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Eletronuclear defende mais espaço na matriz elétrica – Edição da Manhã

O presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, acredita que seria positivo para o setor elétrico brasileiro ter uma participação de cerca de 8% da fonte nuclear na matriz nacional. Em evento online do setor, o executivo afirmou que o fator de capacidade médio instalado no Brasil é baixo, devido à grande participação de fontes renováveis, que dependem de condições climáticas e, por isso, são intermitentes.

Segundo Guimarães, seria possível alcançar as previsões da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de chegar a uma capacidade instalada entre 8 gigawatts (GW) e 10 GW de energia nuclear até 2050. “Do ponto de vista de construção e financeiro, isso é bastante viável”, afirmou.

A Eletronuclear é a subsidiária da Eletrobras responsável pela operação das usinas nucleares brasileiras. Hoje, o país tem 1,9 GW de capacidade instalada de geração nuclear, a partir das usinas de Angra 1 e 2, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. O volume representa participação de cerca de 2% na matriz elétrica nacional. No momento, está em construção a terceira usina da fonte no país, Angra 3, prevista para entrar em operação em 2026, com potência de 1,4 GW. As informações foram publicadas hoje (30/07) pelo Valor Econômico.

Venda da Gaspetro depende do Cade e de sócios

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Reportagem do Valor Econômico explica que, ao comprar a fatia de 51% da Petrobras na Gaspetro, por R$ 2,03 bilhões, a Compass adquire um ativo que, em tese, lhe permitirá expandir a sua atuação, hoje restrita à operação da Comgás (SP), para mais 18 concessões estaduais.

A configuração final do negócio, porém, ainda dependerá do desfecho de um emaranhado de direitos de preferências detidos pelos demais acionistas das distribuidoras país afora e da análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – que, ao fim, podem resultar numa expansão geográfica menor e provocar até mesmo uma revisão do plano estratégico da empresa de gás do grupo Cosan.

Neoenergia inicia operação comercial do Complexo Eólico Chafariz (PB)

A Neoenergia iniciou ontem (29/07) a operação comercial do Complexo Eólico Chafariz, no sertão da Paraíba, com 17 meses de antecedência em relação ao início da vigência do contrato no mercado regulado, informou a companhia em nota.

Segundo a empresa, os dez primeiros aerogeradores do empreendimento começaram a funcionar com plena execução e possuem capacidade de instalação correspondente à 34,65 megawatts (MW). Os demais aerogeradores seguem em fase de teste em andamento.

A capacidade total do complexo será de 471,25 MW, sendo que 61% da energia destina-se ao mercado regulado e o restante, para o ambiente de contratação livre. O complexo eólico Chafariz terá 15 parques, sendo um dos maiores projetos de geração eólica da Neoenergia no país, e da Iberdrola na América Latina. Serão instaladas 136 turbinas com capacidade unitária de 3,465MW, que atualmente estão em fase de testes. (agência Reuters)

Futuro do mercado livre mobiliza o setor

O Valor Econômico traz, na edição desta sexta-feira (30/07), um suplemento especial sobre energia. Uma das reportagens, com foco no mercado livre de energia elétrica, mostra que um terço da energia gerada no país alimenta parques industriais que conseguiram reduzir em cerca de 20% os gastos com eletricidade, graças à liberdade de contratar seus fornecedores sem interferência estatal.

Esses grandes consumidores, que necessitam de mais de 1.500 kW/mês para tocar seus negócios – e pagam no mínimo R$ 90 mil mensais por essa carga de energia –, são os únicos, por enquanto, com acesso ao mercado livre de energia no Brasil.

A reportagem explica que no Ambiente de Contratação Livre (ACL), os quilowatts são negociados como qualquer commodity, com empresas comercializadoras fazendo a ponte entre geradores e consumidores. “É um ambiente de competição saudável, em que todos saem ganhando, a começar dos consumidores, que ganham descontos na tarifa. Daí a nossa luta para a abertura do mercado livre de energia a toda a população, como já acontece em mais de 50 países”, argumenta Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia.

Solar pode passar de 30% da matriz elétrica em 2050

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que a energia do sol será responsável por 32,2% da capacidade de geração do país em 2050, com uma capacidade total de 121 GW, somando geração centralizada e distribuída. Hoje, a capacidade instalada de geração solar fotovoltaica é de 9,45 GW, dos quais 3,42 GW correspondem às grandes usinas de geração centralizada e o restante, à chamada geração distribuída, onde consumidores usam painéis para gerar a própria energia, devolvendo o excedente.

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, observa que o segmento tem alta competitividade, para desempenhar um papel chave na transição do Brasil para uma economia de baixo carbono. “Além disso, os projetos de energia solar são ágeis. Em menos de dois anos, uma usina pode sair do papel e entrar em operação. Nenhuma outra fonte consegue ser tão rápida, com um preço médio de venda tão acessível”, argumenta. Sauaia destaca também o crescimento da geração solar distribuída. (Valor Econômico – suplemento especial / Energia)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente Jair Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo ontem (29/07), nas redes sociais, para apresentar o que ele chamava de provas das suas alegações contra o sistema de eleições em urnas eletrônicas. Esse é o principal destaque da edição de hoje dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

As duas publicações ressaltam que o presidente apresentou apenas teorias que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente. Ao longo de sua fala, o presidente mudou o discurso que sustenta há quase três anos e admitiu que não pode comprovar se as eleições foram ou não fraudadas, como tem afirmado.

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O jornal O Globo informa que o Rio de Janeiro terá festas em setembro e abertura total em novembro. A prefeitura afirma que está seguindo a experiência de outros países, mas especialistas ouvidos pela reportagem veem precipitação nas medidas de flexibilização.

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Depois de abrir as portas para possível aceleração na elevação da taxa básica de juros, a expectativa do mercado é que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, seja ainda mais agressivo na reunião da próxima semana e aumente a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 5,25%.

Em pesquisa do Valor Econômico com 95 instituições financeiras entre segunda-feira (26/07) e ontem (29/07), 75 casas acreditam na alta da Selic em 1 ponto percentual. Outras 20 projetam que o ajuste de 0,75 ponto será mantido. Em relação ao fim do ano, 77 projetam a Selic em 7% ou mais e 17 dizem que a taxa terminará 2021 entre 6% e 6,75%.

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