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Eletrobras: para governo, mudança de regras do setor elétrico pode inviabilizar privatização – Edição da Manhã

O relatório do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) para a medida provisória (MP) que trata da capitalização da Eletrobras acendeu o alerta no governo, que vê risco de pontos inseridos no texto pelo parlamentar inviabilizarem a operação, de acordo com técnicos que acompanham de perto o assunto. O deputado apresentou o relatório da proposta ontem (11/05) para lideranças da Câmara, mas ainda não protocolou o texto nos sistemas do Congresso.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, o ponto que está sendo mais criticado no governo é uma permissão para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intervenha no mercado. O deputado explica que a privatização da empresa levantou questionamentos quanto à possibilidade de concentração do setor nas mãos de um agente que não estaria sob o controle do Estado.

Por isso, ele inseriu no texto uma autorização para que a Aneel determine a venda de energia por parte de empresas com elevada participação no mercado. Hoje, a Eletrobras tem fatia equivalente a cerca de 33%, considerando Itaipu e as usinas de Angra, que não serão privatizadas.

Parecer preliminar de privatização da Eletrobras fortalece estatal dominada pelo centrão

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A Folha de S. Paulo também traz informações a respeito de mudanças feitas pelo relator da medida provisória (MP) que trata da capitalização da Eletrobras. De acordo com a reportagem, o parecer preliminar do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) fortalece uma estatal comandada pelo centrão.

O deputado apresentou seu relatório a líderes partidários ontem (11/05), com parecer favorável à MP, mas colocando a cargo da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), estatal loteada com apadrinhados do centrão, o controle do dinheiro de obras direcionadas ao Nordeste e para os reservatórios de Furnas, em Minas Gerais. A MP precisa ser votada até 22 de junho pelo Congresso para não perder a validade.

Lucro da BR Distribuidora cresce 110,3% no 1º trimestre

A BR Distribuidora fechou o primeiro trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 492 milhões, o que representou alta de 110,3% frente aos R$ 234 milhões de igual período do ano passado. A receita líquida da empresa foi de R$ 26,1 bilhões entre janeiro e março, um crescimento de 23,3% na comparação com os R$ 21,2 bilhões de igual período de 2020, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 1,18 bilhão, alta de 116,9% ante os R$ 545 milhões do primeiro trimestre do ano passado.

O volume de vendas da empresa no primeiro trimestre foi de 9,337 milhões de metros cúbicos, alta de 1,6% na comparação com os 9,191 milhões de metros cúbicos de igual período do ano passado. O balanço da BR Distribuidora foi divulgado ontem (11/05) ao mercado. (Valor Econômico)

Petrobras aumenta exportação de óleo pelo Porto do Açu

A Açu Petróleo, joint venture entre a Prumo Logística e a alemã Oiltanking, assinou contrato com a Petrobras que vai mais do que dobrar o volume de óleo exportado pela petroleira no terminal do Porto do Açu. Conforme reportagem do Valor Econômico, o acordo, fechado em abril, prevê o escoamento de até 240 milhões de barris de petróleo, cerca de 300 mil barris por dia (barris/dia), em dois anos no terminal, em São João da Barra (RJ).

A Petrobras exporta parte da produção pelo porto no norte fluminense desde 2019. De acordo com Victor Bomfim, presidente da Açu Petróleo, a exportação do petróleo brasileiro tem crescido a um ritmo de 20% a 30% ao ano desde 2018, com destaque para as vendas para o Oriente, com a China como destino principal. Nesse contexto, a Açu Petróleo se prepara para capacitar seu terminal com um parque de estocagem de petróleo e para fazer uma conexão dutoviária à malha de escoamento do estado do Rio.

Petrobras informa sobre acordo com a Companhia de Eletricidade do Amapá

A Petrobras informa que assinou com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), acordo judicial para encerramento de litígio e recuperação de crédito, reconhecido no montante R$ 314 milhões.

O acordo estabelece o pagamento à Petrobras de R$ 132,6 milhões de forma incondicional, a ser liquidado em 24 parcelas mensais e sucessivas (subcrédito A). Será concedido deságio no valor restante de R$ 181,4 milhões, que também foi dividido em 24 parcelas mensais e sucessivas (subcrédito B), desde que os pagamentos ocorram pontualmente. A cada parcela quitada do subcrédito A, a CEA receberá um bônus correspondente a uma parcela do subcrédito B da dívida. Em caso de inadimplemento, na forma prevista no acordo, a Petrobras poderá exigir todas as parcelas a vencer de ambos os subcréditos da dívida. (Agência Petrobras)

Postos nos EUA começam a ficar sem combustível após ataque hacker a oleoduto

Postos de gasolina na costa leste dos Estados Unidos estão começando a ficar sem combustível por causa da suspensão das operações do oleoduto Colonial, alvo de um ataque cibernético no fim de semana, segundo informação da agência Bloomberg. Além do fluxo de abastecimento menor do que o normal, o pânico provocou uma corrida de parte dos americanos aos postos. A Casa Branca disse estar ciente da escassez no sudeste do país e trabalha para aliviar o problema.

Quatro dias após o início da crise, a Colonial Pipeline só conseguiu operar manualmente um pequeno trecho do oleoduto. A empresa espera retomar o serviço antes do fim de semana. Fora o risco de escassez, o problema pode forçar que as refinarias no Golfo do México paralisem suas operações por não terem onde colocar seus produtos. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo segue com a série de reportagens a respeito de “orçamento secreto” mantido pelo governo federal para beneficiar parlamentares aliados no Congresso. A nova informação é que um grupo de 20 senadores alegou “segurança de Estado” e até “risco a sua honra e de sua família” para esconder ofícios enviados por eles ao governo, com o objetivo de direcionar recursos do orçamento. As respostas foram dadas, por escrito, a questionamentos feitos pelo jornal com base na Lei de Acesso à Informação.

A reportagem está baseada num conjunto de 101 ofícios em que congressistas dizem ao Ministério do Desenvolvimento Regional onde querem aplicar os recursos que ganharam do governo. De posse desses documentos, o Estadão procurou os congressistas para checar as informações.

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O jornal O Globo traz como destaque na edição desta quarta-feira (12/05), o depoimento do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, ontem, à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado – CPI da Covid. Barra Torres diverge da posição defendida pelo presidente Jair Bolsonaro em relação a vacinas, ao uso de máscaras para conter o avanço da contaminação e à indicação de cloroquina para o chamado ‘tratamento precoce’ da covid-19.

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A Folha de S. Paulo informa que a Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito para investigar supostos repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli. O pedido tem como base o acordo de colaboração premiada do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral. Segundo informações obtidas pela reportagem, Cabral afirma que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos no Tribunal Superior Eleitoral. Toffoli foi ministro da corte de 2012 a 2016, tendo sido presidente de maio de 2014 a maio de 2016.

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Reportagem do Valor Econômico indica que o alto índice de abandono de “carrinhos” em vendas on-line tem levado varejistas a investir em estratégias e tecnologias para tentar convencer os clientes a finalizar suas compras – na média, sete em cada dez pessoas desistem. No Brasil, 9% das vendas do varejo são pela internet, e, apesar de o índice de desistência ter caído na pandemia, o número ainda é alto.

No 1º quadrimestre de 2019, o percentual era de 86,9%, e passou para 66% em igual período deste ano, segundo pesquisa da Enext com 70 empresas. De acordo com levantamento da Euromonitor International, feito entre fevereiro e março, os principais motivos para o abandono de carrinhos virtuais no Brasil são o valor do frete, prazo de entrega e problemas técnicos nas lojas on-line. A sondagem foi realizada com mil consumidores.