A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem que as contas de luz vão ter a bandeira amarela no mês de julho, com taxa extra de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). Em junho, as tarifas estavam com a bandeira verde, sem custo adicional para o consumidor. A Aneel explica que “julho é um mês típico da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). A previsão hidrológica para o mês sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios”. A informação foi publicada no site da agência e em vários canais de internet.
É hora do preço horário no setor elétrico?
Este é o título de um artigo publicado hoje (29/06) pelo jornal O Estado de S. Paulo. Assinado por Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o artigo aborda o debate sobre adequações nos ‘arranjos comerciais’, que têm por objetivo ‘tornar o mercado mais atrativo a novos empreendedores, elevando a oferta de energia com aumento de competitividade’. Uma dessas mudanças, segundo o autor, é o início da vigência do chamado ‘preço horário’ a partir de 1.º de janeiro de 2020.
Adriano Pires argumenta que o Brasil ainda não tem ‘a segurança de que atingimos o nível mínimo de maturidade para operacionalizar tal mudança’. Em defesa de seu argumento, ele cita recente consulta pública realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em que ‘ficou claro o dissenso entre agentes sobre o tema. Cerca de metade das contribuições continha posições no sentido de adiar o início da vigência do preço horário para além de 2020’.
Para analistas, estatais ainda têm bom potencial com privatizações
Nesta matéria, publicada hoje (29/06) na editoria de economia do Estado de S. Paulo, o foco são as perspectivas para o segundo semestre de 2019, que começa na próxima segunda-feira (01/07). A reportagem ouviu analistas de mercado, para quem ‘os planos do governo de privatizar subsidiárias e controladas de empresas estatais, além da recuperação econômica, são fatores que devem impulsionar ainda mais as ações da Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil’.
Os entrevistados enfatizam que esses papéis têm se mantido em alta desde o início do ano, mas ainda há espaço para valorização. A votação do relatório da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, prevista para a semana que vem, é um ponto de destaque.
Com alta demanda, Neoenergia capta R$ 3,7 bilhões
A Neoenergia captou R$ 3,7 bilhões na B3 ontem (28/06) e superou em cinco vezes a oferta de papéis, segundo informação publicada hoje pela imprensa. O jornal DCI – Diário do Comércio, Indústria e Serviços, por exemplo, informa que, com o lançamento dos papéis, o Banco do Brasil vendeu sua participação na Neoenergia. O fundo de pensão dos funcionários do banco público, a Previ, e a controladora Iberdrola também foram vendedores, mas de pequenas fatias.
A reportagem explica que a Neoenergia é um grupo integrado de energia, com operação nos segmentos de geração, transmissão e distribuição, que controla as distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN) e Elektro (SP).
PANORAMA DA MÍDIA
O acordo de livre-comércio firmado ontem (28/06) entre a União Europeia e o Mercosul, após 20 anos de negociações, é o destaque de hoje nos principais jornais do país, que trazem várias reportagens e análises sobre o tema.
Em matéria intitulada ‘O Brasil foi o último a ceder na negociação’, o Estado de S. Paulo conta como foram os bastidores, entre a delegação brasileira, nos momentos finais das negociações para a assinatura do acordo. A Folha de S. Paulo informa, na coluna Painel, que a União Europeia negociou uma cláusula que suspende as compras se desconfiar da política ambiental do Brasil, alvo de preocupação nos países europeus. Segundo o jornal, esse foi um dos últimos entraves a serem superados para a assinatura do acordo. Entre os pontos em questão estão, por exemplo, o uso de agrotóxicos proibidos na Europa ou de carne de rebanhos criados em áreas de desmatamento.
O Correio Braziliense destaca que ‘o maior acordo da história pode render US$ 100 bilhões ao Brasil’. No Globo, a jornalista Míriam Leitão afirma que ‘ainda é rascunho, os detalhes são pouco conhecidos, mas a dimensão política de um aprofundamento das relações com a Europa é forte. Vai demorar ainda uns dois anos, segundo fontes do próprio governo, para virar realidade. Há o processo de fechamento dos textos, traduções em todas as línguas e aprovação pelos parlamentos. Mas o efeito na expectativa acontece já e vários fatores ajudaram a levar a esse momento, que é histórico’.