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Energia a partir do lixo deve gerar R$ 600 milhões em investimentos – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que o segmento de geração de energia a partir do lixo vai investir R$ 600 milhões no Brasil em 2022 para o início das obras da Usina de Recuperação Energética (URE) Barueri, com potência instalada de 20 MW, que venceu o Leilão A-5 em setembro de 2021.

Segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), o setor tem ainda a expectativa de mais R$ 4 bilhões em aportes nas URE Mauá (80MW), URE Caju (31MW) e URE Consimares (20MW) nos próximos anos, caso esses empreendimentos vençam os próximos leilões A-5 ou A-6.

“Há outras questões que envolvem os projetos, como a finalização do licenciamento ambiental e financiamento para começarem as obras. Essa é uma expectativa de mercado”, diz o presidente da Abren, Yuri Schmitke. Se os investimentos se realizarem e essas usinas entrarem em operação, entre 2027 e 2028, as plantas terão capacidade de tratamento de mais de 5 mil toneladas por dia de lixo urbano.

Hoje não existe nenhum projeto de usinas que atuam na recuperação energética a partir de resíduos sólidos urbanos operando no Brasil. A associação diz que o país tem um potencial de construir 120 usinas, o que poderia suprir 3% da demanda nacional de eletricidade.

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Como fica a performance do setor elétrico sem a ajuda do governo

O jornal O Estado de S. Paulo (portal e-Investidor) volta a abordar o tema de uma possível redução no valor do socorro financeiro do governo federal às distribuidoras de energia elétrica. De acordo com a reportagem, a melhora no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas nos últimos meses por causa do período de chuvas pode fazer com que a ajuda financeira ao setor caia dos R$ 15 bilhões inicialmente previstos para R$ 4,5 bilhões. O redimensionamento no valor da operação ainda não foi oficializado.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, a redução do pacote de socorro é positiva no curto prazo, e sinaliza que o período chuvoso está ajudando na recuperação do caixa das empresas de distribuição de energia, o que diminui a necessidade de ajuda por parte do governo.

Como a bandeira de escassez hídrica na conta de luz deve permanecer até abril, conforme previsto em decreto, as distribuidoras estão conseguindo recuperar parte do caixa que perderam em decorrência do acionamento das termelétricas, mais caras que as hidrelétricas. Em outras palavras, analistas afirmam que os custos da energia diminuíram, enquanto as receitas seguem a tarifa emergencial.

Como ainda estão arrecadando a mais com a bandeira de escassez hídrica, provavelmente devem chegar até o final de abril com uma necessidade de empréstimo menor. Daí que vem a redução do pacote de socorro.

A reportagem traz, ainda, informações a respeito do desempenho do Índice de Energia Elétrica da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O índice, que mede o desempenho médio das empresas do setor elétrico listadas na bolsa brasileira, seguiu ontem (18/01) em baixa de 0,06% . O destaque negativo foi da Equatorial (EQTL3), que fechou o pregão com queda de 2,02%. Na outra ponta, os papéis da Cesp se recuperaram após queda na segunda-feira, liderando as altas do setor com uma valorização de 1,26%.

Deputado propõe decreto para barrar aumentos na conta de luz

O deputado federal Léo Moraes (Podemos-RO) apresentou um projeto de decreto legislativo, na Câmara dos Deputados, para sustar os efeitos do decreto federal que prevê a criação e gestão da Conta Escassez-Hídrica pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Essa conta receberá “recursos para cobrir, total ou parcialmente, os custos adicionais decorrentes da situação de escassez hídrica”, destinados às empresas de distribuição de energia elétrica.

O projeto apresentado por Léo Moraes argumenta que os custos maiores advindos da necessidade de geração de energia por meio de usinas termelétricas – devido à crise hídrica que deixou muito baixo o nível dos reservatórios das hidrelétricas – “não pode onerar o consumidor final”. As informações são do portal R7.

Associações veem risco para abertura do setor de gás natural com regras estaduais

Dez associações que representam o setor de gás natural divulgaram ontem (18/01) posicionamento conjunto apontando que leis estaduais recentemente aprovadas estariam trazendo entraves à abertura do mercado de gás natural no país, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O documento pede que os estados ampliem as discussões sobre a regulação para evitar conflitos com as leis federais.

De acordo com as associações, nos últimos meses de 2021 diversos estados elaboraram projetos de lei sobre a prestação do serviço de gás canalizado e o mercado livre, com o objetivo de atualizar seus arcabouços regulatórios em linha com o novo marco legal do gás.

O problema, segundo as entidades, é que alguns desses processos têm ocorrido com pouca publicidade e, em alguns casos, com tramitação extremamente rápida, dificultando o processo de consulta e discussão com as partes envolvidas. “Como consequência, diversos pontos destes novos dispositivos legais causam preocupação, por estarem desalinhados com os ditames da Nova Lei do Gás”, alertam.

Entre os pontos conflitantes com as normas federais, o documento diz que as leis estaduais pretendem, por exemplo, atribuir às agências de regulação locais a classificação de dutos novos e reclassificação dos existentes. Alguns estados também estariam impondo a necessidade de autorização para comercializadores, com a abertura de filiais nos estados, requisitos nos contratos livres e criação de novas taxas e encargos para venda de gás no mercado livre.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição desta quarta-feira (19/01) do Valor Econômico é sobre os estragos provocados pela estiagem na safra agrícola do ano passado, que deixaram marcas também no seguro rural. No acumulado até novembro, foram pagos R$ 4,1 bilhões em indenizações, enquanto que em 2020 todo o montante chegou a R$ 2,5 bilhões. Somados os dados do último mês do ano, os números certamente crescerão, ressalta a reportagem. O fenômeno tende a continuar neste início de 2022.

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O jornal O Globo informa que, a partir da experiência de outros países, vem sendo possível prever o tempo de duração da crise provocada pela variante ômicron do coronavírus: entre quatro e seis semanas de aumento vertiginoso no número de infecções até atingir o pico, seguido por, da mesma forma, queda acentuada. Caso o Brasil siga esse padrão, o país estaria a duas ou três semanas do pico e, assim, entrando logo em queda.

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Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que a escalada de novos casos de covid-19 neste início de ano ampliou a pressão sobre os hospitais e fez com que quatro estados atingissem o patamar de 80% ou mais na ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O cenário é parecido ao registrado em julho de 2021, quando a segunda onda de covid-19 começava a refluir no país. Ceará e Goiás são os estados com maior pressão no sistema de saúde pública e registraram uma ocupação de 87% dos leitos para pacientes graves. Na sequência, aparecem Pernambuco com 86% e Espírito Santo com 80%.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que duas decisões tomadas no fim de 2021 pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, permitiram que procuradores recebessem um valor “extra” de quase meio milhão, em dezembro. A reportagem destaca que o maior contracheque foi do procurador regional José Robalinho Cavalcanti, que tem salário-base de R$ 35,4 mil, mas ganhou R$ 446 mil em rendimentos brutos, naquele único mês, a partir de indenizações e outros “penduricalhos”.

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