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Em pronunciamento, ministro Bento Albuquerque admite que crise de energia se agravou – Edição da Manhã

O pronunciamento do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ontem (31/08), em cadeia nacional de televisão, é destaque na mídia nesta quarta-feira. O ministro disse que a crise hídrica se agravou e voltou a pedir esforço da população e empresas para reduzirem o consumo de energia elétrica.

“Hoje, eu me dirijo novamente a todos para informar que a nossa condição hidroenergética se agravou. O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior do que a prevista.” (Folha de S. Paulo)

O ministro disse que levará tempo para a recuperação dos níveis dos reservatórios e que, além do empenho de todos, isso também dependerá das chuvas. “É por isso que, nesse momento de escassez, precisamos, mais do que nunca, usar nossa água e nossa energia de forma consciente e responsável. Com esse esforço, aliado ao conjunto de medidas que o governo federal vem adotando, seremos capazes de enfrentar essa conjuntura desafiadora. Uma conjuntura que será tão mais favorável quanto mais rápida, intensa e abrangente for a mobilização da sociedade para enfrentá-la.” (O Estado de S. Paulo)

O ministro afirmou que, como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, esta eletricidade adicional proveniente de geração termelétrica e de importação de energia custará mais caro. (O Globo)

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Chuvas podem chegar perto do normal nos próximos meses se La Niña deixar

A Folha de S. Paulo informa que a previsão para os próximos meses é de chuva dentro do normal, mas o fenômeno La Niña pode mudar um pouco esse cenário. Os dados de previsão de precipitação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para os próximos três meses apontam períodos de chuvas um pouco abaixo da média, mas ainda perto do normal, em partes do Norte, no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul.

Para setembro, espera-se, na maior parte do país, normalidade no regime de chuvas. Em parte do Centro-Oeste região importante para o agronegócio brasileiro, no Norte, em Minas Gerais, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, as chuvas no mês ficam um pouco abaixo do normal. Na região Sul, principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem ter uma precipitação um pouco acima do usual para o mês, mas, novamente, próxima à normalidade.

Esse quadro de quase normalidade pode, porém, ser alterado pela La Niña, dependendo de sua intensidade, pode alterar essa normalidade. A Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos publicou, em agosto, um alerta “La Niña Watch”, que significa haver condições favoráveis para El Niño ou La Niña nos próximos seis meses.

Com sobretaxa na energia, IPCA deve chegar a 8,2% em 2021, dizem economistas

A nova bandeira tarifária da “escassez hídrica”, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), deve acelerar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 8,2% neste ano, segundo o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A sobretaxa deve vigorar entre setembro deste ano e abril de 2022.

Ontem (31/08), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram a criação de uma nova bandeira tarifária, ainda mais cara que a vermelha 2, em vigor atualmente. A chamada bandeira da “escassez hídrica” vai custar R$ 14,20 adicionais a cada 100 kWh consumidos, contra R$ 9,49 da atual bandeira vermelha 2. (Valor Econômico)

Em um mês, custo de térmica mais cara do país sobe 40%

Inaugurada no fim de julho como reforço para ajudar a poupar água nos reservatórios das hidrelétricas, a termelétrica William Arjona já teve o custo de geração elevado em 40%, informa a Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, esta semana, o MWh (megawatt-hora) gerado pela usina vai custar ao consumidor R$ 2.443.

Quando foi inaugurada, a William Arjona, localizada no Mato Grosso do Sul, já era a geradora de energia mais cara do país. Alegando repasse de altas no preço do gás natural, a usina já teve dois reajustes em um mês de funcionamento. A térmica é uma das chamadas Merchant – usinas que estavam sem contrato de venda de energia, convocadas pelo governo para reforçar a capacidade brasileira de geração em meio à crise hídrica.

Operada pela Delta Energia, a empresa esclarece que o contrato de fornecimento de gás com a Petrobras é intermitente e com reajustes realizados sem prazo definido, seguindo de perto a variação do preço do combustível no mercado internacional.

Eletrobras antecipará R$ 5 bilhões à CDE para atenuar conta de luz em 2022

Na tentativa de amenizar mais uma explosão nas contas de luz em pleno eleitoral, após outra rodada de medidas que visam afastar os riscos de racionamento, o governo determinou ontem (31/08) que a Eletrobras antecipe um aporte de R$ 5 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2022. O dinheiro será pago pela empresa com os recursos de sua capitalização por acionistas privados.

Conforme explica reportagem do Valor Econômico, a modelagem de privatização da estatal prevê o pagamento de uma outorga ao Tesouro Nacional pelas novas concessões de suas usinas hidrelétricas e outro valor anual, ao longo de 25 anos, à CDE. Esse fundo, que concentra todas as principais despesas e subsídios do setor elétrico, é rateado por todos os consumidores do país nas tarifas de energia. A reportagem é o principal destaque da edição de hoje (01/09) do Valor.

Cúpula da Petrobras passa por ‘militarização’ após chegada de Silva e Luna à presidência

O jornal O Estado de S. Paulo informa que uma mudança significativa ocorreu na cúpula da Petrobras, após a chegada do general Joaquim Silva e Luna à presidência da estatal. De acordo com a reportagem, o general escolheu para a sua assessoria colegas da caserna, em linha com a “militarização” ocorrida em outras estatais e na administração direta federal desde o início do atual governo, em 2019.

Segundo apurou o Estadão, Silva e Luna já contratou pelo menos seis militares para atuar em postos de apoio à presidência da Petrobras e da Transpetro, a maior subsidária da estatal, desde que assumiu o comando, em meados de abril, em substituição ao economista Roberto Castello Branco. Com as novas contratações, o número de oficiais na cúpula da empresa chega a pelo menos dez, incluindo o próprio Silva e Luna, mais do que o triplo do que havia na gestão anterior.

PANORAMA DA MÍDIA

O anúncio feito ontem (31/08) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de criação de uma nova bandeira tarifária para fazer frente ao aumento dos custos decorrente do agravamento da crise hídrica, é manchete nos jornais nesta quarta-feira.

Chamada de “Escassez Hídrica”, a nova bandeira custará R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) e vigora a partir desta quarta-feira (1°) até abril de 2022. Segundo a agência, a nova bandeira vai gerar uma alta de 6,78% na conta de luz. Cidadãos de baixa renda beneficiados pela tarifa social não serão afetados pelas novas regras da Bandeira Tarifária, sendo mantido o valor atual. Em Roraima, continua vigorando a bandeira 2 vermelha, com o valor de R$ 9,49 a cada 100 kWh. (Folha de S. Paulo)

A bandeira “escassez hídrica” servirá para cobrir os custos da crise hídrica estimados em R$ 13,8 bilhões. Desse valor, R$ 5,2 bilhões são relativos ao déficit na Conta Bandeiras até julho deste ano, e R$ 8,6 bilhões relativos aos custos estimados para importação e geração térmica adicional em setembro, outubro e novembro. (O Estado de S. Paulo)

O Ministério de Minas e Energia (MME) também anunciou um programa para incentivar a redução voluntária de consumo de eletricidade para os clientes residenciais e os pequenos comércios (que são atendidos pelas distribuidoras nas cidades e não podem comprar energia no mercado livre) por meio de descontos nas contas. (O Globo)

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