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Em 7 anos, conta de energia elétrica sobe mais que o dobro da inflação – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (18/01) pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que desde 2015, a conta de luz dos brasileiros subiu mais do que o dobro da inflação. Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), obtidos pelo Estadão, apontam que a tarifa residencial acumula alta de 114% – ante 48% de inflação no mesmo período, uma diferença de 137%.

A reportagem ressalta que, além das correções anuais nas tarifas, os últimos anos têm sido marcados pela criação de novos encargos e custos diretamente repassados para os consumidores. O aumento nos últimos anos resulta do crescimento de encargos e subsídios (desconto a um setor ou um grupo, com custo dividido com os demais), da necessidade de usar termoelétricas, que geram energia mais cara, e do modelo de contratação de energia.

Responsável pelo levantamento, o vice-presidente de energia da Abraceel, Alexandre Lopes, ressalta que, em momentos de falta de chuvas, como em 2021, o custo tende a aumentar, principalmente, para os consumidores residenciais. O impacto para os que atuam no mercado livre – onde a energia é negociada diretamente com as geradoras – é menor. Nos últimos sete anos, os preços neste ambiente oscilaram 25% abaixo da inflação.

“Temos custos de 2021 ainda não repassados para as tarifas. Então, devemos ter um aumento acima da inflação em 2022. Quando o novo empréstimo ao setor elétrico começar a ser pago, impactará ainda mais as tarifas. Então, parte desses custos da crise será neste ano, e outras parcelas nos próximos anos”, afirmou.

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O levantamento considera os dados desde 2015, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, logo após o Tesouro Nacional interromper repasses bilionários para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial cujos recursos são rateados entre todos os consumidores para bancar subsídios para algumas categorias. Conforme o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana, o corte levou a um “tarifaço” de 25% em fevereiro de 2015, e não parou mais.

Alto mar é nova fronteira para usinas eólicas

O Valor Econômico informa que grandes companhias de energia acompanham com atenção a regulamentação para instalação de parques eólicos em alto mar. A expectativa da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), que reúne as empresas do setor, é de que os primeiros leilões sejam realizados em 2023.

A entidade ajuda na estruturação econômica e regulatória para receber os investimentos. “O que fizemos em 2021 e vamos continuar fazendo em 2022 é arranjar a estrutura econômica e regulatória para receber os investimentos em offshore. Já estamos com empresas no Brasil e 46 GW de projetos em licenciamento no Ibama. Vamos estruturar para fazer leilões num futuro breve que imagino que seja em 2023”, diz Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.

O Ministério de Minas e Energia (MME) trabalha com a Casa Civil da Presidência da República na consolidação de contribuições para o estabelecimento da primeira regulamentação de energia eólica offshore no Brasil. “Os trabalhos devem ser concluídos até o final deste mês”, informou a pasta. A reportagem ressalta que algumas empresas colaboraram ativamente nas discussões para a definição da legislação a ser adotada no país, como a Neoenergia, que tem como acionista majoritário a espanhola Iberdrola, e com um arcabouço legal definido, a expectativa é que projetos avancem.

A Neoenergia tem três projetos em fase inicial de estudos de licenciamento, com possibilidade de chegar a uma capacidade de até 9.000 megawatts (MW). A Shell Energy também espera iniciar o licenciamento de complexos eólicos marítimos “em breve”. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já tem 23 pedidos de licenças ambientais, para projetos que superam 46 GW.

Cliente da Light pode ter reajuste de 18% na conta de luz; Aneel discute assunto em audiência pública

Clientes residenciais da Light podem ter a conta de luz reajustada em quase 18% a partir de março. Para decidir o assunto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promove uma audiência pública virtual amanhã (19/01), a partir das 10h, pelo seu canal do Youtube, aberto a todos os interessados.

O portal Extra informa que a Light já apresentou a sua perspectiva para a agência, a qual definiu que o reajuste tolerável para clientes residenciais é de 17,89%. O efeito médio para todos os clientes da empresa deve ser de 15,13% – isso porque a correção média para pessoa física, pequenas e médias empresas está sendo prevista em 17,96%, enquanto a adequação média da tarifa de grandes empresas e indústrias deve ser de 9,52%.

Petrobras tem recorde de produção no pré-sal em 2021

A Petrobras registrou o seu recorde anual de produção no pré-sal em 2021, ao alcançar 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume corresponde a 70% da produção total da companhia, que foi de 2,77 milhões de boed no ano passado. O recorde anterior era de 2020, quando foi alcançada a marca de 1,86 milhão de boed, representando 66% da produção total da Petrobras.

A estatal informa que a sua produção no pré-sal vem crescendo rapidamente, e o recorde registrado em 2021 representa mais do que o dobro do volume que produzimos nesta camada há 5 anos. Com a manutenção do foco de atuação nas suas atividades em ativos em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras continuará investindo na aceleração do desenvolvimento dos campos do pré-sal, que possuem alta produtividade, maior resiliência a baixos preços de petróleo e mais eficiência em carbono gerando um petróleo competitivo na transição para a economia de baixo carbono.

De acordo com a Agência Petrobras, no período do Plano Estratégico 2022-26, serão investidos US$ 57 bilhões no segmento E&P, sendo 67% desse total no pré-sal, que receberá 12 das 15 novas plataformas previstas para entrar em operação neste período e que deverá ser responsável por 79% da produção total da companhia em 2026.

Distribuidoras de energia lucram mais na crise hídrica, mesmo com dívida maior

Levantamento feito pela consultoria Economatica, a pedido da Folha de S. Paulo, mostra que mesmo mais endividadas, distribuidoras de energia elétrica lucraram, em média, muito mais durante o ápice da mais recente crise hídrica. De acordo com o estudo, de junho a setembro de 2021, o Ebitda ( sigla em inglês para lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações) de companhias elétricas foi de R$ 110 bilhões. A média mensal é de R$ 27,5 bilhões ante R$ 14,8 bilhões por mês no mesmo período do ano anterior.

Empresas como Energisa, Celpe, Cesp, Neonergia e Rede Energia registraram as maiores altas de Ebitda no período, com variação de 46% a 62%. Analistas do mercado dizem que boa parte da alta se deve a um socorro excessivo do governo federal ao setor.

Lições para o setor elétrico

Em editorial publicado hoje (18/01), o jornal O Estado de S. Paulo comenta o relatório elaborado pela Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisa o alto preço das tarifas de energia elétrica. “Mais do que um diagnóstico do que passou, a análise tem o objetivo de apresentar as lições que devem ser aprendidas e prevenir a ocorrência de novos problemas no setor elétrico”.

O editorial ressalta que, se aprovado pelo plenário da Corte de Contas, o documento imporá ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma série de determinações. Uma das principais é a elaboração de um plano estratégico de contingência para o enfrentamento de situações como a que o país tem passado nos últimos meses, com base em estudos para avaliação individualizada da economicidade e efetividade de cada uma das medidas adotadas pelo governo.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que a queda da bolsa, ações com preços mais atraentes e empresas capitalizadas e menos endividadas levaram a um crescimento de 44% na abertura de programas de recompra de ações em 2021. Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foram abertas 108 iniciativas, face a 75 no ano anterior. O pico ocorreu no mês passado, com 18 casos. Em janeiro, a tendência continua – nove anúncios já foram feitos até ontem.

A reportagem explica que a recompra é uma transação em que a empresa adquire as ações de sua própria emissão. A operação reduz a quantidade de papéis em circulação e, dessa forma, costuma aumentar o valor por ação pago na forma de dividendo. A recompra é estratégica quando há dinheiro em caixa e o preço de mercado é considerado baixo em relação às perspectivas de longo prazo.

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Ômicron gera temor de escassez de produtos e inflação – essa é a manchete da edição de hoje (18/01) do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, empresas reforçam estoques e reveem estratégias ante alta global nos preços dos insumos.

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Uma parcela de 81% da população brasileira é a favor da apresentação de comprovante de vacinação contra covid para a entrada em locais fechados, como escritórios, bares, restaurantes e casas de shows, segundo pesquisa do instituto Datafolha. Outros 18% são contrários à cobrança do “passaporte” vacinal, e 1% não soube responder.

O levantamento também mostra aumento da percepção da população de descontrole da pandemia, em meio ao avanço dos casos puxado pela variante ômicron. A pesquisa foi feita por telefone nos dias 12 e 13 de janeiro, com 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Folha de S. Paulo)

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