MegaExpresso

Em meio à crise com gás da Rússia, países europeus anunciam canal marítimo para hidrogênio verde – Edição da Manhã

Espanha, França e Portugal anunciam nesta sexta-feira (09/12) os primeiros detalhes da construção do H2Med, um canal marítimo para levar hidrogênio verde da península ibérica para a França e daí para o resto da Europa. O presidente francês Emmanuel Macron e os chefes de governo António Costa, de Portugal, e Pedro Sánchez, da Espanha, vão formalizar, diante da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, o compromisso com roteiro e calendário para levar a cabo o projeto com financiamento europeu.

Embora a iniciativa se deva em parte ao interesse europeu em reduzir a dependência energética da Rússia após a invasão da Ucrânia, o projeto não é pensado para a crise atual, mas para a transição para as energias renováveis, esclareceram fontes. Batizado de “H2Med” ou “BarMar” (contração de Barcelona e Marselha), o duto subaquático permitirá o transporte de hidrogênio verde obtido a partir de eletricidade renovável.

“ Converter a Península Ibérica em uma potência de exportação de energia renovável é algo pelo qual vale a pena trabalhar”, disse Pedro Sánchez no fim de novembro, quando assumiu a liderança da Internacional Socialista. Espanha e Portugal querem ser referências mundiais em hidrogênio verde graças aos seus vários parques eólicos e fotovoltaicos. (jornal O Globo – com agências internacionais)

Unigel quer quadruplicar produção de hidrogênio verde

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

A Unigel, empresa do setor químico e de fertilizantes, vai começar a fabricar hidrogênio verde no ano que vem em Camaçari, na Bahia, e já prevê quadruplicar a produção até 2025. O volume inicial previsto é de 10 mil toneladas de hidrogênio por ano, que serão convertidas em 60 mil toneladas de amônia verde.

A empresa aposta na transformação de hidrogênio verde em amônia para transportar o gás, um dos maiores desafios logísticos do combustível. Cerca de US$ 120 milhões estão sendo investidos no empreendimento, cuja construção foi anunciada em julho. Os equipamentos e a tecnologia serão fornecidos pela alemã Thyssenkrupp Nucera.

O diretor de tesouraria e relações com investidores da Unigel, Luiz Felipe Fustaino, esteve ontem (08/12) no Rio de Janeiro para participar de um painel do BNDES Day, evento organizado pelo banco de fomento em comemoração aos 70 anos da instituição. “Em julho tornamos público o primeiro projeto que vai integrar uma fábrica de hidrogênio e amônia verdes. Até o fim do ano que vem estaremos com a primeira fase da fábrica, já em escala industrial, pronta. A segunda fase, prevista para 2025, deve quadruplicar de tamanho”, disse Fustaino. (Valor Econômico)

Romeu Zema diz que pretende privatizar Cemig

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que pretende fazer a privatização da Cemig, ou ao menos transformar a empresa “em um modelo corporation”. O governador disse ainda que outras estatais mineiras também podem passar por processo de privatização no mesmo sistema de corporação. Nesse modelo, as empresas são listadas em Bolsa, mas o controle acionário é pulverizado. Não há a figura do acionista controlador, nem bloco de controle nesse tipo de sociedade. Zema participou de evento promovido por um banco privado, em São Paulo. (Valor Econômico)

Equipe de Lula vai esperar preço dos combustíveis no início do ano para decidir volta de impostos

O coordenador dos grupos técnicos do gabinete de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante, afirmou ontem (08/12) que o futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai aguardar a situação dos preços dos combustíveis e da cotação das moedas para bater o martelo sobre a volta de tributos.

O atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) zerou os tributos federais que incidem sobre os combustíveis até o fim de deste ano. Foram reduzidos a zero o PIS e Cofins, que incidem sobre o diesel e o gás de cozinha. Além desses, foi zerada a alíquota da Cide que afeta a gasolina e o etanol. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que será diplomado na próxima segunda-feira (12/12), decidiu anunciar hoje os nomes dos cinco primeiros ministros de seu governo.

A assessoria de imprensa de Lula afirmou que o presidente eleito irá conversar com a imprensa na manhã desta sexta no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília, sede do governo de transição. Alguns dos nomes considerados como certos iniciaram conversas e articulações nas respectivas áreas em que devem atuar. (Folha de S. Paulo)

Deverão ser confirmados como titulares da Esplanada o ex-ministro Fernando Haddad (PT), na Fazenda, o governador Rui Costa (PT), na Casa Civil, o senador eleito Flávio Dino (PSB), na Justiça e Segurança Pública, e José Múcio Monteiro, que não tem filiação partidária, na Defesa. O mais cotado para chefiar o Itamaraty é o diplomata Mauro Vieira, ex-chanceler no governo Dilma. (O Globo)

Lula decidiu antecipar em alguns dias o anúncio dos ministros para solucionar impasses com a Câmara, com as Forças Armadas – tanto que também divulgará os nomes dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica – e, ainda, para acalmar o mercado. (O Estado de S. Paulo)

**

O Valor Econômico informa que em meio à escalada do risco fiscal, a Câmara e o Senado devem aprovar nas próximas duas semanas um aumento das remunerações dos parlamentares. De acordo com a reportagem, o entendimento entre as cúpulas do Congresso é igualar os salários aos dos ministros do STF e promover reajuste escalonado ao longo do mandato. Dessa forma, o rendimento de deputados e senadores passaria de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil imediatamente e chegaria a R$ 46 mil até 2026.