A Eletrobras fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 2,52 bilhões, alta de 396% na comparação com igual período do ano passado. A receita líquida da companhia entre abril e junho subiu 49% ante igual período de 2020, para R$ 7,959 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 61,7% na mesma comparação, para R$ 3,222 bilhões.
Segundo a companhia, o lucro foi impactado positivamente pelos resultados em transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica com efeitos a partir de julho de 2020 e pela melhora nos resultados de geração, devido, principalmente, ao aumento do volume e preços praticados nos contratos bilaterais do Ambiente de Contratação Livre (ACL) e pela maior receita no mercado de curto prazo decorrente da liquidação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) devido ao aumento do preço do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). (Valor Econômico)
Taesa: lucro líquido sobe 50,3% no 2º trimestre, para R$ 697,9 milhões
A Taesa fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 697,9 milhões, alta de 50,3% frente a igual período do ano anterior. A receita líquida da companhia no período foi de R$ 904,3 milhões, um avanço de 19% na comparação com o segundo trimestre de 2020, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 4,5%, para R$ 331,1 milhões.
No balanço divulgado ontem (11/08), a companhia ressaltou que o lucro líquido foi favorecido pelos maiores índices macroeconômicos registrados entre os períodos comparados, principalmente o IGP-M, com reflexo na receita de correção monetária, o que levou a um ganho de R$ 363,1 milhões e pelo aumento de 89,5% na equivalência patrimonial resultado também dos maiores índices macroeconômicos que impactaram positivamente a receita de correção monetária das participações. (Valor Econômico)
Enauta tem lucro recorde no 2º trimestre
A Enauta fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 635,7 milhões, resultado mais de cinco vezes superior aos R$ 112,7 milhões registrados em igual período do ano passado. Com o aumento dos preços do petróleo e com melhorias no desempenho operacional, a companhia conta com posição de caixa de R$ 2 bilhões e busca oportunidades de aquisição de ativos, para diversificar suas fontes de geração de caixa, ao mesmo em que avança com novo projeto para o campo de Atlanta, na Bacia de Santos.
O crescimento expressivo do lucro no segundo trimestre reflete a revisão do valor justo de Atlanta, depois que a empresa chegou a um acordo com assumir a fatia de 50% da Barra Energia no ativo e, assim, deter 100% da concessão. Esse fator contribuiu, sozinho, com R$ 542,1 milhões do resultado líquido apurado no segundo trimestre.
As receitas líquidas subiram 43,3%, para R$ 349,4 milhões, ante o segundo trimestre de 2020, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltou R$ 253,5%, na mesma base de comparação, para R$ 1,1 bilhão – também impactado positivamente pela reavaliação do valor justo de Atlanta. Do lado operacional, a petroleira produziu, em média, 17,2 mil barris diários de óleo equivalente (BOE/dia) no segundo trimestre, alta de 8,8% na comparação anual. (Valor Econômico)
Aeris Energy estuda diversificação
A fabricante de pás eólicas Aeris Energy está maturando estudos para diversificar seus negócios no médio prazo, aproveitando a expertise no processamento de material composto, disse ao Valor Econômico o diretor de planejamento e de Relações com Investidores (RI) da companhia, Bruno Lolli. Potenciais modelos de negócios ainda estão sendo concebidos, mas a ideia é que a Aeris possa fornecer materiais compostos para ajudar outras indústrias, não necessariamente ligadas ao setor elétrico, a se tornarem mais “limpas”.
Como exemplo, Lolli cita o setor de transportes: caminhões elétricos precisarão reduzir o peso de suas estruturas metálicas para serem mais competitivos, podendo percorrer distâncias maiores ou levar mais carga.
MP dos combustíveis contraria Procons e deve ter efeito limitado sobre preços
A Folha de S. Paulo informa que a liberdade para vender combustíveis de outras marcas, dada aos postos por medida provisória (MP) assinada ontem (11/08) pelo presidente Jair Bolsonaro, contraria posicionamentos dos Procons em consulta pública da Agência Nacional do Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANP).
O governo defende que a medida amplia a concorrência no setor de combustíveis, com possíveis impactos nos preços, e incluiu o tema em uma MP que trata da venda direta de etanol das usinas para os postos, outra mudança que teria o objetivo de ampliar a competição.
Para empresas do setor, porém, os impactos sobre os preços serão limitados a postos mais próximos das usinas de produção de etanol. Alegando risco de “desestruturação do mercado” e insegurança jurídica, grandes distribuidoras tentarão derrubar as mudanças no Congresso.
Governo aumenta tributação de álcool importado usado na gasolina
O governo lançou ontem (11/08) uma medida provisória (MP) que retira a desoneração tributária do álcool anidro importado por distribuidores. O produto é usado na mistura da gasolina.
A Folha de S. Paulo explica que a reoneração foi inserida no texto que altera regras do setor em diferentes frentes. Segundo o governo, ela tem como objetivo “equalizar a incidência tributária entre o produto nacional e o produto importado”. A medida é tomada em um momento de escalada inflacionária da gasolina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a elevação do preço do combustível acelerou em julho e já mostra um avanço de 27% no acumulado de 2021. O valor do etanol cresceu 34% no mesmo intervalo e o do diesel, 25%.
A MP em questão é a mesma que libera postos de bandeira com uma marca (como Shell, Ipiranga ou BR) a venderem combustíveis também de outra.
PANORAMA DA MÍDIA
A reforma política em curso é o principal destaque da edição desta quinta-feira (12/08) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo A Câmara dos Deputados aprovou ontem (11/08), em primeiro turno, o texto-base da reforma política com o retorno das coligações proporcionais. A reportagem explica que, no sentido contrário do objetivo da reforma de 2017, a volta das coligações favorece a proliferação dos partidos. Também na reunião de ontem, líderes de partidos decidiram excluir o distritão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estava sendo votada. Deputados terminam de analisar destaques ao texto amanhã, e em seguida devem votar o segundo turno. Por ser uma PEC, o texto precisa ser votado em dois turnos, tanto pela Câmara como pelo Senado.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que, além de aumentar o fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões em 2022, o Congresso se movimenta para adotar duas medidas que têm influência nas eleições do ano que vem: turbinar o Fundo Partidário, aquele pago todos os anos às legendas, e retomar a propaganda das legendas no rádio e na TV fora do período eleitoral. A reportagem explica que as mudanças devem ampliar o montante de recursos públicos para as campanhas e pressionar o teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.
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O montante das fortunas administradas pelos bancos cresceu 8,8%, para R$ 1,768 trilhão, entre janeiro e junho deste ano, apesar da pandemia, informa o Valor Econômico. Segundo dados da Anbima, que representa o mercado de capitais e de investimentos, em 12 meses a expansão foi de 35,4%. A venda de empresas e de propriedades agrícolas, além de captações secundárias de ações menos concentradas nos centros financeiros têm contribuído para ampliar o bolo para além do tradicional eixo São Paulo-Rio de Janeiro.