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Em meio a problemas, usinas térmicas ganham relevância – Edição da Tarde

Reportagem do Valor Econômico mostra que, com a geração das hidrelétricas prejudicada pelas chuvas escassas nos últimos anos, as usinas termelétricas ganharam um novo status de importância para o setor elétrico. O fato de serem usinas controláveis, que operam constantemente ou que podem ser acionadas quando necessário, faz com que esse tipo de geração seja fundamental para garantir a segurança do suprimento de energia. Além disso, ajudam a poupar água dos reservatórios das hidrelétricas, que, mesmo durante o período úmido, já não enchem mais como no passado, ressalta a reportagem.

O Brasil tem hoje cerca de 24 gigawatts (GW) de térmicas movidas a gás natural, óleo diesel e carvão, que correspondem a 14% da matriz elétrica nacional. Existem ainda térmicas que operam movidas a biomassa, como bagaço de cana-de-açúcar e cavaco de madeira. Mesmo somando essas térmicas de geração renovável, a participação desses empreendimentos continua reduzida se comparada à da fonte hídrica, também “despachável”, que representa mais de 60% da matriz.

O desenvolvimento do parque térmico nacional se deu, sobretudo, a partir da década de 2000, com o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT). A iniciativa foi lançada pouco antes do racionamento de 2001, época em que o país era ainda mais dependente das hidrelétricas e não contava com outras alternativas para garantir a segurança do sistema.

Mais recentemente, as térmicas voltaram aos holofotes com a piora nas condições hidrológicas, que culminaram, agora, na pior crise hídrica nos últimos 91 anos. Grande parte das térmicas vem operando intensamente desde o fim de 2020, quando o governo identificou a necessidade de recuperar os principais reservatórios dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Para os próximos meses, a expectativa é que o parque térmico continue a ser acionado a todo vapor, avalia Roberto Brandão, professor e pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Biomassa pode trazer alívio, mas enfrenta barreiras

Ainda na sequência de reportagens sobre usinas térmicas, o Valor Econômico destaca as unidades movidas a biomassa, que têm potencial para fornecer 5.300 gigawattshoras (GWh) de energia adicional para o sistema elétrico brasileiro neste e no próximo ano, volume que poderia ajudar a garantir o atendimento aos consumidores em meio à piora da situação do reservatórios das hidrelétricas.

O levantamento foi realizado pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), entidade que reúne empresas que atuam como “cogeradoras”, produzindo energia elétrica e térmica a partir de um mesmo combustível para atender seu próprio consumo e ainda vender um excedente, seja para o mercado regulado, seja para o livre.

No caso da biomassa, o insumo mais tradicional é o bagaço da cana-de-açúcar, resíduo da agroindústria canavieira – grandes empresas, como Raízen e Tereos, têm unidades cogeradoras. Segundo o presidente da Cogen, Newton Duarte, a associação identificou cerca de cem empreendimentos movidos a biomassa que estariam aptos a “exportar” energia para o sistema elétrico, gerando além dos volumes firmados em contratos. Essa produção adicional poderia atingir 1.800 GWh em 2021 e 3.500 GWh em 2022.

Ação da Cosan sobe mais de 6% na B3 após acordo na Compass

O Valor Econômico informa que as ações ON (ordinárias) da Cosan se destacaram ontem (31/05) entre os maiores ganhos do Ibovespa, com valorização superior a 6%, na esteira da notícia de que o grupo chegou a um acordo para venda de quase 5% do capital da Compass para a Atmos Capital.

A transação teve como ponto de partida a avaliação da empresa de gás natural e energia em R$ 16,5 bilhões (antes do aporte). A Compass, que foi constituída pela Cosan há pouco mais de um ano, está em negociações com a Petrobras para compra da Gaspetro e deu os primeiros passos para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no fim de julho. A operação acabou suspensa por causa da piora nas condições de mercado.

Exxon Mobil perde disputa e terá de nomear conselheiro ‘verde’

No início deste ano, diretores da Exxon Mobil, a gigante petroleira que descende do império da Standard Oil, viram-se em uma situação incomum: tiveram de defender a empresa contra um minúsculo investidor ativista, a Engine N.º 1, que clamava por uma grande transformação em defesa do meio ambiente. Mais atipicamente ainda, eles se viram em desvantagem.

Nesta semana, a Engine N.º 1, que detém apenas 0,02% das ações da Exxon, obteve uma surpreendente vitória, ao conquistar pelo menos dois assentos no conselho diretor da Exxon. E ainda poderá apontar um terceiro indicado, já que os votos da reunião anual de investidores da Exxon, ocorrida na semana passada, continuam a ser contados. Essa vitória representa um dos maiores sobressaltos da história das brigas corporativas. O pano de fundo do episódio também demonstra como esse resultado se beneficiou de vários fatores â incluindo o histórico da petroleira de ignorar os investidores e o crescente desejo de fundos por investimentos ambientalmente responsáveis. A reportagem foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo (tradução do The New York Times).

PANORAMA DA MÍDIA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (1º/05), a aprovação de uso emergencial da vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. A decisão abre caminho para que outros países aceitem a entrada de pessoas vacinadas com as duas doses do imunizante contra a covid-19, com a abertura de fronteiras esperada para os próximos meses. A validação oferece aos países, financiadores, agências de compra e comunidades a garantia de que atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação. (O Estado de S. Paulo)

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (1º/05) que, no que depender do governo federal, a Copa América 2021 acontecerá no Brasil. Ontem, após a Conmebol anunciar o país como nova sede, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que a realização do torneio ainda não estava confirmada. Agora, Bolsonaro disse que consultou “todos os ministros interessados”, inclusive o da Saúde, e disse que todos concordaram. O presidente não mencionou as exigências citadas por Ramos na véspera, como a não presença de público e a vacinação de todos os jogadores e integrantes das delegações. (O Globo)