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Eletrobras: nove conselheiros renunciam e abrem espaço para mudanças pós-privatização – Edição da Manhã

A Eletrobras informou ontem (18/06), que recebeu carta de renúncia de nove membros de seu conselho de administração, a maior parte representantes do governo. O pedido ocorre após a capitalização da empresa na Bolsa de Valores, que movimentou R$ 33,7 bilhões e fez com que fosse privatizada. Segundo o texto enviado pelos conselheiros à empresa, a renúncia se deu para que os novos acionistas formatem o conselho da elétrica.

“Finalizado esse histórico e exitoso processo de capitalização da Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobras, mediante a concretização dos eventos finais e necessários à desestatização da Companhia, fato este que trará novas oportunidades de investimento e de expansão de suas atividades, resta evidente que cabe agora a este Conselho de Administração, após profundas e efetivas contribuições ao processo, propiciar que a nova composição societária – definida sem a figura de um acionista controlador – venha a formatar um novo colegiado”, informa a carta, publicada pela empresa.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a mudança no conselho da companhia é mais um passo na transição da Eletrobras de estatal para a iniciativa privada. O governo, que continuará sendo acionista, terá menos assentos no colegiado, e os fundos e investidores que entraram no capital ou aumentaram posições ganharão maior representatividade, ajudando a definir os rumos da elétrica.

O conselho da Eletrobras é formado por 11 membros, sendo que atualmente, uma das posições encontra-se vaga. Outra é ocupada pelo representante dos funcionários da estatal, Carlos Eduardo Rodrigues Pereira, de acordo com o site de relações com investidores da empresa, e possui processo de eleição em separado. Pereira não pediu renúncia, segundo a Eletrobras.

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Bolsonaro diz que Congresso vai abrir CPI da Petrobras na segunda-feira

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem (18/06) que conversou com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), e com o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), para abrir na segunda-feira (19/06) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras, estatal de controle do governo federal.

O presidente tem defendido a instauração de uma CPI para investigar a atual diretoria da empresa, que foi indicada por ele mesmo. Bolsonaro tem criticado a Petrobras por reajustar preços diante da alta do petróleo no mercado internacional. A empresa, que importa combustíveis para suprir a demanda do mercado doméstico, segue desde 2016 os preços internacionais, mas tem espaçado os reajustes. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Após Petrobras, refinaria privada da Bahia também aumenta preços do diesel

O jornal O Globo informa que após o aumento dos combustíveis, pela Petrobras, agora foi a vez da refinaria de Mataripe, na Bahia, a maior unidade privada do país, também elevar os preços do diesel. Não houve aumento na gasolina. 

PANORAMA DA MÍDIA

O leilão de aeroportos previsto para agosto é o principal destaque da edição deste domingo (19/06) da Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, o leilão de 15 aeroportos no país, incluindo o de Congonhas, em São Paulo, deve atrair o interesse da iniciativa privada, mas o cenário de economia instável e incerteza política às vésperas das eleições pode esfriar a disputa, dizem analistas. Com isso, ainda de acordo com a reportagem, o certame tende a contar com a presença de grandes grupos, mas as dificuldades macroeconômicas, aliadas às dúvidas sobre o rumo político do país, podem conter os lances que devem ser oferecidos pelas concessões.

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Reportagem do jornal O Globo indica que o Brasil voltou ao passado na economia, no bem-estar da população, na educação e no meio ambiente, exibindo indicadores que remontam a até 30 anos. Recessão, pandemia e desmonte de políticas públicas acentuaram nos últimos dois anos um processo de retrocesso social. A economista Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro do Ibre/FGV, calculou que somente em 2029 o país vai voltar ao maior valor real do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, de R$ 44 mil, atingido em 2013, considerando a média de crescimento dos últimos anos do país, em torno de 1,5%.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a demanda pelo Auxílio Brasil explode e 2,78 milhões de famílias estão na fila. Segundo a reportagem, são 5,3 milhões de pessoas que têm o perfil para receber o benefício e estavam na fila em abril, de acordo com o mais recente mapeamento da Confederação Nacional de Municípios.