MegaExpresso

Em decisão histórica, COP-27 cria fundo para reparar perdas e danos climáticos – Edição da Manhã

Reportagem do portal de notícias UOL informa que a 27ª edição da conferência do clima da ONU (COP-27) conseguiu escapar do fracasso, cenário mais esperado após duas semanas de poucos avanços nas negociações, e chegou a um final surpreendente: os países participantes da conferência concordaram com a criação de um fundo para a reparação de perdas e danos climáticos.

O texto prevê a criação de um fundo destinado apenas aos países “particularmente vulneráveis”. Os países em desenvolvimento mostraram contentamento com o termo, que só apareceu na última versão do documento, na madrugada de sábado para este domingo (20/11).

A reportagem explica que a Convenção do Clima da ONU, assinada em 1992, traz uma definição ao reconhecer que “países com zonas costeiras baixas, áridas e semiáridas ou zonas sujeitas a inundações, secas e desertificação, e os países em desenvolvimento com ecossistemas montanhosos frágeis são particularmente vulneráveis a efeitos adversos das mudanças climáticas”.

O critério é visto pelos países em desenvolvimento como mais justo do que o sugerido pela União Europeia na última quinta-feira (17/11). Os europeus propuseram um fundo apenas para “os países mais vulneráveis”, o que poderia deixar de fora economias de médio porte que, sem capacidade de resposta a eventos extremos, são arrasados por desastres climáticos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O texto não traz definições sobre como o fundo deve funcionar, prevendo a criação de uma comitê de transição que, a partir de março do próximo ano, será responsável por definir os critérios do mecanismo, determinando quem deve pagar, de que forma, para quais países, em quais situações e prazos. O comitê deve entregar o resultado do trabalho no final do ano que vem, de modo que os países possam aprovar, na COP-28, o início do funcionamento do fundo, que ficaria para 2024.

Cemig SIM planeja investir R$ 500 milhões em 20 usinas solares

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Cemig SIM, subsidiária da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), pretende investir R$ 500 milhões para construir 20 usinas solares fotovoltaicas em Minas Gerais. O valor foi aprovado pelo conselho de administração da holding na última semana, e agora a empresa fará uma licitação de engenharia para a construção dos empreendimentos.

Fontes ouvidas pela reportagem disseram que os empreendimentos serão implantados em 15 municípios mineiros, e devem adicionar até 70 MWp ao portfólio da Cemig SIM. A energia dessas usinas será vendida no modelo de geração distribuída (GD), no qual a produção ocorre próxima ao local onde a eletricidade será consumida.

Desse modo, ela é injetada na rede de distribuição e gera créditos nas contas de luz dos consumidores, que chegam a pagar aproximadamente 30% mais barato do que os valores praticados no mercado regulado, onde atuam as concessionárias de distribuição. Além da economia, outro atrativo dessa modalidade é permitir o consumo de energia renovável.

Brasil tem vantagens na corrida pelo lítio

Com o avanço da indústria de carros elétricos, cresce a busca pelo mineral usado na fabricação de baterias, de acordo com reportagem do jornal O Globo. Pedidos de licença para mineração disparam no país, que tem a oitava maior reserva do mundo e pode atrair R$ 15 bilhões em investimentos até 2030. O link para reportagem não está disponível na internet.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição deste domingo (20/11) do jornal O Globo é a Copa do mundo de futebol. “Sonho do hexa” é a manchete da edição de hoje. A reportagem ressalta que o Brasil lutará contra um jejum de 20 anos sem vitória. A seleção brasileira foi a última a desembarcar em Doha, na noite de ontem, e tem o objetivo de ser também a última a ir embora: mais precisamente depois de vencer a final, no dia 18 de dezembro.

A reportagem destaca, ainda, que o time de Tite vem com a leveza de uma geração de 16 estreantes em Copas que inspira confiança. A calorosa recepção dos torcedores no hotel deu o tom do otimismo no Mundial que vem sendo marcado pelo luxo e pelas polêmicas antes mesmo de seu início, hoje, no estádio Al-Bayt. O primeiro jogo desta Copa, hoje à tarde (horário de Brasília), será entre Qatar (ou Catar) e Equador.

***

A Folha de S. Paulo traz como destaque uma reportagem a respeito do desequilíbrio racial no Brasil. Apesar de avanços no aumento da diversidade no ensino superior, mantido o ritmo atual, o Brasil deve levar quase 116 anos para que pretos e pardos tenham acesso às mesmas oportunidades que os brancos, de acordo com a mais recente edição do Ifer (Índice Folha de Equilíbrio Racial). Enquanto políticas, como o sistema de cotas raciais, ajudaram a melhorar o indicador de equilíbrio racial para a educação – e ainda assim, a diferença em relação aos brancos só deve ser superada em 34 anos – a redução da desigualdade de renda e longevidade decepciona, diz a reportagem. Hoje (20/11) é o dia da consciência negra.

***

O jornal O Estado de S. Paulo traz dois destaques em sua edição deste domingo: o início da Copa do Qatar (ou Catar) e a alta da inadimplência no Brasil, que acende o sinal amarelo em bancos e varejistas.