As emissões brasileiras de gases-estufa relacionadas a usinas termelétricas a combustíveis fósseis tiveram um salto de 75% de 2020 a 2021. No ano passado, cerca de 20% da matriz energética brasileira foi composta de termeletricidade fóssil, ou seja, eletricidade proveniente da queima de, principalmente, gás e carvão.
Os dados são provenientes de um estudo divulgado, na semana passada, pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema). A pesquisa leva em conta a energia injetada no Sistema Interligado Nacional. No ano retrasado, cerca de 15% da matriz energética era derivada de combustíveis fósseis.
O crescimento de 2020 a 2021 está relacionado à crise hídrica no país, segundo o estudo do Iema. Apesar disso, o instituto destaca que a participação das fontes de fósseis na matriz energética nacional tem crescido, especialmente desde 2010. A geração energética fóssil passou de 30,6 TWh em 2000 para 133,8
TWh em 2021, de acordo os dados destacados pelo Iema. (Folha de S. Paulo)
CEEE Equatorial reforça equipes e investe quase R$ 20 milhões para evitar cortes de energia no litoral do RS
Ampliação de equipes de plantão, manutenção e inspeção preventiva em linhas, investimentos em melhorias de equipamentos e aumento da potência instalada em alguns locais fazem parte das estratégias da CEEE Equatorial para assegurar o fornecimento de energia elétrica entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023 no litoral do Rio Grande do Sul.
A companhia, que conta com 19 municípios da orla – de Torres, no Norte, a Santa Vitória do Palmar, no Sul – em sua área de concessão, apresentou na sexta-feira (16/12) o Plano Verão, com uma série de ações pensadas para evitar interrupções dos serviços e transtornos aos veranistas durante o período de maior demanda nas praias gaúchas. (GZH Econômica)
Uso de carvão no mundo será recorde em 2022
O uso de carvão no mundo atingirá um patamar recorde em 2022, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela crescente demanda na Índia e na Europa, que levaram o consumo do combustível a novos patamares.
A tendência segue a direção oposta às promessas feitas nas negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2021, quando 124 países se comprometeram a conter as emissões de carbono reduzindo aos poucos o uso de carvão. O consumo de carvão aumentará 1,2% em 2022 em comparação ao ano anterior, superando o recorde anterior, de 2013, segundo um relatório divulgado na sexta-feira (16/12) pela Agência Internacional de Energia (AIE), o órgão com sede em Paris que monitora o setor de energia. (Valor Econômico – conteúdo do jornal britânico Financial Times)
Oportunidades para biogás e biometano no mercado de carbono e no RenovaBio
Esse é o tema de um artigo publicado pelo portal EPBR, de autoria de Pietro Adamo Sampaio Mendes, doutor em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e servidor de carreira da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Ele ressalta que os projetos de biogás e de biometano podem gerar créditos de carbono e de metano, desde que atendam aos requisitos de adicionalidade, confiabilidade, temporalidade, rastreabilidade e gerem benefícios adicionais sociais e ambientais.
Por exemplo, diz o articulista, os projetos de biogás em que há queima no flare para transformar metano em dióxido de carbono e reduzir o seu potencial de gás do efeito estufa, dado que o metano é 25 vezes mais prejudicial do que o dióxido de carbono no período de 100 anos, podem gerar créditos de carbono. Nesse tipo de projeto, não há viabilidade econômica sem a venda dos créditos.
Assim, excluem-se os projetos que são obrigação legal, prática comum, ou financeiramente atrativos, na ausência da receita dos créditos. É, portanto, necessário demonstrar que o projeto não seria viável, caso não houvesse os créditos de carbono.
Com relação aos projetos de biogás para o RenovaBio, não é possível emitir CBIOs, pois somente os projetos de biometano (que é o biocombustível especificado pela ANP, obtido da purificação do biogás), podem emitir CBIOs, quando houver a venda para distribuidores e postos revendedores.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico traz, em seu portal de notícias, informações a respeito da posição do Supremo Tribunal Federal (STF) pela derrubada do modelo atual de distribuição das emendas de relator, instrumento que, devido à falta de transparência, ficou conhecido como “orçamento secreto” – e foi utilizado pelo governo Jair Bolsonaro para ampliar sua base aliada no Congresso Nacional.
Prevaleceu o voto da relatora, ministra Rosa Weber. Segundo ela, as emendas não podem ser utilizadas para criar novas despesas, mas tão somente para corrigir erros técnicos ou recompor dotações canceladas. O placar foi de 6 votos a 5.