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Energia limpa vive boom global e “cria” 36 novas usinas de Itaipu – Edição do Dia

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que o mundo adicionou 50% a mais de capacidade na geração de energia limpa no ano passado em relação a 2022. No total, foram acrescentados 510 gigawatts (GW), com a energia solar fotovoltaica respondendo por três quartos das adições em todo o mundo.

Os 510 GW equivalem a mais de 36 novas usinas de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, com potência instalada de 14 GW. A maior barragem, da usina chinesa Três Gargantas, tem capacidade para 22,5 GW.

Numa corrida inédita por fontes de energia renovável e limpa (que inclui a nuclear), os próximos cinco anos terão o crescimento mais acelerado da história deste mercado, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).

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De acordo com a reportagem, o boom de investimentos deve triplicar, até 2030, a capacidade de geração de energia limpa em 130 países, gerando 3.700 GW adicionais, o equivalente a 264 usinas de Itaipu. Energias solar e eólica — as mais promissoras no Brasil — serão responsáveis por 95% da expansão global.

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A Folha de S. Paulo traz, na edição desta segunda-feira (19/2), um editorial sobre o tema, com o título “O imperativo da energia limpa”.

Folha promove seminário sobre energia limpa

A Folha de S. Paulo promove, hoje (19/2), dia do aniversário de 103 anos do jornal, o seminário “Energia limpa: a transição energética no Brasil”. O evento, das 9h às 13h, será transmitido ao vivo nesta página e no canal da Folha no Youtube.

Entre os convidados estão Adriana Waltrick, presidente da geradora de energia SPIC Brasil, Ricardo Mussa, CEO da Raízen, produtora de açúcar e etanol, e Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES. O evento conta com apoio da BYD, que produz veículos elétricos.

Governo trabalha para expandir o mercado livre de energia a consumidores residenciais até 2030 

O consumidor residencial de energia pode ter acesso ao mercado livre – em que escolhe o seu fornecedor – até 2030. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista à TV Globo (reportagem do portal G1).

Segundo Silveira, o governo trabalha para garantir o acesso das classes média e baixa ao mercado livre de energia. Hoje, só grandes consumidores, como indústrias, podem negociar preços e escolher fornecedores, enquanto o consumidor residencial fica restrito à distribuidora local.

Para a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o desenho de como vai funcionar essa migração é o principal ponto de alerta. Isso porque há muitos contratos de geração de energia pagos pelo mercado regulado, e a depender de como a migração for feita, quem continuar comprando das distribuidoras vai arcar com essas despesas.

“É importante a abertura do mercado, mas tem que ser precedida de alguns ajustes para que possa impedir que o mercado regulado continue sendo onerado pela migração de consumidores para o mercado livre”, afirmou Marcos Madureira, presidente da entidade.

Madureira explica que o impacto na conta de luz do mercado regulado se dá porque fontes de energia mais caras, como as usinas térmicas – que, apesar de mais poluentes, garantem a produção de energia em momentos de escassez hídrica – são cobertas pelo mercado regulado.

Obs.: No link para a reportagem do portal G1, acima, há um vídeo de outra reportagem, a respeito da geração de energia elétrica no país que, em 2023, registrou a menor emissão de CO2 (gás carbônico) dos últimos 11 anos.

Mais de 16 mil empresas vão migrar para o mercado livre em 2024 e 2025

Uma nova atualização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que 16.791 empresas já informaram às distribuidoras que vão migrar para o mercado livre de energia em 2024 e 2025, informa o portal Energia Hoje.

Desse total, quase 15.878 unidades consumidoras (94%) são consumidores de menor porte, com demanda menor de 500 kW, beneficiadas pela Portaria 50/2022, do MME, que concedeu o direito de escolher o fornecedor de energia elétrica a todos os consumidores do Grupo A, composto por aqueles que são atendidos em média e alta tensão, a partir de janeiro de 2024.

A reportagem destaca que o Grupo A tem cerca de 202 mil unidades consumidoras, principalmente empresas, que recebem energia em média e alta tensão. Dessas, mais de 38 mil já estão no mercado livre de energia, de forma que o potencial de migração é de aproximadamente 164 mil unidades consumidoras a partir de 2024.

Já os consumidores que recebem energia em baixa tensão estão inseridos no Grupo B, que somam 89 milhões, formado principalmente por residências, e seguem sem autorização para escolher o fornecedor de energia elétrica.

ONS: Afluência se mantém abaixo da média histórica em todo o país

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana operativa entre os dias 17 e 23 de fevereiro, apresenta um cenário sobre o qual o Operador Nacional do Sistema Elétrico vem alertando nas últimas semanas: as estimativas para a Energia Natural Afluente (ENA) têm se mantido abaixo das médias históricas para o período tipicamente úmido em curso.

A revisão atual traz projeções inferiores para a ENA ao final de fevereiro ante percentuais divulgados previamente. A redução é verificada em todas as regiões. A maior ENA deve ser registrada no subsistema Norte, com 89% da Média de Longo Termo (MLT), ante 100% da MLT na revisão anterior. Para as demais regiões, as indicações de ENA em 29 de fevereiro são: Sul, 75% da MLT (82%); Nordeste, 61% da MLT (70%); e Sudeste/Centro-Oeste, com 61% da MLT (64%).

O subsistema Norte tem os percentuais esperados de Energia Armazenada (EAR) mais expressivos ao final de fevereiro: 84,3%. Os demais submercados apresentam as seguintes perspectivas para a EAR: Sudeste/Centro-Oeste, com 65%; o Nordeste, com 63,8%; e o Sul, com 61,1%. O comportamento da EAR segue o padrão observado para a ENA, com a possibilidade de redução em todas as regiões.

Os cenários prospectivos para a carga seguem apontando aceleração na demanda tanto no Sistema Interligado Nacional (SIN), como em todos os submercados. Para o SIN, a expectativa é de um avanço de 6,7% (83.555 MWmed). A região que deve registrar maior crescimento é o Norte, com 12% (7.467 MWmed), seguida pelo Sul, com 11,8% (15.906 MWmed). As projeções para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste são de 7,2% (13.461 MWmed) e 4,2% (46.721 MWmed), respectivamente. Os números são comparações entre as perspectivas de fevereiro de 2024 e o mesmo período de 2023. (Fonte: ONS)

Tem menos água nas usinas de onde vem sua eletricidade

O colunista Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo, publicou ontem (18/2) um artigo no qual destaca que, em meados deste fevereiro, os reservatórios estavam em cerca de 62% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste, o coração do sistema hidrelétrico brasileiro (em 2021, no mesmo mês, baixaram a 29%; em 2015, a 21%).

Para esta época, é o maior nível depois de 2012, com exceção do excelente 2023. No entanto, ainda é menor do que o dos anos de 2002 a 2012 – 2001 foi o ano do apagão registrado no governo de Fernando Henrique Cardoso. O colunista destaca, ainda, que pioraram um tanto as medidas de “Energia Natural Afluente”, grosso modo a quantidade de água que vai para os rios que abastecem usinas hidrelétricas e que pode ser transformada em energia.

No entender de Torres Freire, assustar-se com tais números é alarmismo. Entendidos do sistema não se arriscam a dar um chute do que virá antes de verificar a situação no final do período úmido, em fins de abril, no mínimo.

SP deve ter novos temporais com potencial para alagamentos nesta semana

A previsão do tempo para esta semana em São Paulo e região metropolitana aponta clima semelhante ao deste domingo (18/2), quando um temporal causou alagamentos e quedas de árvores pela cidade.

Já nesta segunda-feira (19/2) pode ocorrer chuva de intensidade moderada a forte a partir do período da tarde na capital. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo, há potencial para formação de alagamentos, quedas de árvores e elevação do nível de pequenos rios e córregos, o que pode gerar também transbordamentos.

A temperatura máxima fica na casa dos 28ºC nesta segunda-feira. Amanhã (20/2) se mantém a previsão de chuva à tarde, com mínima de 20°C e máxima de 26°C na capital. (portal UOL)

Agentes pedem mais biometano e mercado livre na agenda regulatória de São Paulo

A Agência EPBR informa que os agentes do setor querem ver mais discussões sobre biometano e mercado livre na regulação de São Paulo. Esses foram os temas mais pedidos pela indústria do gás na consulta pública sobre a agenda regulatória da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) para o biênio 2024-2025.

A agência reguladora paulista definiu suas prioridades e propôs alguns temas bem quentes para este ano, como a disputa de R$ 2 bilhões em torno da devolução de créditos oriundos da aplicação de PIS/Cofins sobre ICMS nas faturas de gás canalizado; e a 5ª revisão tarifária das distribuidoras locais.

Painéis solares mudam cenário em propriedades rurais

Reportagem do portal G1 (link para o vídeo) destaca que o alto custo energético tem sido um grande desafio para criadores de frangos no município de Onda Verde, no interior de São Paulo, especialmente devido ao clima quente e às necessidades específicas das aves. Para contornar o problema, uma granja local investiu em energia solar para suprir parte da demanda.

Os painéis solares fornecem energia para a ventilação dos galpões e o sistema de alimentação das aves, garantindo o bem-estar dos animais. Esse investimento não apenas reduz os custos operacionais, mas também promove práticas mais sustentáveis.

O monitoramento da geração de energia solar na granja é realizado em tempo real, desde o nascer até o pôr do sol. O inversor desempenha um papel fundamental nesse processo, transportando a energia captada pelos painéis solares para os transformadores.

Prefeito de Angra dos Reis apela ao Congresso para tirar Enel do país

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PL), recorreu ao Congresso para que o contrato com a concessionária de energia elétrica Enel, no Rio de Janeiro, previsto até 2026, não seja renovado pelo governo federal.

O gestor reclama que, além de apagões cada vez mais frequentes nas áreas atendidas pela empresa, a cidade registrou quatro casos de choque elétrico, com uma morte, desde setembro do ano passado. Em nota à Coluna do Estadão, a Enel disse que os problemas foram ocasionados por temporais e que trabalha para normalizar o serviço. Também contestou um dos acidentes, lamentou os casos e afirmou estar em contato com familiares das vítimas.

Na carta enviada ao presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Rodrigo de Castro (União-MG), o prefeito afirmou que a Enel “não vem honrando com as suas obrigações contratuais”. Ele destacou que as falhas na distribuição de energia deixam a população desabastecida e causam prejuízo a diversos serviços essenciais. (O Estado de S. Paulo)

Governo prepara estímulo a ônibus elétrico nacional de olho em “pauta verde” e concorrência chinesa

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara medidas de estímulo à produção nacional de ônibus elétrico, de olho na ”pauta verde” e na crescente concorrência chinesa.

As iniciativas vão contar com verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terão exigências de conteúdo local – pré-requisito que voltou a ganhar força com a nova política industrial defendida pela gestão petista. A reportagem destaca que o objetivo é estimular a produção dentro do país, tendo como principal mercado os médios e grandes municípios que estejam em processo de renovação das frotas, segundo apurou a reportagem.

Dos 107 mil ônibus que rodam hoje no Brasil, apenas 444 são elétricos, de acordo com dados da plataforma E-bus Radar, que monitora o transporte público na América Latina. Na região, o Brasil ocupa o terceiro lugar, bem atrás de Chile (2.043 veículos) e Colômbia (1.590).

Auditorias para a venda da Braskem avançam

O Valor Econômico informa que as duas auditorias prévias (“due dilligence”) que correm em paralelo na Braskem, uma conduzida pela Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) e outra pela Petrobras, avançaram e devem ser concluídas em duas ou três semanas, conforme apurou a reportagem.

Com isso, o processo de venda da Braskem pode ir para uma nova fase, segundo fontes do Valor. A “due diligence” da Petrobras, segunda maior acionista da petroquímica brasileira com 36,1% do capital total, começou antes que a da Adnoc, mas ambas “seguem acontecendo”, disse uma fonte com conhecimento do assunto. A expectativa é que essa etapa seja concluída até o início de março.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Empresas que decidiram não reestruturar os passivos no ano passado na expectativa de que a melhora da economia e a queda de juros pudessem mitigar os problemas financeiros devem promover uma nova onda de renegociação em 2024. Após um ano recorde de pedidos de recuperação judicial, as companhias deverão seguir com repactuação de dívidas, buscando proteção contra credores, acordos extrajudiciais ou mecanismos para aliviar a situação no mercado de capitais.

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Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem como principal destaque desta segunda-feira (19/2) a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a ação militar de Israel em Gaza ao Holocausto.

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, disse neste domingo (18/2) ter ordenado a convocação do embaixador do Brasil em Tel Aviv para uma “chamada de reprimenda” após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar as ações do país na Faixa de Gaza ao extermínio conduzido por Adolf Hitler, no qual 6 milhões de judeus foram mortos de forma sistemática durante o Holocausto. (Folha de S. Paulo)

O Palácio do Planalto, por sua vez, emitiu uma nota na noite deste domingo, após as repercussões das declarações do presidente. “O presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas. O fez diversas vezes. E se opõem a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza”, disse a nota, sem tratar especificamente da crise diplomática nem da convocação do embaixador do Brasil em Israel. (O Globo)

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O Estado de S. Paulo: Integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) estão se infiltrando nos municípios para capturar contratos milionários com prefeituras do País. A ação dos criminosos foi detectada em investigações de São Paulo, Rio, Bahia, e Ceará, entre outros Estados. Para as facções, ao contrário das milícias, não é o domínio do poder local que está em jogo, mas a oportunidade de obter novos lucros e lavar o dinheiro do tráfico de drogas em atividades lícitas. É por isso que o apoio a candidatos a vereadores e a prefeitos é mais importante do que eleger deputados e senadores.



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