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Em um mês de crise, já são dez empresas do Ibovespa que valem menos no mercado do que no mundo real – Edição da Manhã

Petrobras e Eletrobras estão entre um grupo de dez empresas cotadas pelo Ibovespa (indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo), cujo preço das ações não expressa o quanto valem na realidade, informa a Folha de S. Paulo.

 As ações ordinárias da Petrobras hoje, um mês após o começo das grandes quedas do Ibovespa, estão sendo compradas e vendidas por quase metade do que a estatal vale pelo conjunto de seus ativos. Além da crise mundial causada pelo coronavírus, a petroleira enfrenta a dura queda no preço do petróleo, cujo barril atingiu, recentemente, o valor mais baixo desde 2003, chegando a ser vendido por US$ 24,52.

Ou seja, se a Petrobras vendesse todos os seus ativos e pagasse todas as suas dívidas, teria mais dinheiro do que se vendesse todas as suas ações.

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De acordo com analistas de mercado, algumas empresas, cujas ações estão sendo negociadas com deságio, já eram vendidas dessa forma antes da atual crise. A Eletrobras, por exemplo, considerando-se a média do último ano, já tinha os papéis valendo 73%% do seu patrimônio (hoje, estão em 50%).

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A análise publicada pela Folha de S. Paulo mostra quais são as dez empresas cujo preço de mercado não corresponde ao valor patrimonial e, também, o grupo de dez companhias em situação inversa, ou seja, valem mais no mercado de ações que no conjunto de seus ativos.

Proteção das atividades essenciais

Em editorial publicado na edição de hoje (27/03), o jornal O Estado de S. Paulo elogia o esforço que vem sendo feito pelo governo para que os serviços e as atividades essenciais não sejam afetados pela crise provocada pela pandemia de coronavírus.

O editorial cita projetos de lei e medidas provisórias voltados para o enfrentamento da emergência de saúde pública. Cita, também, iniciativas para manter o funcionamento de atividades essenciais. “Não há como se combater a pandemia do novo coronavírus se os serviços públicos e as atividades essenciais param de funcionar.”

O jornal destaca que, em 20 de março, o presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto 10.282/20, regulamentando a Lei 13.979/20. Segundo o ato presidencial, “são serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”.

Entre outros, o Decreto 10.282/20 lista os serviços médicos e hospitalares, a assistência social, as atividades de segurança, os serviços postais, o transporte de passageiros por táxi ou aplicativo, os serviços de telecomunicação e internet, o serviço de call center e a coleta e o tratamento de esgoto e lixo.

Em novo decreto, consta como atividades essenciais “produção de petróleo e produção, distribuição e comercialização de combustíveis, gás liquefeito de petróleo e demais derivados de petróleo”.

PANORAMA DA MÍDIA

A maioria das grandes empresas negociadas na Bolsa brasileira tem dinheiro em caixa ou aplicações financeiras para cobrir mais de um ano da folha de pagamento, destaca o Valor Econômico em sua edição desta sexta-feira (27/03). Levantamento feito pelo Valor Data com base em dados de balanços indica que 85% dessas companhias conseguiriam honrar seus compromissos trabalhistas mesmo que parassem de faturar durante 12 meses por causa dos efeitos da pandemia de coronavírus. Metade das empresas restantes (15%) conseguiriam cobrir pelo menos seis meses de salários.

O governo triplicou o valor do benefício mensal concedido aos trabalhadores informais, que será de R$ 600 por três meses. A medida foi aprovada na noite de ontem (26/03) pela Câmara dos Deputados. O recurso, essencial em um momento de crise, pode beneficiar mais de 24 milhões de trabalhadores informais, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência. O país tem 42 milhões de trabalhadores por conta própria e sem carteira, informa o jornal O Globo.

O jornal O Estado de S. Paulo destaca que, de cada R$ 100 anunciados pelo governo para o enfrentamento da pandemia de covid19, R$ 64 não saíram do papel porque o governo não encaminhou as propostas ou o Congresso ainda não votou os projetos de lei que estão sendo usados para acelerar as ações, incluindo as para ampliar a rede de proteção à população de baixa renda. As medidas de maior fôlego efetivamente implementadas ficaram concentradas nas empresas, como a flexibilização de regras trabalhistas, oferta de crédito barato, suspensão do pagamento de tributos, além de auxílio a Estados e municípios.

A Folha de S. Paulo informa que o Brasil teve uma explosão de registros de internação de pessoas com insuficiência respiratória grave depois da primeira notificação de um paciente com coronavírus no Brasil, segundo dados da Fiocruz. O primeiro caso de Covid-19 foi notificado no dia 25 de fevereiro. Naquela semana, 662 pessoas foram internadas no país com doença respiratória aguda, com sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória.

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