O Brasil atingiu ontem (30/5) a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O resultado é equivalente a 13,7 % da matriz elétrica do País.
Somente em maio deste ano, a fonte solar cresceu 2 GW, saindo de 28 GW registrados em abril para os 30 GW neste mês. E, desde julho de 2022, a energia fotovoltaica vem apresentando crescimento médio de 1 GW por mês, a maior expansão do setor elétrico. (Valor Econômico)
Conta de luz: tarifa deve subir, em média, 6,9% em 2023 e não haverá taxa adicional, diz Sandoval Feitosa
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia elétrica deve subir, em média, 6,9% em 2023. O dado foi apresentado ontem (30/5), pelo diretor-geral do órgão regulador, Sandoval Feitosa, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
“A tarifa média no Brasil para 2023 tem uma perspectiva de ser reajustada em 6,9%, em média, como já falado. Tem regiões que têm tarifas maiores”, disse. “O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara”, completou. (O Estado de S. Paulo)
Ingresso no mercado livre poderá garantir pelo menos 15% de economia
Animadas com expectativas de economizar pelo menos 15% nas contas de luz e garantir preços previsíveis ao longo dos contratos, milhares de empresas preparam-se para ingressar no mercado livre de energia a partir de janeiro de 2024, quando unidades consumidoras de alta tensão com potência contratada abaixo de 500 kW poderão participar desse ambiente de comercialização. Somente na indústria, 44 mil estarão aptas e 24 mil delas – sendo 95% de médio porte – já disseram em pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que pretendem fazer a migração, diz o gerente de energia da entidade, Roberto Wagner Pereira.
Se a previsão for confirmada, o número de consumidores industriais que contratam a energia diretamente das geradoras e comercializadoras vai mais que triplicar. Hoje o modelo é adotado por apenas 10,5 mil empresas, que representam 2,2% do total de indústrias do país, mas supre 87% do consumo do setor, especialmente em segmentos como alumínio, siderurgia, cimento, papel e celulose e automotivo. A estimativa da CNI é que a empresa que aderir ao mercado livre economizará, em média, de 15% a 20% nas contas de luz.
Esta reportagem faz parte do suplemento especial sobre energia publicado hoje (31/5) pelo Valor Econômico. O suplemento inclui temas como investimentos em transição energética, o projeto de hidrogênio verde no Ceará, o avanço do setor de comercialização de energia no país, os desafios ambientais dos leilões de reserva, a concentração de projetos de energia solar e eólica no Nordeste, entre outros.
Câmara faz audiência pública sobre exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados vai debater, nesta quarta-feira (31/5), a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas por meio de uma audiência pública. Membros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério do Meio Ambiente e da Petrobras estão entre os convidados. (portal G1)
Brasil tem “sobreoferta gigantesca” de energia elétrica, diz diretor da Aneel
Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirmou ontem (30/6), que o Brasil tem “uma “sobra” gigantesca de energia. Ele ainda citou o potencial do país para novas tecnologias, como a exploração das eólicas offshore. Contudo, defendeu que o crescimento deve ser eficiente, com uma legislação que não preveja subsídios.
“Estamos num momento hoje com uma oferta estrutural e conjuntural de energia. Está sobrando energia no país, estou falando em um contexto mais amplo, é claro que em alguns locais pode haver algum problema, mas temos uma sobreoferta gigantesca”, disse em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. “O que temos que fazer é permitir que o Brasil cresça.” (O Estado de S. Paulo)
Minoritários da Eletrobras acionam CVM sobre suposta negociação de cadeiras no conselho
O Valor Econômico informa que acionistas minoritários da Eletrobras, reunidos em entidade de funcionários, protocolaram ontem (30/5), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o questionamento sobre a suposta negociação mantida pela empresa com o governo para aumentar o número de assentos da União no conselho de administração, sem que fosse feito o devido aviso ao mercado.
O aumento de participação do governo no comando da antiga estatal, seja com mais cadeiras no conselho ou com mais poder de voto na assembleia de acionistas, é analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em ação direta de inconstitucionalidade (ADI) protocolada pela Advocacia Geral da União (AGU) em 5 de maio.
Petrobras inicia desmobilização de sonda que deixará o Amapá nos próximos dias
A Petrobras informou na segunda-feira (30/6) que iniciou, como previsto, a desmobilização da sonda e dos recursos destinados à campanha de perfuração no FZA-M-59, após a negativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o projeto em águas profundas da Bacia da Foz do Amazonas.
“Os procedimentos de desmobilização estão em andamento e a sonda estará apta a navegar nos próximos dias em direção à região Sudeste, onde será alocada em outras atividades da companhia”, disse a empresa em nota. A desmobilização havia sido anunciada em 18 de maio, após a decisão do órgão ambiental. Na quinta (25/5), a Petrobras entrou com pedido de reconsideração da decisão. As informações foram publicadas pela agência EPBR.
Marco Temporal: texto-base é aprovado na Câmara dos Deputados
A tese do marco temporal, ancorada no PL 490/2007, foi aprovada ontem à noite (30/5) na Câmara dos Deputados. Em síntese, o marco temporal reconhece que apenas as terras já ocupadas por povos indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, podem ter sua demarcação reivindicada. A medida é amplamente criticada por defensores da causa indígena, mas conta com apoio da bancada do agronegócio.
Interlocutores do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, contam que o parlamentar garantiu uma longa tramitação do marco temporal, com passagem por comissões temáticas e amplas discussões. (portal Metrópoles)
O jornal O Globo traz informações sobre o que prevê o projeto do marco temporal e o que muda na política. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a aprovação no projeto, caso passe também pelo Senado e seja sancionado, suspende processos de demarcações em análise e coloca em risco áreas já demarcadas, que poderão ser contestadas na Justiça.
Por que o mundo está nas mãos da China quando se fala em baterias para carros elétricos
Essa é uma das concorrências determinantes de nossos tempos: os países que podem produzir baterias para veículos elétricos vão ganhar décadas de vantagens econômicas e geopolíticas, analisa o jornal The New York Times. O único vencedor até agora é a China.
Apesar de bilhões em investimentos do ocidente, a China está tão à frente — na mineração de minerais raros, no treinamento de engenheiros e na construção de grandes fábricas —, que o resto do mundo pode levar décadas para alcançá-la. Em 2030, a China produzirá mais que o dobro de baterias do que quaisquer outros países juntos, de acordo com estimativas da Benchmark Minerals, empresa de consultoria do setor. A análise foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Gasolina vai subir na quinta-feira com mudança do ICMS
A nova sistemática de cobrança do ICMS (imposto estadual) sobre a gasolina vai aumentar o preço final do combustível nos postos em quase todo o país. A partir de amanhã (1º/5), o tributo passará a ser cobrado em valores, e não mais em percentual. Os estados acordaram uma alíquota fixa de R$ 1,22 por litro.
Na prática, segundo levantamento da Fecombustíveis, isso vai representar um aumento de impostos em quase todo o país. Apenas em três estados (Alagoas, Amazonas e Piauí) poderá haver queda. Atualmente, a alíquota de ICMS varia de 17% a 22%. O percentual é calculado sobre um valor de referência, que é divulgado pelos governos estaduais a cada 15 dias. (O Globo)
Petrobras planeja voltar a investir na Venezuela, Bolívia a Guiana
A Petrobras quer voltar a investir nos países vizinhos. De acordo com Jean Paul Prates, presidente da estatal, a estratégia é revisitar iniciativas na Bolívia, Venezuela e Guiana. “Queremos revisitar países vizinhos e debatermos alguns pontos como os termos contratuais, novas potencialidades de exploração de gás e a preparação das empresas para a transição energética”, disse Prates, em comunicado.
Ontem (30/5), o ministro se reuniu com o presidente da Bolívia, Luis Arce, e tratou do futuro da exploração de gás e do petróleo na América do Sul. Eles participaram do encontro de líderes dos países da América do Sul, realizado pelo Governo Federal, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. (O Globo)
Jean Paul Prates debate novas oportunidades do setor com presidente da Bolívia
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tratou ontem (30/5), com o presidente da Bolívia, Luis Arce, do futuro da exploração de gás e do petróleo na América do Sul. As autoridades participaram do encontro de líderes dos países da América do Sul, realizado pelo governo federal, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
O executivo afirmou que a companhia pretende estudar novos negócios na área de exploração e de gás. Prates reforçou, ainda, que as empresas que têm o estado como sócio majoritário, a exemplo da Petrobras e da YPFB, são extremamente necessárias para a transição energética no mundo.
“Estamos preparando a Petrobras para uma nova fase em refino. Queremos revisitar países vizinhos, como Bolívia, Venezuela e Guiana, e debatermos alguns pontos como os termos contratuais, novas potencialidades de exploração de gás e a preparação das empresas para a transição energética”, disse Prates. (Agência Petrobras)
PANORAMA DA MÍDIA
A aprovação do projeto de lei do marco temporal, ontem (30/5), pela Câmara dos Deputados, é o principal destaque da edição desta quarta-feira (31/5) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo. O projeto foi eleito como prioridade da Frente Parlamentar da Agropecuária nas últimas semanas.
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Valor Econômico: O caminho do Brasil para o crescimento a taxas mais elevadas nos próximos anos pode esbarrar numa eventual tensão entre a política fiscal e a política monetária, além de ser afetado pelo intervencionismo do governo na economia. Do lado positivo, o novo arcabouço para as contas públicas e a perspectiva de aprovação da reforma tributária são possíveis fontes de alento, contribuindo para o país entrar numa rota de expansão mais firme.
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O Estado de S. Paulo: A média diária de vendas de carros novos em maio caiu quase 14% em relação a abril, à espera da entrada em vigor de medidas do governo que vão reduzir os preços entre 1,5% e 10,96% de modelos que custem até R$ 120 mil. Os números se referem ao período até segunda-feira (29/5). Segundo anúncio feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, na quinta-feira (25/5), carros mais baratos terão descontos maiores.
Fontes do setor automotivo dizem que o governo tem trabalhado muito no programa, que deve ser anunciado ainda esta semana. Será preciso a confirmação do Ministério da Fazenda sobre o impacto fiscal do pacote que deve beneficiar principalmente os carros de entrada. Não há informações se o anúncio já incluirá eventuais medidas para facilitar o crédito.