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Energia deve ter nova rodada de privatização – MegaExpresso – edição das 10h

O jornal O Estado de S. Paulo informa que distribuidoras de energia controladas por governos estaduais estão com dificuldades para cumprir as metas de qualidade do serviço e apresentar resultados positivos, fundamentais para a realização de investimentos. Para analistas do setor ouvidos pelo jornal, exigências cada vez mais rígidas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a crise financeira dos estados tendem a empurrar as empresas para a privatização, o caminho mais fácil para evitar a perda da concessão.

Essa seria a terceira onda de privatizações no setor, destaca o jorna. A primeira, na década de 1990, quando distribuidoras foram privatizadas pelos estados em troca da renegociação de suas dívidas com o mercado pela União. Entre elas, a Eletropaulo, hoje Enel SP, e Light, no Rio. A segunda onda, destaca a reportagem, ocorreu no ano passado, quando seis distribuidoras do Norte e Nordeste, que eram estaduais e foram transferidas para a Eletrobras, acabaram sendo vendidas. A privatização de estatais é uma das alternativas propostas pela equipe econômica para estados que precisarem de socorro da União.

Entre as empresas com mais problemas na área econômico-financeira estão a CEB, distribuidora controlada pelo governo do Distrito Federal, e a CEEE, que pertence ao governo do Rio Grande do Sul.

Aneel admite que estatais têm problemas

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Na sequência da matéria sobre nova rodada de privatização no setor elétrico, o Estado de S. Paulo ressalta que a Aneel reconhece que as distribuidoras estatais têm mais dificuldades para obter resultados, comparativamente a empresas privadas.

Em nota técnica que analisa os resultados da regulação nos últimos anos, a agência afirma que “sob o prisma econômico, há estudos que sugerem que empresas privadas respondem de forma mais acentuada a incentivos econômicos do que as públicas”. De acordo com a nota técnica da Aneel, as estatais registram perdas devido a custos operacionais mais altos e pela dificuldade de combater perdas.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, diz que as distribuidoras de grupos privados são mais eficientes pois conseguem se blindar de interferências políticas. “Elas têm uma gestão com mais velocidade e ação que empresas estatais”, disse. “Essa não é uma posição ideológica, mas de analise econômico- financeira.”

PANORAMA DA MÍDIA

A manchete do jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (16/06) é a descoberta de gás feita pela Petrobras em Sergipe – a maior desde o pré-sal, em 2006. Dos seis campos descobertos, a estatal espera extrair 20 milhões de m³ por dia de gás natural, o equivalente a um terço da produção total brasileira. De acordo com a consultoria Gas Energy, ouvida pela reportagem, a descoberta, que foi divulgada no mês passado, deve gerar R$ 7 bilhões de receita anual à Petrobras e empresas associadas.

Na avaliação do governo, a conquista pode ajudar a tirar do papel o esperado “choque de energia barata” prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Esse é o plano do governo para baratear em até 50% o custo do gás natural e “reindustrializar” o país. Segundo a reportagem, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que há ainda outras áreas com indícios de presença de petróleo e gás na região.

A matéria de primeira página da Folha de S. Paulo é sobre a ‘elite do funcionalismo público’. De acordo com a reportagem, esse grupo de servidores, que inclui seis carreiras, recebe bônus e honorários extras que ‘engordam seus salários e custaram aos cofres federais quase R$ 1,7 bilhão em 2018’. Levantamento interno do Ministério da Economia obtido pela Folha mostra que os pagamentos adicionais podem superar R$ 7.000 por mês. Com o benefício, servidores chegam a incrementar seus salários em até 30%.

O jornal O Globo informa que computadores de diversos órgãos do Executivo tiveram 9,9 mil incidentes de invasão em 2018. A reportagem entrevistou especialistas em defesa cibernética, que fizeram um alerta sobre a fragilidade da segurança digital no Brasil.

Já o destaque de hoje nos principais portais de notícia é o pedido de demissão do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro anunciar, em entrevista, que poderia demiti-lo amanhã (17/06), caso Levy confirmasse a nomeação do diretor da área de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto, por ter trabalhado no governo do PT. Barbosa Pinto também pediu demissão do cargo. Mais informações no portal UOL.

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