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Eletrobras tem lucro de R$ 1,27 bilhão no 4º trimestre, queda de 44% - Edição da Manhã

A estatal de energia Eletrobras teve lucro líquido de R$ 1,27 bilhão no 4º trimestre de 2020, queda de 44% sobre os R$ 2,27 bilhões em igual período de 2019, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CBM) ontem (19/03) à noite. Os valores referem-se ao lucro atribuído aos acionistas da companhia.

A receita operacional líquida totalizou R$ 9,01 bilhões de outubro a dezembro do ano passado, 17% acima dos R$ 7,71 bilhões do mesmo intervalo de 2019. O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização ficou negativo em R$ 299 milhões no último trimestre de 2020, ante Ebitda positivo de R$ 3,24 bilhões no mesmo período de 2019.

Em 2020 como um todo, o lucro líquido da Eletrobras foi de R$ 6,34 bilhões, 43,4% inferior ao de 2019. A receita líquida caiu 2,13% entre 2019 e 2020, para R$ 29,08 bilhões. O Ebitda recuou 9%, para R$ 10,49 bilhões.

A divulgação dos resultados do 4º trimestre de 2020 da Eletrobras foi adiada duas vezes. “Entretanto, dada a complexidade dos trabalhos de auditoria da Eletrobras, que envolve a consolidação de diversas controladas, participação em coligadas e em sociedades de propósito específico, e especialmente devido às demandas adicionais de auditorias, surgidas no decorrer dos trabalhos, faz-se necessário novo adiamento”, informou a elétrica, em fato relevante no último dia 15.

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Com o adiamento, também foi alterada a data de realização da teleconferência de apresentação dos resultados, de 16 de março para 22 de março. (Valor Investe e MegaWhat)

PANORAMA DA MÍDIA

Pesquisa Datafolha mostra que o percentual de brasileiros que acreditam em piora na sua situação econômica passou de 22% em dezembro de 2020 para 38% em março deste ano, um dos piores resultados registrados nas pesquisas sobre o tema, que têm início em 1997, informa a Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, os percentuais acima desse patamar só foram registrados no início de 2006, de 40% no governo Lula, e em 2014, de 41% no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. No primeiro caso, vivia-se o fim de um período de crise econômica. No segundo, o início de outra.

O pessimismo é maior entre as mulheres (41%) do que entre os homens (33%); entre as pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos (44%) do que entre os com renda superior a dez salários (23%); no Sul (39%) e Nordeste (40%) do que no Norte/Centro-Oeste (34%), além de chegar a 53% entre os desempregados. A pesquisa telefônica Datafolha foi realizada nos dias 15 e 16 de março de 2021, com 2.023 brasileiros em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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O principal destaque da edição deste sábado (20/03) do jornal O Globo é o confronto entre o presidente Jair Bolsonaro, governadores e prefeitos no atual estágio da pandemia de covid-19 no país, que vem dificultando a adoção de medidas no combate ao coronavírus.

Além de terem decretos questionados por Bolsonaro, que ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) ontem contestando o toque de recolher adotado por Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, governadores de pelo menos oito estados enfrentam embates com prefeitos, alinhados ou não ao presidente, que rejeitam restrições em seus municípios.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a escalada nas críticas do presidente Jair Bolsonaro a restrições adotadas por governadores para conter a pandemia levou ontem (19/03) o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a cobrar explicações do chefe do Executivo sobre referências a um possível estado de sítio no país.

Fux telefonou para Bolsonaro após o mandatário afirmar, pela manhã, que “vai chegar o momento” em que o governo federal terá de tomar uma “ação dura”. Ao ministro, o presidente negou que estivesse tratando de medida de exceção. A reportagem explica que o presidente havia comparado o fechamento de comércios, escolas e toques de recolher adotados por estados a um decreto de estado de sítio, medida que só pode ser tomada pelo presidente com aval do Congresso.