembleia com 10% do capital, assim como outros acionistas. Essa foi uma medida tomada na privatização para atrair investidores privados para a companhia.

Insatisfeito, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a limitação de 10% no Supremo Tribunal Federal (STF). A discussão foi levada à Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF) com o intuito de chegar a um acordo entre as partes. Em 26 de março, o acordo foi formalizado. Pelo entendimento, a União seguiu limitada a 10% nas votações em assembleias, mas poderá aumentar as vagas no conselho.

Antes da AGO, será realizada, também na tarde de amanhã, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), na qual os acionistas da Eletrobras vão deliberar sobre o acordo. A decisão dos investidores, se aprovam ou não o acordo, terá influência direta na eleição.

O gás da Argentina, enfim, chegou

Reportagem da Agência Eixos destaca que abril de 2025 entrou para a história como o marco da chegada do gás natural argentino no mercado brasileiro. Ainda que em caráter de testes, o acesso da indústria às reservas de gás não-convencional de Vaca Muerta, na Patagônia, enfim, se concretizou.

É um novo capítulo de uma integração gasífera entre as duas principais economias do continente. Um projeto que começou há mais de duas décadas, mas que foi interrompido ainda nos anos 2000 sem nunca ter sido concluído. E que, agora, ganha novos contornos, com a participação da Bolívia como elo.

(…) O foco, nesse primeiro momento, foi atestar a viabilidade operacional da integração regional Argentina-Bolívia-Brasil. Inaugurada a rota, é hora, agora, de superar gargalos logísticos que ainda limitam os volumes; e avançar na agenda da competitividade para baixar os custos envolvidos.

Gás da Argentina: uma nova fronteira

Em continuidade à reportagem, a Agência Eixos ressalta que Primeira produtora da Argentina a exportar gás para o Brasil, a TotalEnergies inaugurou a rota no dia 1º de abril e já enviou cerca de 1,5 milhão de m3 – distribuídos ao longo de aproximadamente dez dias de operações no mês.

Um volume pequeno para todo o potencial que se espera dessa integração, mas que não deixa de ser um marco: ainda que em fase de testes, a chegada do gás argentino representa, para o Brasil, o acesso a uma nova fonte que pode reforçar a segurança energética e dinâmica concorrencial do mercado.

Em entrevista à Agência Eixos, a diretora-geral da TotalEnergies Gas Cono Sur, Soledad Lysak, conta que foi um longo caminho para que a rota de exportação via Bolívia fosse atestada operacionalmente.

Proposta do governo para reforma do setor elétrico divide o mercado

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que a proposta de reforma do setor elétrico apresentada neste mês pelo governo vem recebendo avaliações distintas do mercado. Enquanto grandes consumidores industriais temem aumento de custos, distribuidoras e comercializadores de energia veem as mudanças como positivas.

Os termos foram debatidos na semana passada em reunião entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e associações do setor. Segundo pessoas ligadas à negociação, o governo demonstrou abertura para ouvir sugestões e disse ainda não saber se apresentará o texto ao Congresso como medida provisória ou projeto de lei.

O principal risco de curto prazo da Petrobras, segundo o BTG Pactual

De acordo com reportagem do portal Money Times, o principal risco de curto prazo da Petrobras, para o banco BTG Pactual, não são eventuais impactos de uma busca do governo por novas receitas, mas sim os preços do petróleo, que estão sofrendo o impacto dos desdobramentos do tarifaço aplicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O banco pontua que, nas últimas semanas, circulou na mídia intenção do governo de arrecadar entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões por meio de novos leilões de volumes excedentes de petróleo em campos já em produção.

“O orçamento fiscal do Brasil está baseado em uma premissa de preço do petróleo de US$ 80 por barril e, com a média acumulada do ano em US$ 73 por barril, a arrecadação de tributos do setor pode ficar aquém do esperado. Assim, o leilão proposto poderia servir como ferramenta para reduzir a pressão fiscal”, pondera a equipe de analistas liderada pelo diretor executivo Pedro Soares.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: As incertezas provocadas pela guerra tarifária iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, têm sacudido Wall Street. Se o mercado financeiro global tem vivenciado volatilidade crescente nas últimas semanas, as bolsas americanas têm sido as mais expostas. Nesse cenário, gestores brasileiros que investem também no exterior têm optado por reduzir as apostas nas ações dos EUA. Em alguns casos, essas alocações baixaram para as mínimas históricas.

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Folha de S. Paulo: O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirma que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tomou diversas medidas contra fraudes em descontos de benefícios de pensão e aposentadoria. Em entrevista à Folha, ele diz ter certeza de que o caso tem “safadeza de muita gente”, mas argumenta que o governo não foi omisso.

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O Globo: O governo estima que 153,6 mil funcionários públicos federais irão se aposentar em uma década, entre este ano e 2034, o que deve aumentar a pressão sobre os serviços estatais. Isso representa um quarto do quadro total de servidores do Executivo. Ao mesmo tempo em que o poder público digitaliza mais atividades, reduzindo a necessidade de novas contratações, o Ministério da Gestão (MGI) realiza um trabalho de dimensionamento da máquina pública para definir quantos concursos serão necessários para repor a força de trabalho. Para especialistas, é necessário avançar em uma reforma administrativa antes de se falar em concursos.

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O Estado de S. Paulo: O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva garante renda extra a 323 aliados que nomeou para conselhos de estatais ou de empresas privadas das quais a União é acionista. Esses cargos rendem remunerações apenas pela participação em reuniões dos colegiados, realizadas periodicamente em intervalos que variam de acordo com normas de cada organização. Com os adicionais, os valores dos contracheques podem chegar a mais de R$ 80 mil. O benefício alcança ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Palácio do Planalto, servidores comissionados, dirigentes do PT, ex-parlamentares do partido e até apadrinhados do Congresso.

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