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Em meio à crise hídrica, senador Rodrigo Pacheco critica gestor do sistema elétrico – Edição da Tarde

Em meio ao avanço da crise hídrica no setor elétrico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), começou a se posicionar sobre as medidas que devem comprometer o nível de reservatórios como a represa de Furnas, em seu estado, informa a Folha de S. Paulo. Hoje (28/05), o senador, fez duras críticas ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Na opinião do senador, o ONS se apoderou das águas brasileiras para um propósito único de geração de energia, o que ele considera uma política energética sem criatividade e sem planos de longo prazo, reduzindo os níveis de água e sacrificando atividades como abastecimento, turismo, navegação, piscicultura, agropecuária e meio ambiente.

Em reunião extraordinária do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada ontem (27/05), ficou decidido que é preciso priorizar o uso da água para garantir a geração de energia em usinas estratégicas do Sudeste e do Centro-Oeste. A recomendação é que se retenha mais água em um grupo de usinas que inclui Furnas, em Minas Gerais, além de Ilha Solteira, Três Irmãos e outras. A medida reduz o volume dos rios, e tende a limitar a pesca, interromper o transporte fluvial e pode afetar a captação de água para irrigação e consumo humano.

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Aneel deve revisar tarifa de energia elétrica em meio a risco de abastecimento

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O portal de notícias da revista Exame informa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve revisar novamente a tarifa de energia elétrica nesta sexta-feira (28/05). Em maio, a agência reguladora passou a bandeira tarifária para vermelha no patamar 1, o que significou uma cobrança adicional de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. A expectativa é que agora a tarifa chegue ao patamar mais alto, o de bandeira vermelha 2. Se confirmado, o aumento já é aplicado para os consumidores nas contas de luz de junho.

Cresce pressão ambiental sobre setor de óleo e gás 

Reportagem do Valor Econômico mostra que a pressão de autoridades e investidores sobre a Shell, ExxonMobil e Chevron, esta semana, por planos mais amplos de redução das emissões, dá um recado claro de que o setor petrolífero precisará se ajustar à transição energética para uma economia de baixo carbono, sob risco de dificuldades no acesso a capital.

A indústria brasileira de óleo e gás não ficará de fora: compromissos de descarbonização e reposicionamentos estratégicos começam a ganhar corpo entre as empresas nacionais, em resposta a acionistas preocupados com as transformações no setor. As duas maiores companhias de capital aberto da cadeia de óleo e gás no país, a Petrobras e BR Distribuidora, por exemplo, traçam estratégias para o novo mercado.

Ao mesmo tempo, diante da tendência de declínio do consumo de petróleo nas próximas décadas, as grandes multinacionais do setor prometem acelerar a busca por novas descobertas no Brasil – onde o pré-sal permite uma produção com emissões mais baixas – e a investir em renováveis no país. Embora haja riscos de que o Brasil não consiga aproveitar todas as suas reservas petrolíferas a tempo, o país, ao fim, pode conseguir tirar proveito da transição energética.

BNDES aprova financiamento de R$ 216,7 milhões para parque eólico da Casa dos Ventos no RN

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, em comunicado, aprovação de financiamento de R$ 216,7 milhões para Sociedade de Propósito Específico Ventos de Santa Artur Energias Renováveis S.A., que pertence ao grupo econômico Casa dos Ventos. Os recursos serão usados para financiar o parque eólico Santa Martina 9, nos municípios de Riachuelo, Bento Fernandes, Caiçara do Rio do Vento e Ruy Barbosa, todos no Rio Grande do Norte.

O projeto, de acordo com informações apuradas pelo banco, conta com 63 MW de capacidade instalada, o equivalente ao consumo de energia de 130 mil residências, segundo cálculos citados pelo BNDES, em informe sobre o tema. O BNDES detalhou que os recursos do empréstimo correspondem a 76% do valor total do investimento no projeto, de R$ 284,8 milhões. A previsão é de que o parque entre em operação até dezembro de 2021. O primeiro aerogerador entrou na fase de testes em maio, informou o banco. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

PANORAMA DA MÍDIA

O Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa brsileira, superou os 125,3 mil pontos nesta sexta-feira (28/05), ultrapassando a máxima histórica registrada pelo índice. Contribuem para a alta a valorização das ações da Petrobras, que sobem mais de 3%, o desempenho do setor bancário e os ganhos no mercado acionário de Nova York. Às 14h43, o Ibovespa renovou o seu recorde, aos 125.392,85 pontos, alta de 0,83%. O dólar recuava 0,80% e era cotado a R$ 5,2131. (O Estado de S. Paulo)

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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 4,10% em maio, contra 1,51% em abril e acumulou alta de 14,39% no ano e de 37,04% em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em maio de 2020, o índice havia subido 0,28% e acumulava alta de 6,51% em 12 meses. A variação ficou acima da mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 3,97%, com intervalo das projeções indo de 3,21% a 4,65%. (Valor Econômico)